DNA mais arcaico do mundo é encontrado em ecossistema de 2 milhões de anos

Diversos cientistas descobriram um conjunto de DNA de 2 milhões de anos na Groenlândia. Considerado o material genético conhecido mais antigo do mundo, a revelação capturou um ecossistema do passado com amplitude de espécies que enfrentaram mudanças climáticas extremas.

Na ocasião, a temperatura média era mais de 10 °C superior às temperaturas dos dias atuais. Atualmente, este é o cenário que alguns especialistas apontam que possa ocorrer no futuro do nosso planeta devido ao aquecimento global. Dessa forma, os dados da pesquisa tendem a auxiliar na previsão de efeitos em longo prazo das mudanças climáticas.

Classificadas como DNA ambiental, ele está presente no solo, água ou em sedimentos. Nesse caso, foram identificados 41 tipos de códigos genéticos armazenados em argila e quartzo, durante 20 mil anos.

DNA de um milhão de anos é encontrado na Antártida

No último dia 2 de outubro, um novo estudo publicado na revista científica Nature Communications reitera que cientistas identificaram fragmentos de DNA que datam um milhão de anos. Nesse sentido, as amostras do material orgânico foram recuperadas na parte interna de uma região no mar da Escócia, ao norte da Antártida.

Chamados tecnicamente de sedaDNA, os achados correspondem a amostras antigas que foram sedimentadas. Dessa forma, o material é reconhecido como o mais antigo já achado no fundo do mar. Ele pode ser capturado em diversos ambientes, como, por exemplo, no permafrost subártico ou em cavernas terrestres, comumente datados de 400 mil a 650 mil anos.

Em 2019, os cientistas da Universidade de Bonn, na Alemanha, encontraram o DNA e, desde já, o material encarou um processo de controle de contaminação para assegurar a precisão dos marcadores de idade. Do mesmo modo, a equipe também identificou organismos unicelulares do tipo diatomáceas, que datam de 540 mil anos atrás.

“A Antártida é uma das regiões mais vulneráveis às mudanças climáticas na Terra, e estudar as respostas passadas e presentes desse ecossistema marinho polar às mudanças ambientais é uma questão de urgência”, citou um trecho do artigo.