Hacker da Rússia admitem ataques aos sistemas do governo brasileiro

A conta DarkTracer, no Twitter, responsável por efetuar atualizações, além de reportar sobre ataques cibernéticos, alertou para um possível ataque do grupo Everest ransomware que anunciou que o “GOV Brazil” permanece na sua lista de vítimas, na tarde da última terça-feira (30).

A Everest, por sinal, deixa à venda o acesso para a rede do governo brasileiro com mais de 3 TB de dados, no site do grupo de ransomware. “Está a venda acesso à rede Gov Brasil, mais de 3 TB de dados. Para dúvidas, contate :everestransomteam@onionmail.org”, cita o site do grupo de ransomware.

O grupo russo possui uma vasta lista de vítimas com a inclusão de empresas e governos no mundo e ameaça comercializar o acesso a redes e dados das instituições como uma forma de extorsão. Responsável por gerir o banco de dados do país com informações dos cidadãos brasileiros, a Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) também responde pela principal provedor de soluções tecnológicas para o Brasil.

PF realiza operação contra suspeitos de ataque hacker no MS em 2021

A Polícia Federal (PF) realizou, na última terça-feira (16), uma intervenção contra suspeitos de efetuarem ataques cibernéticos contra sites do governo federal no término de 2021. Ao todo, no âmbito da “Operação Dark Cloud”, os policiais cumprem oito mandados de busca e apreensão.

As cidades compreendidas são: Coremas/PB, Belo Horizonte/MG, Joinville/SC, Curitiba/PR e Paranaguá/PR.

“Durante a investigação, descobriu-se que tais ataques foram realizados por uma organização criminosa transnacional dedicada à prática de crimes dessa natureza, visando entidades públicas e privados no Brasil, Estados Unidos, Portugal e Colômbia”, garantiu a PF em nota oficial.

O site do Ministério da Saúde esteve fora do ar, assim como outros portais da pasta, como o “Portal Covid” e o “ConecteSUS”. Ambos foram utilizados como comprovante de vacinação contra a Covid-19.

Além disso, o inquérito policial levou a operação foi imposto no dia do ataque contra a Saúde, em 10 de dezembro de 2021. “Os invasores deletaram arquivos, dados e instâncias da pasta atacada”, adicionou a PF.

Atrelado aos ataques ofensivos do MS, o grupo teve acesso indevido ao ambiente virtual de outras autoridades. De acordo com a PF, os suspeitos receberam acusações dos crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, interrupção ou perturbação de serviço telegráfico, radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento, além do crime de corrupção de menores e lavagem de capitais.