Estrelas do esporte e do entretenimento investem nas NFTs
A chegada de Kylian Mbappé no mundo do NFT marca mais um passo no mundo do esporte. O “NFT” de “token não fungível“, é um formato digital que possibilita a associação a qualquer objeto virtual, seja uma imagem, foto, animação, vídeo ou música, um certificado de autenticidade registrado em uma cadeia de blocos, ou “blockchain”, a tecnologia que serve de base em particular para criptomoedas como bitcoin.
Dois grandes anúncios em rápida sucessão, sinal da aceleração de uma tendência iniciada no ano passado: menos de uma semana após a formalização de uma parceria “exclusiva” e “plurianual” entre a plataforma para criar uma série de coleções NFT, é a vez de Kylian Mbappé revelar seu interesse pelo mundo da “web3“, a nova internet.
O craque da seleção da França unirá forças como “investidor e embaixador exclusivo” com a startup francesa Sorare , criadora de um jogo online para troca de emblemas esportivos na encruzilhada de setores mais dinâmicos: objetos digitais únicos (NFT) e ligas esportivas virtuais (“esportes de fantasia”).
Depois da campeã de tênis Serena Williams, que se tornou “assessora” do conselho de administração e sócia da Sorare desde janeiro passado, e dos investidores do futebol Gerard Piqué, Rio Ferdinand e Antoine Griezmann, o unicórnio francês oferece um novo recruta de escolha.
“Minha relação com os fãs é muito importante para mim, então a ideia de trazer experiências inéditas e acesso através dessa plataforma NFT (com a Binance) é algo que eu queria fazer parte”, disse Cristiano Ronaldo, um dos atletas mais seguidos do mundo com mais de 500 milhões de seguidores nas redes sociais.
Se o jogador de basquete francês Rudy Gobert apoia “The Metaverse Marauders”, uma coleção de 12.000 NFTs que representam todo um painel de criaturas extraterrestres, outras estrelas do esporte, como Neymar, Eminem e Paris Hilton mostraram sua participação no “Bored Ape Yacht Club“, um círculo fechado dos detentores de NFT vinculados a imagens exclusivas de macacos, que foram vendidos por mais de 200.000 mil dólares cada unidade, que é equivalente a pouco mais de 1 milhão de reais.
“É realmente como no mundo real (dos colecionadores): temos pessoas em NFT que sabem muito sobre isso, e se interessam e passam um tempo lá, e depois tem outros que surfam um pouco em uma onda e compram um pouco o que eles mandam comprar“, explica à AFP John Karp, presidente da NFT Factory e especialista no setor, comparando o interesse no “Bored Ape Yacht Club” ao dos ‘novos ricos’.
E isso é totalmente contrário ao caso de Snoop Dogg. O rapper americano disse no mês de setembro do ano passado que ele se escondia por trás de um perfil desconhecido chamado ‘Cozomo de Medici’, um famoso colecionador no mundo dos NFTs por comprar várias obras de arte famosas, o que vai muito além da ‘Bored Ape Yacht Club’.
“Entendemos que havia um espaço bastante autêntico, um verdadeiro conhecimento. Seus conselhos contam, seu ponto de vista é importante. É reconhecido como uma pessoa informada“, destaca Karp.
Mas por outro lado existem diversos casos de ‘influencers’ que lançam as suas coleções de NFTs para monetizar o seu público, embora vários desses exemplos tenham nos mostrado que os ativos perdem valor muito rápido nos mercados secundários, onde a receita esperada não é produzida.
Segundo a consultoria Chainalysis, o mercado de NFTs apresentou um declínio de 75% no volume de gastos entre fevereiro e abril, depois de gerar mais de 44,2 bilhões de dólares em 2021.