EUA barra terapia para conversão da sexualidade
A população LGBT norte-americana pode respirar (um pouco) mais aliviada. Um relatório emitido pelo próprio governo dos Estados Unidos conclui que a “terapia de conversão”, em que pais submetem seus filhos a métodos para tentar “transformá-los em heterossexuais”, é uma prática perigosa e deve acabar. A Casa Branca já havia apoiado uma petição em abril para banir esse tipo de conduta no país inteiro, e o novo documento dá ainda mais apoio científico para a proibição.
A conselheira sênior do presidente Barack Obama, Valerie Jarrett, declarou que os responsáveis não devem forçar crianças e adolescentes menores de idade a um tratamento que já se provou ineficiente, antiético e desnecessário. “Acreditamos que a terapia de conversão para os jovens não atende seus interesses e as evidências científicas apoiam isso”, declarou em uma coletiva de imprensa.
Segundo Valerie, o governo tem apoiado esta posição, tornando a prática ilegal para os jovens. “No caso de adultos, eles podem tomar suas próprias decisões quando se trata de sua saúde”, acrescentou. Nos EUA, cada estado tem autonomia para decidir sobre a questão individualmente: até agora, quatro estados além do Distrito de Washington já proibiram a terapia para menores ou adultos vulneráveis e o Congresso e outros 21 estão debatendo a ideia.
No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) impede as tentativas de “conversão” desde a resolução n° 001/99 de março de 1999. O documento resolve que os psicólogos “não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados”.
No entanto, o tema de vez em quando volta à tona na Câmara dos Deputados. Em 2013, um projeto de autoria do membro da bancada evangélica João Campos (PSDB-GO) pretendia suspender a resolução de 1999 e liberar o uso de terapia para alterar a orientação sexual e o tratamento da homossexualidade como doença. A proposta, no entanto, foi arquivada após a repercussão negativa e os protestos de grupos da causa LGBT.
Imagens: iStock
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