Rio-2016 será a Olimpíada mais aberta aos transexuais
Enquanto cresce a expectativa para a primeira Olimpíada sediada em território brasileiro, aumenta também a aceitação e a representatividade da comunidade transexual no esporte. O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou que, pela primeira vez em 31 edições, os esportistas transexuais não operados poderão participar dos Jogos. Até Londres-2012, apenas os atletas que já haviam passado pela cirurgia de readequação de sexo estavam liberados para competir.
A novidade foi confirmada pelo próprio COI após a revista alemã Outsports divulgar a informação tendo como base documentos do Encontro de Consenso sobre Mudança de Sexo e Hiperandrogenismo, que aconteceu em novembro do ano passado e contou com a participação de membros do comitê e especialistas da área. “É necessário assegurar que atletas transgêneros não sejam excluídos da possibilidade de participar de competições esportivas. O nosso objetivo é garantir apenas que a competição seja justa”, assegura o órgão, em nota oficial.
A determinação anterior exigia que, além de serem operados, os transexuais deveriam esperar mais dois anos após o reconhecimento legal da troca de gênero para poder competir. Agora, a única especificidade diz respeito aos hormônios: as mulheres trans precisarão demonstrar que seus níveis de testosterona no sangue estão dentro do nível permitido para a disputa, assim como acontece com as demais competidoras cis. Para os homens trans, não há restrições hormonais. “Requerer uma cirurgia anatômica como algo imprescindível para a participação não é algo necessário para preservar a competição, e é inconsistente com o desenvolvimento das leis e as noções de direitos humanos”, completa o comunicado do COI.
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