Patrocinadora de time da Premier League planeja investir em IA no futebol

Os especialistas em tecnologia esportiva Infinite Athlete e Gemini Sports Analytics firmaram uma parceria para criar uma plataforma de inteligência artificial (IA) que ajudará as organizações esportivas a tomar melhores decisões dentro e fora do campo.

A Infinite Athlete expandiu além de sua ambição original de usar IA para auxiliar na criação de conteúdo para criar um “sistema operacional para esportes”. Está a construir uma rede de parcerias para apoiar esta visão, trabalhando com outras empresas inovadoras de tecnologia desportiva.

A Gemini Sports Analytics fechou recentemente uma rodada de financiamento inicial de US$ 3,25 milhões para continuar o desenvolvimento de sua plataforma de insights baseada em nuvem alimentada por IA. Sua lista de clientes inclui o Indianapolis Colts da National Football League (NFL) e a faculdade americana Texas A&M, enquanto também trabalha com a gigante de dados esportivos Sportradar.

Especialistas explicam o investimento em IA de empresa tecnológica

“A Gemini Sports Analytics aproveitará a tecnologia FusionFeed baseada em IA da Infinite Athlete para criar insights aprimorados para organizações esportivas – equipes técnicas e front offices agora poderão ver o jogo sob uma lente totalmente nova”, disse Jake Schuster, executivo-chefe da Gemini Sports Analytics.

“Esta parceria permitirá que as equipes façam mais com menos e resolvam questões complexas rapidamente. Ele também permite que clientes mútuos se integrem rapidamente, reduzam a ingestão de dados e monitorem dores de cabeça e aproveitem nossos numerosos relacionamentos com parceiros de dados para aproveitar vários feeds de dados aprimorados de uma fonte, a fim de gerar valor com mais facilidade de seus ricos conjuntos de dados internos e externos.”

“Ao implantar nossa tecnologia FusionFeed por meio da plataforma Gemini Sports Analytics de alta potência, os parceiros de equipes e clubes poderão agora aproveitar um conjunto de dados mais rápido, eficiente e preciso que pode ser usado para ajudar a tomar melhores decisões baseadas em dados em relação ao recrutamento,desenvolvimento de jogadores, táticas, gerenciamento de escalação e até mesmo desempenho do atleta”, acrescentou Casey Miller, vice-presidente de parcerias estratégicas da Infinite Athlete.

Time da Premier League finalmente ganha sua própria Criptomoeda

O Tottenham Hotspur está colaborando com o Socios.com para revelar sua nova Criptomoeda, o Spurs Fan Token, exclusivo para aumentar o envolvimento dos fãs e oferecer recompensas personalizadas.

O Tottenham Hotspur, clube da Premier League, entrou na criptografia ao anunciar uma associação de longo prazo com o Socios.com, a popular plataforma de engajamento de fãs baseada em blockchain. Os Spurs estão lançando seu fan token exclusivo (SPURS) no blockchain Chiliz após este acordo.

Os tokens, destinados a fãs com 18 anos ou mais, serão um benefício integrado para portadores de ingressos de temporada e membros do One Hotspur+. A partir de 4 de outubro, esses tokens exclusivos serão emitidos e os membros das comunidades mencionadas receberão cinco tokens SPURS gratuitos.

Criptomoeda dará privilégio aos torcedores

Os tokens virão com um código de voucher exclusivo entregue por e-mail, resgatável no aplicativo móvel Socios.com. Os detentores de tokens terão acesso direto a diversas atividades diretamente ligadas ao clube.

Isso inclui, mas não está limitado a, participação em enquetes de clubes, jogos de previsão, questionários e uma variedade de competições. Essas atividades permitem que os membros acumulem pontos, que mais tarde podem ser trocados por recompensas exclusivas relacionadas ao Spurs.

Fan Tokens; Conheça 4 opções de investimento da Cripto Esportiva

A principal liga de futebol do mundo logicamente também é lar de diversos dos grandes times do planeta. Ricos e vitoriosos, é de se esperar que estejam envolvidos em projetos tecnológicos, e de fato é o caso. Na onda dos Fan Tokens, nem a Premier League que trata com rigor a entrada de patrocínios ou qualquer forma de expressão de ativo digital, foi possível escapar da febre.

Os ativos digitais que prometem substituir o sócio torcedor tem como objetivo criar um vínculo maior entre time e torcida, fazendo com que os fãs participem de forma mais ativa no dia a dia do clube, se sentindo mais importante para a instituição do que estar apenas no estádio gritando.

Empunhando um Fan Token, além de fortalecer financeiramente o clube do coração, o adepto ganha privilégios e benefícios que vão de excursões a treinos e promoções em artigos da equipe, até votações para uniforme, música de entrada no estádio e modelo da braçadeira de capitão.

Sendo assim, confira 4 tokens utilitários presentes em grandes times da Premier League.

1- Manchester City

Um dos grandes times da atualidade do futebol europeu e mundial, o time do Manchester City ganhou toda sua projeção a pouco mais de uma década, após ser comprado por um fundo de investidores de sheik do Oriente Médio.

De lá para cá os Citizens empilharam títulos e contratações milionárias, além de grandes investimentos para aumentar ainda mais sua fortuna.

Os Fan Tokens foram um desses investimentos que deram certo e até hoje geram lucro.

O $City, atualmente vale cerca de 5 dólares, mas em certo momento já chegou a custar 20 dólares.

Em parceria com a gigante do segmento, a Socios, a equipe foi uma das primeiras inglesas a entrar nesse mercado a pouco mais de 3 anos.

2- Leeds United

Equipe das mais simpáticas e tradicionais da Inglaterra, o Leeds é um dos clubes de “menor expressão” que promovem a introdução de sua torcida no ambiente digital com investimentos no ramo.

O LUFC, token oficial da equipe, foi muito bem aceito pela sua torcida, no entanto, não ganhou a projeção internacional e até nacional que tokens como o do City tomaram.

Sendo cotado em pouco menos de 1 dólar, o Fan Token em alta chegou a valer cerca de 4 dólares.

Também em parceria com a Socios.com, o projeto foi anunciado com o foco em promoções para os torcedores, que comprando os tokens jogavam quizzes sobre a história do Leeds que o colocariam como concorrentes a diversos prêmios.

3- Arsenal

O gigante de Londres é mais um de dentro do “Big Six” (como são chamadas as 6 principais forças da Inglaterra) a contar com seu próprio Fan Token.

Lançado perto do fim de 2021, apesar do bom projeto, o Fan Token dos gunners ficou marcado pela polêmica de ter suas propagandas proibidas em todo o país.

Isso porque, de acordo com associações de futebol da terra da rainha, o clube vinha fazendo propagandas que incentivam seu torcedor a colocar dinheiro em um investimento de risco, o que não é permitido por lei.

Apesar do imbróglio, tudo se resolveu em algumas semanas, e atualmente a moeda é cotada em 1,64 dólares.

O AFC passa pelo mesmo problema da grande maioria dos Fan Tokens da Socios, a desvalorização por conta do inverno cripto.

4- Aston Villa

Mais um Token nativo da rede Socios, o AVL, Fan Token do Aston Villa, é um dos poucos da Inglaterra dentro da “bolha” de times médios que mostrou uma certa valorização nas últimas semanas.

Apesar de passar por um momento de coadjuvante na Premier League, o Villa é um dos clubes mais importantes da Europa. 7 vezes campeão do campeonato inglês e duas vezes da Champions League, a equipe de Birmingham tem o aumento na venda de seus tokens relacionado ao sucesso do time no mercado de transferência. Já que atualmente fechou com boas promessas do esporte além de medalhões que já disputaram Copa do Mundo, como o craque brasileiro Phillipe Coutinho.

Apesar de ainda não bater 1 dólar de valorização, o AVL subiu mais de 2% por semana nas últimas 4, conforme o time foi apresentando mais reforços.

Premier League e EA Sports devem fechar acordo bilionário; Veja as cifras

Meio bilhão de libras – cerca de 3 bilhões de reais, convertidos diretamente. Segundo o repórter da Sky News, Mark Kleinman, esse é o valor que a Electronic Arts pagou pelos direitos exclusivos da Premier League para o EA Sports FC. Considerada por muitos a maior liga de futebol do mundo, bem como a mais rica, esta é claramente uma das grandes prioridades da empresa nesta fase de conquista de novos direitos de jogo.

A informação foi divulgada com exclusividade pelo repórter em seu perfil no Twitter nesta sexta-feira (10). Segundo ele, foi realizada uma reunião entre a empresa e o clube para fazer o anúncio.

O acordo é válido por seis anos, valor que mais do que dobraria o contrato atual. Obviamente, isso é apenas um boato, e o anúncio oficial ainda não foi feito, então só se deve esperar que as pessoas relevantes no mercado o digam.

Além da Premier League, se tem a expectativa também da manutenção dos contratos de licença com diversas outras ligas ao redor do mundo, da qual a EA conta com camisas, layouts e jogadores oficiais.

Dentre essas ligas estão as outras 4 ligas que formam as 5 grandes ligas da Europa, ou seja, Alemanha, Itália, Espanha e França, além de claro, a Inglaterra.

EA conseguiu manter grandes nomes em seu game

Mesmo após o imbróglio com a entidade suprema do futebol, com a EA confirmando oficialmente sua ruptura com a FIFA e assim lançar uma nova série, vários clubes fizeram publicações nas redes sociais que iriam aderir à franquia. Real Madrid, Liverpool, Tottenham, Atlético de Madrid, Manchester City, etc. Dito isto, não parece haver muito com o que se preocupar quando se trata da licença do EA Sports FC.

Essa será a primeira vez em 30 anos que os amantes de futebol não terão o título “FIFA” na franquia de games de futebol mais bem sucedida da história.

Sendo assim, em julho, quando acontece todo os anos o início da campanha de anúncio de um novo game, a EA estará apresentando o primeiro EA Fc.

Conheça a coleção de NFTs de gigante da Premier League

Apesar de recentemente ter dado sua entrada no mercado de Fan Tokens, ativos esportivos que trazem benefício aos torcedores, já a algum tempo o Liverpool está presente no universo de ativos digitais. Prova disso é a coleção de NFTs LFC Heroes, lançada em abril com parceria com a Blockchain Sotheby’s.

O LFC Heroes Club conta com uma espécie de caricaturas personalizadas de 24 estrelas do plantel do Liverpool e também de heróis da história e comissão técnica da equipe.

As NFTs ficaram disponíveis durante três dias para compra, esgotando antes do prazo previsto que era do dia 30 de abril até 1 de maio.

Baseado em uma rede de Polygon, inclusive a mesma onde foi montado o mercado de tokens do time, o Liverpool ainda não revelou o quanto de lucratividade obteve até o momento.

Os NFTs do Liverpool são separados em duas categorias de colecionáveis digitais, que definem raridade, valor e escassez.

Categorias essas, são um conjunto de 24 NFTs chamadas de ”Lendários”. E o segundo, ”Hero Edition”, esse que contém imagens de vários jogadores do atual e de antigos plantéis, criando um ativo digital único.

A ideia do clube inglês, atual vice-campeão da Champions League, seria de que cada torcedor que possui um NFT está apto a fazer parte de uma comunidade de torcedores do time, meio que como um clube exclusivo de detentores do token.

Essa liga de parceiros dá acesso a fóruns, experiências únicas entre a torcida, competições organizadas pelo Liverpool e até mesmo descontos em produtos oficiais.

A proximidade entre o time e a torcida neste projeto foi confirmada por Drew Crisp, vice-presidente da área de atuação digital do Liverpool, em anúncio feito em abril.

“O lançamento do LFC Heroes Club é uma iniciativa inédita, que busca trazer uma maneira nova, empolgante e inovadora para os torcedores de todo o mundo se envolverem com o clube”, afirmou Crisp.

NFTs do Liverpool contam com causa nobre por trás

Além de servir como um ativo de lucratividade e também de proximidade e ativação com os fãs, o Liverpool usa dos NFTs como causa social já que metade dos lucros do leilão feitos pela compra dos tokens não fungíveis,”Lendários” e “Herói”, foram todas destinadas para o apoio a LFC Foundation, instituição de caridade do Liverpool que já a anos contribui para a formação e ajuda dos mais necessitados.

E essa ação não se manteve apenas na estreia, até esses 20% de lucro somados entre as duas coleções, seguem indo diretamente para o LFC Foundation, que também recebe auxílio do clube por meio da participação com o Fan Token.

Ainda em anúncio feito a época, Drew Crisp, contou sobre a oportunidade de ajudar a fundação, além de afirmar que a entrada no mercado busca atingir os jovens, que são o futuro da torcida do Liverpool.

“Essa é uma grande chance de oferecer aos torcedores algo realmente especial e, ao mesmo tempo, retribuir à nossa LFC Foundation”, declarou Drew.

“Sabemos que nem todos os torcedores estarão prontos para explorar o mundo dos NFTs. No entanto, realizamos uma pesquisa aprofundada com torcedores antes de entrar neste mercado. Descobrimos que quase um quarto dos jovens de 18 a 34 anos provavelmente participariam das ofertas oficiais de NFT do clube”, completou.

Premier League ganha investimento bilionário em NFTs; Veja os valores

Bombadas no ambiente web3, principalmente no âmbito de NFTs de esporte, as plataformas Sorare, Dapper Labs, Candy e ConsenSys, estão próximas de chegar a um acordo para o licenciamento da Premier League em seus projetos.

Tendo diversas ligas em seus portfólios, todas licenciadas e com a presença da maioria dos jogadores de mais de 20 campeonatos considerados os “principais” do mundo, todas essas exchanges e Blockchains tinha o mesmo sonho em comum, conseguir a parceria total com a maior liga entre clubes do planeta.

Conhecida por ser a mais disputada, badalada e milionária, a Premier League, que reúne os 20 melhores times da Inglaterra, pode enfim chegar ao mundo dos tokens não fungíveis (NFT).

De acordo com o tablóide inglês “Daily Mail“, propostas que variam da casa dos 220 a 434 milhões de libras, chegaram na mesa da Football Association para o licenciamento da liga pelos próximos 4 anos.

A Premier League contra os NFTs

A possível entrada da Premier League neste universo de ativos digitais pode ser considerada uma conquista enorme no cenário, já que a liga diferente de diversas outras ao redor do mundo, vem sendo muito conservadora quanto a adoção de NFTs.

A associação de futebol da terra da rainha, inclusive, procurou aliados dentro da própria Premier League para começar um movimento para acabar com os patrocínios de Blockchains, Exchanges ou qualquer outra forma representativa de web3.

A ideia partiu de uma abordagem de fãs que começaram a acusar a liga de induzir pessoas a investir em um mercado de alto risco, taxando a Premier de irresponsabilidade comercial.

Apesar do assunto ter começado a ganhar força, não foi pra frente, mesmo com investigações que seguem sobre clubes que majoritariamente necessitam de patrocínios oriundos do mercado digital.

O curioso disso tudo, surge quando apesar da liga em si não colaborar muito com a ideia de tokens não fungíveis em sua marca, times de dentro da própria Premier League já até se sustentam desse modo operante. Como é o caso do gigante Manchester City, que em parceria com a Socios.com arrecadou milhões de euros com a venda de Fan Tokens, as criptomoedas utilitárias voltadas ao esporte.

Agora, com todo esse dinheiro na mesa, será difícil para a Premier League recusar. Ainda mais depois de uma sequência de mais de dois anos de falta de receitas no esporte devido a pandemia de Covid-19, que agora volta a se estabilizar.

Além disso, a maior liga do mundo não poderia ficar para trás em uma tendência de mercado que está dominando todo o setor do futebol. A própria Premier League já se sentiu ameaçada após quase “perder” seus principais times para uma possível criação de Superliga, que aumentaria ainda mais o monopólio dos times e acabaria com as instituições esportivas responsáveis pela criação de torneios, incluindo a UEFA.

Por fim, outro fator que pode seduzir de vez a Premier League a aderir as NFTs, trata-se do acordo que os times de sua liga já possuem com outras empresas de ativos digitais, que possibilita assim, que a associação fique com uma boa parcela financeira sem precisar dividir totalmente.

Mais um time da Premier League investe em NFTs

Mais um time da Premier League investe em NFTs conforme noticiado pelo The Athletic. O inglês Southampton F.C. anunciou que irá lançar três NFTs como celebração dos seus kits “Bold and Brave” (2022/2023), as novas camisetas oficiais do time. De acordo com o Southampton, o fato de serem apenas três tokens “torna cada um deles um item verdadeiramente colecionável para colecionadores de camisetas de futebol”. 

Os tokens não fungíveis estão disponíveis na OpenSea, a maior plataforma de negociação de NFTs do mundo .Você pode adquiri-los participando de um leilão e os lances devem ser feitos usando criptomoedas. As negociações começaram na quinta-feira (29) e continuam até metade de agosto. Os usuários que conseguirem adquirir os tokens também ganharão a nova camiseta do time. 

O clube declarou que os NFTs “foram criados para mostrar digitalmente o desenho e o design original de cada kit, que são mais ousados e corajosos do que jamais se viu antes”. O time ainda enfatizou que os tokens são itens para colecionar, que não devem ser vistos como uma fonte de investimento. Porém, a plataforma OpenSea até incentiva a troca e a negociação dos ativos digitais. 

A maioria dos times que entrou no mundo dos NFTs os desenvolveu em parceria com alguma empresa do setor. No entanto, o Southampton não mencionou nenhuma em sua divulgação.

Mesmo com o setor de NFTs e criptomoedas se tornando cada vez mais conhecido, muitas pessoas ainda não conhecem ou não adquirem os produtos digitais. Sarah Batters, diretora de marketing e de parcerias do clube inglês se mostrou consciente dessa limitação. “Mesmo compreendendo que nem todo mundo está pronto para mergulhar no mundo dos NFTs, nós queremos ser ousados e dar aos nossos fãs a escolha de explorar essa empolgante nova área”, explicou Batters.

Mas não é a primeira vez que o Southampton se aventura no mundo da Web3. No ano passado, a Sportsbet.io, plataforma de apostas esportivas online, doou duas Bitcoins para o Fundo Crypto para Fãs. Quatro meses depois, o time também lançou uma competição em que os fãs precisavam encontrar Bitcoins escondidas em QR codes pela cidade, mídias sociais e em desafios inspirados na tecnologia de blockchain. 

A crise dos NFTs

Embora o mercado dos NFTs e das criptomoedas continue recebendo muitas iniciativas e investimentos, os valores caíram nos últimos meses. Um exemplo são as próprias Bitcoins oferecidas pelo time na competição, que caíram quase metade do preço desde fevereiro deste ano. 

O site The Athletic investigou como os times da Premier League foram afetados por essa baixa no mercado. Em todos os casos, quem comprou os tokens dos times esperando revendê-los por um preço mais alto se decepcionou. Um representante da Socios, plataforma parceira de vários clubes da liga, ressaltou que os tokens não devem ser um investimento econômico. “O propósito dos tokens é dar aos fãs novas formas de se engajarem com seus clubes, de se entreterem e ganharem recompensas que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar”, explicou o representante ao site The Athletic. 

Apenas esta semana, dois grandes atletas anunciaram coleções em NFTs. Cristiano Ronaldo fechou uma parceria com a Binance e o jogador da seleção brasileira, Richarlison, já lançou os cards criados pela International Digital Group (IDG).

No Brasil, essas iniciativas são vistas como uma possível solução para times de futebol em crise por causa da pandemia e da diminuição de tempo na televisão. 

Como a crise das criptomoedas impactou times da Premier League

O site The Athletic investigou como a crise das criptomoedas impactou times da Premier League.

O crescimento do mercado das criptomoedas e dos tokens não fungíveis, os NFTs, nos últimos anos abriu muitas possibilidades para empresas explorarem o mundo digital. Nos esportes, esta relação é ainda mais forte, com vários times criando moedas digitais próprias ou plataformas para torcedores compartilharem seus NFTs.

A tendência já chegou no Brasil, inclusive. Por exemplo, o Atlético Mineiro tem a GaloCoin e o Fortaleza tem a LeãoCoin. 

Porém, este mercado passa por um momento de instabilidade no momento. Um exemplo é a Bitcoin, que vem caindo desde o início de maio. Pensando nisso, o site The Athletic investigou a relação entre criptomoedas e os times da Premier League, liga de futebol do Reino Unido, de novembro de 2021 até maio de 2022. 

Seis times da liga têm uma parceria com a plataforma Socios, onde os fãs podem negociar, comprar e vender Fan Tokens. O Manchester City, primeiro time a assinar com a plataforma Socios, teve o maior pico entre os times da Premier League, alcançando 30 dólares no ano passado, mas também teve uma queda em seu valor nos últimos meses. 

Sobre a desvalorização das criptomoedas e, por consequência, dos NFTs, um representante da plataforma Socios disse ao The Athletic que esses tokens não são vendidos como um investimento rentável, já que “o propósito dos tokens é dar aos fãs novas formas de se engajarem com seus clubes, de se entreterem e ganharem recompensas que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar.” 

Um representante do Arsenal, um dos times que possui a parceria com a Socios, também ressaltou que a plataforma não deve ser um investimento financeiro, mas uma forma de interação entre fãs do clube. Porém, ainda que a intenção dos clubes não seja esta, muitas pessoas que compraram os tokens o fizeram esperando um retorno financeiro que não virá, pois, sem exceção, todos estes projetos caíram de preço.

Outro clube parceiro da Socios, o Crystal Palace, é um caso curioso, já que seus tokens não estão disponíveis para compra, no entanto, um representante da plataforma disse que o projeto ainda está de pé. 

Alguns clubes oferecem produtos abertamente arriscados para se investir. O site de eToro, uma plataforma que tem parceria com o time inglês Newcastle United, já avisa que “o seu capital está em risco”. A legislação do Reino Unido, assim como do mundo inteiro, ainda não consegue regulamentar de forma completa este novo mercado, então plataformas como a eToro trabalham em um tipo de “limbo” da lei. Aliás, mais de um time possui parcerias com empresas que não podem atuar dentro do Reino Unido, como o Southampton com o cassino online Sportsbet.

Em todos os times analisados, quem procurou investir nos times já perdeu a maior parte do dinheiro dos últimos dois anos. No entanto, as criptomoedas e os NFTs não parecem estar indo a lugar algum. No Brasil, este mercado é visto como uma possível salvação para os times de futebol em crise devido à pandemia e à diminuição do espaço na televisão e vários times já possuem a sua moeda digital.