Rússia multa duas redes sociais por conteúdos inválidos

A Rússia oficializou, na última terça-feira (4), uma multa com destino ao TikTok em função da rede social não ter excluído um conteúdo que viola leis russas sobre “propaganda LGBT”, assim como acerca do serviço de streaming Twitch por apresentar uma entrevista com um político ucraniano que Moscou relatou conter informações falsas.

Este é o capítulo mais novo disputa de Moscou com as gigantes da tecnologia, sobretudo quando o assunto é a inclusão de penalidades por conteúdo, demandas por armazenamento de dados tal qual proibições definitivas. Pertencente a empresa de TI ByteDance, com sede em Pequim, o TikTok foi multado em 3 milhões de rublos (cerca de US$ 51 mil), conforme apontou o Tribunal Distrital de Tagansky de Moscou.

Algumas agências de notícias comunicaram que o caso contra o TikTok teve como base as acusações de que a empresa estava ‘promovendo valores não tradicionais, LGBT, feminismo e uma representação distorcida de valores sexuais tradicionais” em sua plataforma. Propriedade da Amazon, o Twitch recebeu uma multa avaliada em 4 milhões de rublos (aproximadamente US$ 68 mil).

Hacker da Rússia admitem ataques aos sistemas do governo brasileiro

A conta DarkTracer, no Twitter, responsável por efetuar atualizações, além de reportar sobre ataques cibernéticos, alertou para um possível ataque do grupo Everest ransomware que anunciou que o “GOV Brazil” permanece na sua lista de vítimas, na tarde da última terça-feira (30).

A Everest, por sinal, deixa à venda o acesso para a rede do governo brasileiro com mais de 3 TB de dados, no site do grupo de ransomware. “Está a venda acesso à rede Gov Brasil, mais de 3 TB de dados. Para dúvidas, contate :everestransomteam@onionmail.org”, cita o site do grupo de ransomware.

O grupo russo possui uma vasta lista de vítimas com a inclusão de empresas e governos no mundo e ameaça comercializar o acesso a redes e dados das instituições como uma forma de extorsão. Responsável por gerir o banco de dados do país com informações dos cidadãos brasileiros, a Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) também responde pela principal provedor de soluções tecnológicas para o Brasil.

Adesão ao Telegram aumenta na Rússia após bloqueio de redes sociais

A Rússia perdeu a disputa com o aplicativo de mensagens Telegram, no decorrer do bloqueio de várias redes sociais no país. A plataforma, no entanto, assumiu o posto de principal vencedora dos bloqueios no território.

Uma pesquisa da Forbes Rússia, realizada pela empresa Mediascope, evidenciou recentemente dados que descreveram que o público diário dentro do país, das redes sociais Instagram e Facebook, ambas da Meta, caiu de forma considerável.

Em resumo, essa queda é equivalente a 8% e ocorreu internamente ao período dos sete meses de 2022. Já os dados coletados pela Mediascope correspondem a população da Rússia com idade maior ou igual a 12 anos.

No geral, foram feitos cálculos com sessões em horários distintos e duração, sobretudo casos onde o usuário entrou na plataforma e saiu por notar que o app sequer funcionava corretamente em função do bloqueio.

Por fim, o público médio do Telegram aumentou para 66% em sete meses. Anteriormente, ele estava em 25 milhões em janeiro e saiu para 41,5 milhões por dia em julho. Por causa do bloqueio das outras duas redes, o Telegram respondeu por um maior benefício.

Rússia lança robôs para propagar mensagens a favor da invasão à Ucrânia

A Rússia trabalha com a contratação de pessoas na rua para ampliar a popularidade da invasão na Ucrânia. O objetivo da equipe russa é incentivar a população a postar comentários em redes sociais para propagar a ideia de que o ataque teve apoio popular.

De acordo com o levantamento feito pela Meta, empresa que controla o Facebook, divulgado na última quinta-feira (04), a internet atua como a principal plataforma de ajuda para a Rússia fortalecer a continuidade da guerra.

Para isso, uma “fazenda de trolls”, isto é, contas que fazem publicações automáticas, realizou a campanha de desinformação. Alguns usuários envolvidos na operação estão ligados à Agência de Pesquisa de Internet (IRA). Eles integram um grupo russo relacionado à interferência eleitoral nos Estados Unidos e outros países desde 2016.

Acima de tudo, as autoridades americanas ofertam uma recompensa de US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 53,4 milhões) por informações acerca da participação da IRA nas eleições.

Em resumo, a operação contratava qualquer pessoa para participar das operações, uma tática parecida com a usada pela IRA anos atrás, relatou à AFP, Ben Nimmo, chefe de inteligência de ameaças globais da Meta.

Os “trolls” trabalhavam sete dias por semana, por aproximadamente 440 dólares por mês (cerca de R$ 2.350). A função deles era comentar em publicações nas redes sociais Instagram, Facebook, TikTok, Twitter, YouTube, LinkedIn, VKontakte e Odnoklassniki.

Por fim, a Meta relatou que suspendeu 1.037 contas no Instagram, além de 45 no Facebook. Todas elas estavam envolvidas na campanha.