Chips biodegradáveis são formados com cogumelos

As peles de cogumelos podem propagar uma alternativa biodegradável para alguns plásticos empregados em baterias, bem como em chips de computador. É o que aponta uma nova pesquisa, ampliando a utilidade da coleta ade fungos, que serviam para gerar cogumelos para o cardápio.

Conforme os pesquisadores da Universidade Johannes Kepler, na Áustria, a atuação em eletrônica flexível e extensível, que teve como foco materiais sustentáveis para substituir materiais não degradáveis, gerou essa descoberta, publicada na revista “Science Advances” na última exta-feira (11).

“Tivemos uma participação importante do acaso”, apontou Martin Kaltenbrunner, chefe da Divisão de Física de Matéria Macia da universidade e coautor do artigo, em entrevista à CNN.

Na ocasião, um componente da equipe buscou utilizar materiais provenientes do fungo em outras áreas. Dessa maneira, o trabalho provocou o estudo mais recente, que exibe como a pele do cogumelo Ganoderma lucidum pode atuar como substituto do substrato utilizado nos circuitos elétricos.

DNA de um milhão de anos é encontrado na Antártida

No último dia 2 de outubro, um novo estudo publicado na revista científica Nature Communications reitera que cientistas identificaram fragmentos de DNA que datam um milhão de anos. Nesse sentido, as amostras do material orgânico foram recuperadas na parte interna de uma região no mar da Escócia, ao norte da Antártida.

Chamados tecnicamente de sedaDNA, os achados correspondem a amostras antigas que foram sedimentadas. Dessa forma, o material é reconhecido como o mais antigo já achado no fundo do mar. Ele pode ser capturado em diversos ambientes, como, por exemplo, no permafrost subártico ou em cavernas terrestres, comumente datados de 400 mil a 650 mil anos.

Em 2019, os cientistas da Universidade de Bonn, na Alemanha, encontraram o DNA e, desde já, o material encarou um processo de controle de contaminação para assegurar a precisão dos marcadores de idade. Do mesmo modo, a equipe também identificou organismos unicelulares do tipo diatomáceas, que datam de 540 mil anos atrás.

“A Antártida é uma das regiões mais vulneráveis às mudanças climáticas na Terra, e estudar as respostas passadas e presentes desse ecossistema marinho polar às mudanças ambientais é uma questão de urgência”, citou um trecho do artigo.

Energia de algas sustenta computador em ação por um ano

A Universidade de Cambridge, na Inglaterra, realizou um experimento curioso recentemente. Cientistas da instituição usaram algas para deixar um computador ativo ininterruptamente por 365 dias.

Conforme o centro educacional, o sistema possuía um tamanho similar a uma bateria AA e continha uma espécie não tóxica de alga azul-esverdeada, denominada synechocystis.

“A alga colhe naturalmente a energia do sol através da fotossíntese”, apontou a universidade.

Segundo os pesquisadores, o sistema apresenta potencial para ampliar o método de alimentação de dispositivos de pequeno porte: “Eles (sistemas) foram construídos de materiais comuns, baratos e amplamente recicláveis”.

“Isso significa que pode ser facilmente replicado centenas de milhares de vezes para alimentar um grande número de pequenos dispositivos como parte da Internet das Coisas”, acrescentou.

Intitulada de A Internet das Coisas, essa rede de dispositivos eletrônicos utiliza uma mínima quantidade de energia que coleciona e compartilha dados em tempo real por meio da internet, como smartwatches.

Dessa maneira, a corrente elétrica ocasionada pela fotossíntese entra em conexão com um eletrodo de alumínio que é usado para alimentar o microprocessador.

“Nosso dispositivo fotossintético não funciona como uma bateria porque está continuamente usando luz como fonte de energia”, apontou o professor Christopher Howe, do departamento de Bioquímica da Universidade de Cambridge.

Os pesquisadores de Cambridge tiveram o apoio da Arm, empresa de design de microprocessadores com sede na própria cidade, no projeto.