O comentário mais feminista de 2016 (até agora) é de Mark Zuckerberg

Mark Zuckerberg Attends Mobile World Congress

 

Existem momentos em que a discussão de gênero é esperada, e existem posts do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg. Em uma publicação sobre suas resoluções de ano novo, o que mais chamou a atenção foi a resposta que o CEO da rede social deu a um comentário até que bem intencionado de uma de suas seguidoras. O que era para ser um debate de ideias acerca do sistema de inteligência artificial que o empresário planeja construir em 2016 virou a primeira lição de igualdade de gênero do ano.

Every year, I take on a personal challenge to learn new things and grow outside my work at Facebook. My challenges in…

Posted by Mark Zuckerberg on Sunday, January 3, 2016

Uma internauta quis compartilhar os conselhos que dá às gerações mais novas: “Eu sempre digo para as minhas netas namorarem o nerd da escola, ele pode se transformar no Mark Zuckerberg!”. Palavras inocentes e com certeza sem o objetivo de ofender ninguém, mas que carregam um significado bastante machista de que as mulheres têm que casar com alguém bem-sucedido ao invés delas mesmas construírem carreiras brilhantes. E foi exatamente isso que o próprio Mark rebateu:

Ainda melhor seria encorajá-las a *serem* o nerd da escola para que elas sejam as próximas inventoras de sucesso!

A internet, obviamente, foi à loucura. O comentário mais feminista deste início de 2016 já havia recebido, até o início da tarde desta quarta-feira (06), mais de 32 mil curtidas, incluindo da presidenciável Hillary Clinton. A publicação em que rolou a interação tem mais de 400 mil likes.

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Novo vídeo mostra Parque Olímpico do Rio 97% pronto

 

A prefeitura do Rio de Janeiro divulgou um vídeo gravado com o auxílio de drones em que é possível acompanhar o ritmo das obras do Parque Olímpico, que sediará 16 modalidades olímpicas e nove paralímpicas a partir do dia 5 de agosto deste ano. As filmagens dão um panorama geral do complexo, cujas obras já estão 97% prontas, e até mostram o interior de duas estruturas: a Arena Carioca 1 e a Arena do Futuro.

A primeira, que receberá as competições de basquete na Olimpíada e de basquete e rúgbi em cadeira de rodas na Paralimpíada, até já recebeu o evento-teste. Realizado com as equipes femininas de basquete, o Brasil foi vice-campeão do torneio, com uma única derrota na grande final, para a Austrália. Pequenos retoques na iluminação serão feitos para a Olimpíada.

Ilustração mostra como o Parque estará na época das competições (Divulgação).

A Arena do Futuro, por sua vez, será a sede do handebol nos Jogos Olímpicos e do golbol nos Paralímpicos. Completamente pronto para os megaeventos, o ginásio é temporário e será desmontado após os campeonatos. A estrutura, porém, será utilizada para a construção de quatro escolas públicas, com capacidade para 500 alunos cada.

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OMS prevê zika “sob controle” no Rio-2016

F.C. United of Manchester vai devolver £1 do ingresso para cada torcedor

inspiração-manchester-united-vai-devolver-1-do-ingresso-para-torcedores

 

Após passar por todas as fases classificatórias, o F.C. United of Manchester, time da sexta-divisão da Inglaterra, chegou à primeira rodada da Copa da Inglaterra. Conforme avança na competição, as diferenças ideológicas entre o time e a federação inglesa de futebol ficam mais evidentes, principalmente quando relacionados ao preço cobrado pelos ingressos. Enquanto o time costuma cobrar o valor de 9 libras pelo ingresso de uma partida, as regras da FA Cup impõem que o preço mínimo deve ser 10 libras.

Os torcedores receberão de volta £1 do valor dos ingressos, depois de o time ser obrigado a aumentar os preços (Foto: Uol)

A questão é que, para participar da competição, o F.C. United of Manchester aceitou o regulamento proposto. Portanto, não há nada que a direção do time possa fazer para evitar o aumento do preço dos ingressos, o que, para eles, está em desacordo com a relação que tem com a torcida. Uma das soluções encontradas pelo clube foi emitir vouchers de £1 para os torcedores gastarem com comidas e bebidas durante a partida. Porém, a idéia gerou conflitos com a federação.

Assim, o F.C. United of Manchester decidiu em seguida, que seria mais prudente devolver a diferença no valor do ingresso para os torcedores, o que não significa muito para o time, mas carrega um enorme valor simbólico para a torcida.

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Mesa-tenista de 93 anos busca classificação olímpica

Nunca é tarde demais para correr atrás de seus sonhos. A frase de efeito se aplica perfeitamente ao caso do norte-americano Bill Guilfoil. O aposentado de 93 anos está disposto a deixar a vida tranquila de lado, ao menos por um tempo, para se dedicar à árdua tarefa de se classificar para a maior festa do esporte: as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em agosto deste ano. A chance será em fevereiro, na seletiva dos Estados Unidos que definirá os quatro últimos qualificados para a competição.

Em entrevista à rede de televisão NBC, Bill conta que pratica a modalidade desde os 13 anos de idade (ou seja, há 80 anos) e lembra que já esteve entre os melhores do país quando era mais novo. “O tênis de mesa é um esporte para a vida toda. Me sinto bem. Na minha idade, não tenho qualquer problema nas costas ou nos ombros”, observa. Para participar do pré-olímpico nacional nos EUA, basta pagar a taxa de inscrição e ser associado da federação, requisitos cumpridos por Bill.

Bill Guilfoil diz que joga tênis de mesa há oito décadas (Reprodução/Facebook).

Embora motivado, o estadunidense tem consciência de que a tarefa é quase impossível e planeja apenas se divertir. “Não estou esperando um milagre ou algo do tipo. É como se eu estivesse de férias”, comenta. Caso o milagre aconteça, Bill será o competidor mais velho na história dos Jogos Olímpicos. O título atualmente pertence ao sueco Oscar Swahn, que participou da Olimpíada de Antuérpia, na Bélgica, em 1920, quando conquistou a medalha de prata no tiro esportivo.

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Madonna visita orfanatos em passagem pelas Filipinas

Se você fosse uma pop star do calibre da Madonna, o que faria em seu momento de folga durante uma turnê na Ásia? Quem sabe relaxar em uma praia paradisíaca ou descansar no hotel para encarar a maratona de shows? Nada disso. A artista aproveitou a passagem por Manila, capital das Filipinas, onde se apresenta em dois concertos, para fazer uma visita surpresa a dois abrigos de órfãos e crianças em situação de risco na cidade.

Chillin with my Homies at the Bahay Tuluyan Foundation. Inc. giving shelter to Orphans street children trafficking/abuse victims in Manilla‼ ❤️#rebelheartour

Uma foto publicada por Madonna (@madonna) em

Everyone needs a tickle!! Even at the Hospicio de San Jose in Manilla! ?. We are so blessed?? ❤️#rebelheartour

Uma foto publicada por Madonna (@madonna) em

De acordo com a mídia internacional, a cantora foi a um orfanato, o Hospicio de San Jose, e a um abrigo que acolhe crianças que moram na rua, a Fundação Bahay Tulyan. Segundo as instituições, ninguém sabia que a própria Madonna apareceria, uma vez que a notificação passada foi de que somente os dançarinos da cantoria fariam a visita. No entanto, a diva pop fez questão de visitar ambos os locais, além de divulgar as imagens no seu perfil pessoal no Instagram.

Celeste gives me the guided tour of Hospicio de San Jose. Run by nun's with love ?!

Uma foto publicada por Madonna (@madonna) em

A artista está no final da recente turnê “Rebel Heart”, que se encerra na Austrália, em março. Até lá, terão sido mais de 80 apresentações em cerca de seis meses. E ainda teve tempo para fazer o bem.

Hats off to the Bahay Tulyan Foundation in Manilla for taking so many kids off the street and providing food and shelter! ❤️#rebelheartour

Uma foto publicada por Madonna (@madonna) em

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Mãe recria cenas dos candidatos ao Oscar com suas filhas

Todas as mães e todos os pais adoram capturar cada passo de seus pequenos – principalmente agora, que as fotografias são tão instantâneas – e os ensaios caseiros estão cada vez mais criativos. Para aproveitar o tempo livre com suas três crianças, a mãe norte-americana Maggie Storino criou o projeto Don’t Call Me Oscar (“Não Me Chame de Oscar”, em português), que realiza com Sophia (5), Sadie (3) e Sloane (de apenas oito meses) desde o ano de 2010.

Há seis anos, Maggie fotografa suas pequenas imitando as cenas. Esta, do ano anterior, retrata uma cena do “Grande Hotel Budapeste” (Divulgação/Maggie Storino).

O trabalho consiste em recriar cenas icônicas dos filmes indicados anualmente ao Oscar – e o resultado fica uma graça. “Quando parar de ser divertido, nós pararemos de fazer”, declarou Maggie, em entrevista à Vanity Fair. “Mas as garotas adoram se fantasiar, então não é nenhum sacrifício. Isso não é muito diferente das nossas atividades rotineiras, só os personagens são mais variados. Apesar de que, se a Academia quiser facilitar meu trabalho, eles poderiam indicar mais filmes com unicórnios e sereias”, brinca. No entanto, a mãe impõe alguma regras.

Nós não começamos até que os indicados sejam anunciados, não há ‘re-cliques’ e nós terminamos antes do almoço. A preparação é de cerca de uma semana para cada foto e a captura dura cinco minutos. É como um caça ao tesouro quando começamos a procurar adereços e cenários pela vizinhança.

“Nós geralmente pedimos os adereços aos nossos amigos, mas é demais pedir para ‘esvaziar’ o urso de pelúcia de alguém. Em vez disso, aproveitei os preços do Dia dos Namorados e adquiri essa beleza” (Divulgação/Maggie Storino).“Quando chegou a hora de Sofia vestir o urso, ela quis colocar seus braços e pernas dentro dos braços e pernas do urso, como um macacão de neve. Eu finalmente convenci ela a colocar o urso sobre sua cabeça dizendo a ela que poderíamos enchê-lo novamente depois e ela poderia tê-lo para sempre. Então, agora somos os orgulhosos donos de um urso de pelúcia gigante” (Divulgação/Twentieth Century Fox).“Houve muita publicidade sobre o novo filme da Barbie, ‘Barbie: Esquadrão de Espiões’, então quando disse às meninas que elas se vestiriam de espiãs, elas tinham uma imagem muito diferente em suas cabeças” (Divulgação/Maggie Storino).“Os sobretudos do pai delas é pálido em comparação aos macacões de lycra cor-de-rosa” (Divulgação/Dreamworks Pictures).“Essa pode parecer uma simples pose, mas é difícil de capturar, se você tem 3 anos de idade. Sadie achou a bolsa muito pesada para carregar em seu braço, e ela não conseguia segurar os óculos como Saoirse Ronan. Em vez disso, fez um sinal de ‘O.K.’. Essa é, de longe, nossa foto preferida” (Divulgação/Maggie Storino).“Elas acharam a Saoirse Ronan muito bonita e amaram seu relógio, cinto, batom e óculos. Eu expliquei a elas que ‘Brooklyn’ se parece muito com a história de seus avós. A avó delas é irlandesa e o avô é italiano, e eles foram casados por quase 50 anos” (Divulgação/Fox Searchlight).“Eu precisei de recrutas para esse clique, então nós emprestamos todos os carros de brinquedo de nossa vizinhança e dirigimos eles até o Lago Michigan. Foi a primeira vez que fizemos algo em grande escala e vieram várias crianças para batalhar” (Divulgação/Maggie Storino).“Depois que tirei a foto, as crianças dirigiram ao redor da praia com imprudência, então foi um pouco da vida imitando a arte” (Divulgação/Warner Bros. Pictures).“A cada ano, os indicados ao Oscar apresentam novos desafios, mas uma coisa é constante: Sophia sempre tem que incorporar um homem de paletó” (Divulgação/Maggie Storino).“Ela usou esse paletó em ‘A Teoria de Tudo’, ‘Lobo de Wall Street’, ‘Argo’, ‘Selma’ e ’12 Anos de Escravidão’. E nunca usou na vida real” (Divulgação/Paramount Pictures).“Para esse, nós construímos um cenário e colocamos como papel de parede. Se tornou nosso local favorito para brincar” (Divulgação/Maggie Storino).“Para conseguir essas expressões, disse a elas que se olhassem como se amassem uma à outra, e elas disseram ‘nós nos amamos, mas nós não nos abraçamos com nossos olhos fechados’. E eu respondi: ‘Hoje, vocês vão'” (Divulgação/A24).“Foi complicado decidir como capturar de forma apropriada um filme com tema tão sensível e importante” (Divulgação/Maggie Storino).“Mas nós finalmente decidimos que você nunca pode falhar com Stanley Tucci. Ele é um tesouro nacional” (Divulgação/Open Road Films).“Para fazer o traje espacial de Sloane, eu grudei as meias do meu marido com cola-quente até formar um macacão (e agora estou contando a ele sobre isso). Sloane ficou de pé pela primeira vez no dia em que tiramos esta foto” (Divulgação/Maggie Storino).“Deve ser por isso que ela parece tão orgulhosa na foto. Como todos os pais sabem, é um pequeno passo para um homem, mas um gigante salto para um bebê” (Divulgação/Twentieth Century Fox).
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Irmã Wachowski conta por que se assumiu transexual

Seguindo o exemplo de sua irmã Lana, Lilly Wachowski veio a público no mês de março anunciar que é transgênero e deixará de usar o nome Andy, com o qual ficou mundialmente famosa junto de sua irmã em 1999, com a ficção “Matrix”. Em sua primeira aparição em eventos após se declarar trans em um artigo de jornal, Lilly explicou melhor aos jornalistas que cobriam o GLAAD Media Awards por que ela tomou a decisão de falar abertamente sobre o assunto:

Sendo transgênero, eu tenho me escondido durante toda a minha vida. Estou indo contra todos os seus instintos, cada fibra do meu ser, para estar aqui agora e falar sobre a minha transexualidade. Mas eu tenho que fazer isso. Eu preciso porque as pessoas estão morrendo.

Lilly Wachowski se sentiu pressionada por um tabloide inglês para sair do armário (Reprodução).

Na sequência, a cineasta esclareceu que se referia ao crescente número de pessoas trans assassinadas nos Estados Unidos ao longo dos últimos anos. E se a situação está difícil lá, imagine aqui no Brasil, que possui o péssimo status de país que mais mata transexuais no mundo inteiro. “Nós vamos encarar de frente e garantir o que é nosso em termos de dignidade básica de direitos humanos”, concluiu. Lilly subiu ao palco para receber o prêmio de melhor série dramática para “Sense8”.

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Jogadora de vôlei trans estreia em time feminino na Itália

A mudança de equipes é uma rotina entre atletas profissionais. No caso de Alessia Ameri, de 30 anos, porém, o primeiro jogo em seu novo clube Hermaea Entu teve um gostinho especial. Esta também foi a estreia da jogadora de vôlei atuando no gênero com o qual se identifica – a italiana disputava o campeonato masculino do país até a duas temporadas atrás com o nome de Alessio. Esta foi a primeira vez na história do voleibol italiano em que um clube contou com um atleta transgênero em quadra.

A negociação de Alessia com o Hermaea Entu começou quando o empresário da atleta entrou em contato com o clube, logo após a líbero titular até então, Simona Degortes, se lesionar. O contrato foi fechado assim que o time deixou claro que não haveria problema algum em ter uma jogadora transgênero no elenco. No entanto, o reforço da atleta, que atua como líbero, não foi suficiente para evitar a derrota por 3 sets a 0 para o MyCicero Pesaro em partida válida pela oitava rodada da Série A2 do campeonato italiano feminino de vôlei.

Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, o presidente Gianni Sarti ressaltou que o mais importante é a qualidade técnica de Alessia. “Estou feliz por ter tido o total apoio e os cumprimentos do presidente da liga, Mauro Fabris”, conta. O dirigente ainda lembrou que não haverá espaço para qualquer tipo de preconceito contra a jogadora enquanto ela vestir a camisa do clube. “Aqui, fazemos esporte por paixão e pensamos apenas no bem da equipe”, conclui Gianni.

Imagens: Reprodução

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China está prestes a alcançar metas definidas na COP21

Homem planta milhares de flores para esposa com deficiência visual

Mais belo do que um campo enorme coberto de flores, só o significado que essa paisagem representa. Cada flor de shibazakura cor-de-rosa foi plantada pelo Sr. Kuroki ao longo de dois anos, como tentativa de reanimar a esposa que adquiriu deficiência visual e não tinha mais vontade de sorrir. Hoje, o belo jardim atrai visitantes de todos os cantos, que passam pela região de Shintomi, ao sul do Japão, e não perdem a oportunidade de conhecer uma verdadeira história de amor.

O Sr. Kuroki preparou o terreno ao longo de dois anos para transformá-lo em um enorme jardim (Divulgação/Yoshiyuki Matsumoto).

Tudo começou quando a Sra. Kuroki, aos 52 anos, perdeu a visão de maneira inesperada e repentina por conta da diabetes. Sentindo que sua vida havia acabado, ela se afastou do mundo ao redor e passou a viver em isolamento na própria casa. Então seu marido, que sofria ao ver a expressão triste da companheira, teve uma ideia ao pensar que a beleza das flores pode ser experimentada não apenas pela visão, mas também pelo cheiro: dedicou dois anos preparando o terreno para o jardim que se transformou em um mar cor-de-rosa, preenchido com milhares de flores de Shibazakura.

O homem tinha a intenção de trazer de volta a alegria da esposa, que perdeu a visão por conta da diabetes (Divulgação/Yoshiyuki Matsumoto).

Com a prova de amor, o Sr. Kuroki tinha a intenção de devolver a alegria da esposa e atrair visitantes, que aos poucos fariam com que ela saísse de seu isolamento – e foi o que aconteceu. Hoje, dez anos após a plantação das primeiras sementes, turistas de diversas regiões têm o jardim como destino, na esperança de encontrar o sorridente casal que às vezes é visto andando pela propriedade.

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Entrevista Rio-2016: Fabiana Murer quer encerrar carreira com medalha olímpica

13th IAAF World Athletics Championships Daegu 2011 - Day Four

 

O torcedor brasileiro talvez seja injusto com Fabiana Murer. Única atleta do Brasil (levando em consideração homens e mulheres) a ser campeã mundial tanto indoor quanto outdoor, a saltadora muitas vezes é lembrada pelas duas campanhas abaixo do esperado das Olimpíadas de Pequim-2008 e Londres-2012. Mas tudo isso é passado. Novamente entre as melhores do mundo, Fabiana quer encerrar a carreira com chave – ou melhor, medalha – de ouro.

Paulista de Campinas, a esportista começou bem esta que será sua última temporada. Campeã do último torneio que disputou, na França, com um salto de 4,71m, Fabiana pretende fazer um bom Campeonato Mundial Indoor em Portland, EUA, em março, para adquirir ainda mais confiança e alcançar o tão sonhado pódio olímpico no Rio de Janeiro. Em entrevista exclusiva ao POP, a saltadora conta como será a preparação até o grande evento e como lida com a pressão de competir em casa.

A melhor marca pessoal de Fabiana também é o recorde sul-americano: 4,85m (Agência Luz/BM&FBOVESPA).

O foco deste ano é, sem dúvida, a Olimpíada no Rio de Janeiro. Como será a sua preparação até lá?

Meu treinamento começou em outubro de 2015, já com foco para 2016. Foi tudo bem, dentro do previsto, não tive problemas com lesões. Em janeiro, comecei a treinar o salto com 18 passadas, que é meu salto de competição. Estreei na temporada em pista coberta no dia 30, em São Caetano do Sul, com vitória, e estou muito animada. Vou competir na Europa em fevereiro e, em março, tem o Mundial Indoor em Portland. Lá vou encontrar as outras saltadoras, ver como elas estão competindo. Também vou disputar o evento-teste, em maio, algumas etapas da Diamond League, e o Troféu Brasil, em julho.

Você traçou uma meta para a sua participação nos Jogos? Está unicamente de olho no pódio ou você busca uma marca específica?

Meu objetivo é a medalha, não importa a cor. Para conquistá-la, preciso estar bem física e tecnicamente. Tenho que saltar alto, o mais alto possível, e fazer com que esse salto seja o suficiente para que eu consiga conquistar uma medalha. Acredito que as atletas que conseguirem saltar perto de 4,90 m estarão na zona de medalhas.

Prestes a completar 35 anos, a saltadora possui quatro medalhas em mundiais, incluindo dois ouros (Agência Luz/BM&FBOVESPA).

Como você vê a disputa atualmente por uma medalha no Rio no salto com vara feminino?

Acredito que será parecido com o que foi o Mundial de Pequim [o pódio foi constituído por Yarisley Silva, Fabiana Murer e Nikoleta Kyriakopoulou]. Mas temos que esperar como a temporada vai se desenrolar. É quando nós vamos ter realmente uma noção. A Yarisley, atual campeã mundial, é uma excelente saltadora, assim como a Jennifer Suhr, campeã olímpica em Londres. E existem outras grandes atletas que certamente podem buscar medalha na Olimpíada, como a Nikoleta Kyriakopoulou, que está crescendo.

Como será a sensação de buscar um título olímpico dentro de casa? O fator torcida é mais positivo pelo incentivo ou negativo pela pressão?

Participar de uma Olimpíada, e de todas as grandes competições, sempre dá um frio na barriga. É natural de toda disputa. Mas estou tranquila, vou enfrentar as mesmas atletas que encontro por aí. Juntando isso com meus anos de experiência, fico tranquila. A força da torcida é muito importante. É uma pressão, claro, mas influencia positivamente, eu gosto de ter a torcida a favor. E o atleta tem de saber lidar com a pressão, porque faz parte.

O pódio do último mundial foi composto pela cubana Yarisley Silva (ouro), Fabiana (prata) e a grega Nikoleta Kyriakopoulou (bronze) (Getty Images).

Você é a única campeã mundial do Brasil no atletismo e grande destaque da história nacional do salto com vara. Na sua carreira inteira, qual foi o momento mais marcante? E a maior decepção?

O momento mais marcante foi quando eu fui campeã do mundo em pista aberta, em Daegu, na Coreia do Sul, em 2011. Foi muito legal, é uma grandiosidade absurda. Eu já tinha sido campeã do mundo em pista coberta (em Doha-2010), mas em pista aberta é muito maior… Tem todo o evento, o glamour. Minha maior decepção foi não ter conseguido me classificar para a final da Olimpíada de Londres, em 2012.

Pensando no futuro, o que acontecerá após os Jogos Olímpicos do Rio? Você pensa em aposentadoria?

Depois dos Jogos eu ainda tenho algumas competições, etapas da Diamond League, e depois eu paro. Após a Olimpíada é a hora de parar, por causa da minha idade e também porque é muito difícil manter a motivação – aguentar o treinamento, porque são muitas horas de treino, e também as dores. É difícil decidir quando parar, mas sempre quis parar no auge. Até pensei em parar depois de 2014, mas como tinha a Olimpíada no Rio, decidi continuar mais um pouquinho, desde que tivesse condições de saltar alto, o que vem acontecendo.

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