Review: "Assassin’s Creed Chronicles: China"

Enquanto muitos jogadores olham torto para as ditas “franquias anuais”, aquelas séries que todo ano têm data certa para bater o ponto em nossos consoles, a Ubisoft foi mais longe e, para surpresa de seus fãs, deu um jeito de lançar não um, mas dois jogos de sua série principal em 2014.

O preço, claro, foi sentido logo no lançamento repleto de bugs de “Assassin’s Creed: Unity”. Com vendas aquém do esperado e fria recepção tanto dos críticos como dos jogadores, claramente era hora de deixar a marca descansar… ou reimaginá-la completamente.

Felizmente, “Assassin’s Creed Chronicles: China”, ao se distanciar da desgastada fórmula dos jogos de assassinato em mundo aberto, se revela um grato sopro de criatividade e frescor, capaz de agradar tanto os fãs de longa data como quem só quer curtir um pouco de plataforma e ação descompromissada.

Novos ares

Dessa vez viajamos à China durante a Dinastia Ming, um período muito requisitado pelos fãs e, obviamente, um ambiente totalmente diferente do que estamos acostumados a ver nos consoles de mesa.

Aqui assumimos o controle de Shao Jun, aprendiz do icônico Ezio Auditore, que faz a alegria dos fãs mais antigos ao aparecer no tutorial ensinando alguns movimentos à assassina. Shao deve combater os Tigres, uma organização templária que comanda o país e extermina assassinos sem dó.

Não espere uma narrativa muito elaborada, reviravoltas mirabolantes nem nada do gênero, pois a proposta é trazer diversão ligeira ao jogador. Tão ligeira, na verdade, que nos fez perguntar se os consoles de ponta da nova geração eram mesmo a melhor escolha para a aventura. Afinal, como mencionamos no hands-on que fizemos nos estúdios da Ubisoft, as fases, que duram entre 15 e 30 minutos, cairiam como uma luva na telinha do 3DS e do Vita.

Plataforma com profundidade

Apesar dos gráficos serem bem limitados – é um download levinho de menos de 4gb, afinal -, eles são compensandos por uma boa direção artística, com cenários de fundo que remetem diretamente aos quadros e pinturas chineses da época.

Se o visual e a trilha sonora são discretos e apenas se limitam a cumprir seu papel, o mesmo não se pode dizer da jogabilidade e design das fases. Como a jogatina rola em um esquema 2.5D (ou seja, plataformas bidimensionais com ocasional senso de profundidade, permitindo ao jogador atravessar rampas para o fundo do cenário), há várias rotas secretas e caminhos alternativos para superar os obstáculos.

Como Shao possui um bom acervo de técnicas de assassinato, você frequentemente vai se encontrar estudando o mapa e pensando em qual o melhor modo de chegar ao fim do caminho chamando o mínimo de atenção.

Dá pra assoviar para atrair inimigos, disparar rojões onde quiser marcando o ponto na tela (o que, de novo, seria ainda melhor na tela de toque de um portátil ou do Wii U) e até mesmo arremessar projetéis para abater inimigos ou cortar cordas gigantes. O próprio cenário acaba servindo como “arma” por permitir que Shao se esconda em pequenos buracos no chão e na parede, esperando escondida para dar aquele bote certeiro nos inimigos.

Se você estava meio cansado de “Assassin’s Creed” e não aguentava mais ver o mercado saturado por jogos tão similares entre si, dê uma chance à série “Choricles”. Já estamos ansiosos para descobrir quais surpresas os próximos capítulos da trilogia nos reservam!

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Plataforma: PlayStation 4, Xbox One, PC
Produção: Ubisoft
Desenvolvimento: Climax Studios

Gráficos: 7
Som: 6
Jogabilidade: 9
Diversão: 7
Replay: 8
NOTA FINAL: 7

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