Qual o impacto das NFTs no mundo da música

O espaço de tokens não fungíveis (NFT) é uma das maiores subcategorias na indústria de blockchain, devendo atingir mais de US$ 1,6 bilhão até o final de 2023.

Enquanto isso, a receita global da música ultrapassou US$ 31,2 bilhões em 2022.

Como esses dois mundos colidem e com a indústria musical acolhendo a digitalização e entrando no espaço NFT que evoluções podemos esperar ver?

Nos últimos anos, a indústria musical testemunhou uma mudança transformadora com a integração dos NFTs. Desde artistas que adotam os tokens como uma forma de redefinir a propriedade digital e os fluxos de receita até fãs que ganham envolvimento exclusivo com o conteúdo lançado por seus artistas favoritos, os NFTs entraram na indústria musical em todas as formas e formatos.

Alguns exemplos incluem artistas que lançam conteúdo original exclusivamente em blockchain ou organizam shows e eventos usando ingressos NFT ou itens colecionáveis digitais que os fãs podem admirar muito depois do término do show.

Outro benefício importante do uso de NFTs na indústria musical é que os músicos agora podem ganhar royalties por meio de tokens não fungíveis. Isso ocorre porque os direitos de propriedade são armazenados com segurança no blockchain, permitindo que os artistas recebam uma compensação justa sempre que sua música NFT for vendida.

Grandes artistas já fizeram projetos de NFT

Vários artistas ocidentais, incluindo The Weeknd, Snoop Dogg e Shawn Mendes, bem como alguns dos maiores nomes da indústria K-Pop, já lançaram os seus NFTs, mostrando a influência da indústria.

Além disso, o uso de NFTs na indústria musical ajudou a promover comunidades mais fortes e interconectadas.

Os NFTs introduziram novos modelos de monetização, que podem ser alcançados através da tokenização da música.

Justin Bieber tem prejuízo milionário em compra de NFT; Veja o valor

Desde meados de fevereiro o mercado dos ativos digitais vem passando por uma crise profunda, denominada de “inverno cripto”. Por conta dela, todo o burburinho que se esperava que se mantivesse após 2021 sobre os tokens não fungíveis ( NFTs ) diminuiu consideravelmente em 2022. Se tornado uma verdadeira febre em 2021, com valorização surpreendente, os NFTs não escaparam dos bolsos das celebridades, que passaram a entrar no assunto. No entanto, muitas delas sofreram com o inverno Cripto, e hoje contam com um buraco em suas carteiras.

Dntre os investidores mais famosos que perderam dinheiro ao investir em um NFT, está o cantor canadense Justin Bieber. De acordo com dados analisados em cima da coleção BAYC (Bored Ape Yatch Club), da qual Bieber é dono de um token, o cantor teria tido uma perda que pode chegar a 84% do valor investido.

A compra foi efetuada ainda em janeiro de 2022, quando o Inverno Cripto ainda não havia explodido.

Bieber apesar de perdee dinheiro, foi em um ativo confiável, que inclusive foi um dos responsáveis pela popularização de todos os NFTs.

A bagatela paga pelo cantor para contar com um BAYC em sua coleção foi de cerca de 1,3 milhões de dólares, mais de 6 milhões de reais. Ou seja, de acordo com os dados de 84% de desvalorização do ativo, o NFT de Justin hoje estaria listado a “apenas” 69 mil dólares (400 mil reais).

Justin Bieber não foi o único famoso a perder dinheiro com NFTs

Como dito anteriormente, a onda de NFTs não afetou apenas aos investidores e curiosos no assunto, já que diversas celebridades entraram forte nesse mercado.

E a maioria delas, assim como Justin Bieber, não se deu bem.

Um dos maiores exemplos disso é brasileiro, o craque da seleção brasileira e do Paris Saint Germain, Neymar Jr, que em fevereiro, chegou a investir 6,5 milhões de reais em dois itens da mesma coleção Bored Ape Yatch Club.

A queda de Neymar foi rápida, já que cerca de 4 meses depois, ele viu seu ativo derreter de mais de 6 milhões, para pouco menos de 800 mil.

O jogador ainda assim manteve por muito tempo a imagem de seu NFT como sua profile PIC nas redes sociais, inclusive personalizando produtos como camisetas, chuteiras, bolas e banners com seu Ape, na busca clara pela valorização.

De acordo com especialistas, independentemente do Inverno Cripto e outros fatores prejudiciais no mercado de ativos digitais, o movimento de compra dos BAYCs tanto por parte de Neymar como de Justin, não foi adequado, isso porque mesmo antes de suas desvalorizações, o token possuía características muito comuns pelo seu preço, com o de Bieber por exemplo, estando classificado como o 9.810º mais raro de uma coleção de 10 mil NFTs.

Atualmente para se ter noção, NFTs nessa faixa de raridade são encontrados por ⅙ do que foi pago pelos famosos.

Coleção de NFTs em homenagem a David Bowie ganha data de lançamento

Um dos cantores mais populares e influentes para a cultura pop na história da indústria musical, David Bowie faleceu em 2016, no entanto, deixou um legado, que irá virar um conjunto de tokens não fungíveis (NFT).

Com o nome de “Bowie on the Blockchain”, a coleção surge de uma colaboração entre vários artistas visuais, que irão produzir peças de outros nomes da cultura pop, dentre eles Joaquin Acrich, Fewocious e Nadya Tolokonnikova.

No total, serão nove artistas artistas em colaboração dividindo ideias para dar vida às NFTs.

A produção de cada uma das peças no entanto, não será como o convencional, do qual apenas caricaturas ou homenagens a músicas viram arte, isso por que, a coleção de espólio de David Bowie foi aberta para esses artistas tornarem cada um desses itens em verdadeiras obras de artes digitais, criando produtos únicos e especiais.

Cada um dos artistas escolheram algum desses objetos guardados nos arquivos do artista, desse modo, chegando a conclusão de que cada NFT é inspirado em um item particular de Bowie.

Quanto a estes itens, os mesmos vão desde desenhos e pinturas feitas pelo próprio David Bowie, até anotações feitas a mão pelo eterno cantor, esboços de figurinos e design do palco.

O lançamento ficou marcado para o início da semana do dia 19 de setembro. Mas, apesar de uma suposta data de estreia, as obras de “Bowie on the Blockchain” ainda não tiveram nenhum tipo de “spoiler”, e seguem como uma surpresa para o público colecionador e fãs.

Em entrevista a mídia americana, o cofundador de todo o projeto, Andrew Keller, afirmou que a escolha de Bowie para estar presente na coleção se dá muito pela sua característica única como componente visual e idealizador da arte.

“Havia um enorme componente visual em tudo que Bowie fazia. Ele era pintor e colecionador de arte. Portanto, trata-se de entrar nesse espaço e se envolver com artistas de NFTs em seu mundo”, declarou Andrew.

NFTs de David Bowie terão impacto positivo em ONGs

Além de todo acervo e emoção destinado para o fã e em exaltação ao legado de David Bowie, a coleção de NFTs do cantor terá um papel muito importante e inspirador dentro do cenário de ajuda a instituições de caridade ao redor do mundo.

Isso porque, de acordo com a organização do projeto, 100% dos lucros das obras de David Bowie, serão destinados a CARE, organização sem fins lucrativos com foco no combate à fome e à pobreza. Tudo isso tem ligação com um legado que o cantor certamente queria ter deixado, já que antes de falecer em 2016, Bowie era casado com a super modelo Iman, defensora e parceira global da CARE.

A introdução de David Bowie num projeto como esse mostra uma tendência de crescimento na criação de projetos NFTs em cima da memória de ídolos para a comunidade global. Introduzindo essa nova tecnologia de ativos digitais não apenas em um nicho de colecionadores e entendedores do assunto, mostrando que os fãs também serão, ou até já são, parte fundamental na globalização dos tokens não fungíveis.

NFTs Esportivos se juntam a cultura Pop em projeto que dá ativos digitais como brinde

Parte de uma revolução no mercado de NFTs, que deixa de trazer o sentido de supervalorização e puxa mais para um sentimento de fã e item exclusivo, a loja de brindes e serviços para fãs da cultura Pop, Fanstation, passou a focar seus esforços na produção de tokens não fungíveis (NFT).

Partindo para o segmento de artistas, celebridades e atletas profissionais, a Fanstation hoje conta com mais de 6 milhões de reais em itens no seu catálogo. A projeção para até o fim do ano, é de bater a casa dos 10 milhões de reais.

Dentre os nomes mais emblemáticos dos esportes já confirmados estão o ex-piloto Emerson Fittipaldi, os ex-jogadores de futebol Túlio Maravilha e Luizão, além do técnico também de futebol, Joel Santana.

A Fanstation surgiu em 2019 com uma ideia promissora de fazer na época o que hoje estudam as NFTs do segmento, aproximar, da e idolo. No entanto com a chegada da Pandemia de covid-19 que se alastrou severamente por 2 anos, planos tiveram de ser interrompidos. Até que em 2022, Andréa Farias, COO da Fanstation, decidiu que o caminho para reerguer a empresa antes mesmo de erguê-la de fato, era entrar no mundo dos ativos digitais com Cripto e NFTs.

“Nosso line-up de celebridades desde o começo é 100% brasileiro, então nossa prioridade é desenvolver uma plataforma em que o usuário pudesse pagar pelos NFTs com PIX”, contou em entrevista ao portal do ‘G1’.

Baseados em uma rede Blockchain de ETH (Ethereum), o cliente que estiver interessado em comprar algum dos NFTs, precisa primeiramente entrar na plataforma e escolher o item desejado. Depois disso, deve ser depositado uma quantia em reais com o PIX, os convertendo para stablecoin atrelada ao real Bitfan, a criptomoeda da plataforma.

Cumprindo esses passos, já é possível ter o tão desejado NFT em mãos.

“A carteira fica dentro da plataforma e o NFT fica disponível para você dentro da plataforma da fanpage, sem precisar de uma wallet externa”, explicou o COO da Fanstation.

Os benefícios do NFT da Fanstation

Além de contar com ativos digitais raros na carteira, que podem ser usados em troca de Criptos ou até mesmo outras NFTs, os tokens da Fanstation seguem a máxima de benefícios dados pelos mesmos NFTs.

Esses benefícios consistem desde memorablias, até acesso a clubes privados que contam com shows, e presença de artistas da coleção, e também presença em eventos de jogadores e até mesmo jogos comemorativos.

Além disso, os portadores dos ativos ganham acesso a um servidor exclusivo no Discord, no qual estão os desenvolvedores do projeto, que ao lado dos parceiros fazem sorteios e drops de ingressos e até outros NFTs.

“Fazemos um trabalho de pesquisa de toda a carreira de uma celebridade e exploramos os produtos que podemos comercializar como NFT. Teremos clubes privados no Discord, dando desconto em ingresso e sorteio de ingressos, além da conversa com celebridades, que por contrato terão que fazer contato com os fãs em horário marcado”, informou Andréa.

Olhando para o futuro, a FanStation pensa num investimento e benefícios dentro de um ambiente no metaverso, oferecendo desde a criação de um avatar próprio até a criação do espaço para usuário.

Atualmente com cerca de 30 funcionários na empresa, o COO da marca diz que já trabalha por demanda na criação de um Metaverso, apesar da promessa de apenas no futuro implementar tal tecnologia para todos.

“Se uma cliente quiser ter um ambiente no metaverso a equipe da Fanstation faz esse desenvolvimento”, declarou.