Banco Mundial não financiará projetos em países homofóbicos
Uma das instituições mais poderosas economicamente tomou uma atitude extrema em relação ao preconceito contra a população LGBT. Em participação na conferência Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito em português, em referência à obra literária do século 19 de Jane Austen), o presidente do Banco Mundial Jim Yong Kim declarou que não financiará projetos em países que possuam políticas contrárias às pessoas lésbicas, gays, bi e transexuais.
Segundo o sul-coreano, não se trata de uma posição política do banco de rejeitar ajuda a determinados países, mas sim uma questão de direitos humanos. “Discriminação contra pessoas LGBTs em seus países não serão tolerados”, garantiu. O Banco Mundial, como o próprio nome já indica, é uma entidade financeira que concede empréstimos a países em desenvolvimento com o objetivo de auxiliá-los a se desenvolver e criar infraestrutura necessária para crescerem economicamente.
Nós ainda não chegamos lá, mas estamos no caminho para conseguir um mundo mais tolerante.
Em 2014, Kim já havia barrado um financiamento de 90 milhões de dólares (340 milhões de reais) para o governo de Uganda, na África, um dos países que mais perseguem homossexuais no mundo. O dinheiro seria empregado para a construção de clínicas médicas, que de acordo com o presidente do banco poderiam ser usadas para “tratamentos” de pessoas LGBT. O país tinha acabado de aprovar uma lei que penaliza homossexuais e incentiva os cidadãos a denunciarem pessoas que mantêm relações homoafetivas.
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