Banco Mundial não financiará projetos em países homofóbicos

Uma das instituições mais poderosas economicamente tomou uma atitude extrema em relação ao preconceito contra a população LGBT. Em participação na conferência Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito em português, em referência à obra literária do século 19 de Jane Austen), o presidente do Banco Mundial Jim Yong Kim declarou que não financiará projetos em países que possuam políticas contrárias às pessoas lésbicas, gays, bi e transexuais.

A conferência aconteceu simultaneamente que aconteceu em Londres, Nova York e Hong Kong.

Segundo o sul-coreano, não se trata de uma posição política do banco de rejeitar ajuda a determinados países, mas sim uma questão de direitos humanos. “Discriminação contra pessoas LGBTs em seus países não serão tolerados”, garantiu. O Banco Mundial, como o próprio nome já indica, é uma entidade financeira que concede empréstimos a países em desenvolvimento com o objetivo de auxiliá-los a se desenvolver e criar infraestrutura necessária para crescerem economicamente.

Nós ainda não chegamos lá, mas estamos no caminho para conseguir um mundo mais tolerante.

De acordo com o Banco Mundial, a nova política é uma questão de direitos humanos.

Em 2014, Kim já havia barrado um financiamento de 90 milhões de dólares (340 milhões de reais) para o governo de Uganda, na África, um dos países que mais perseguem homossexuais no mundo. O dinheiro seria empregado para a construção de clínicas médicas, que de acordo com o presidente do banco poderiam ser usadas para “tratamentos” de pessoas LGBT. O país tinha acabado de aprovar uma lei que penaliza homossexuais e incentiva os cidadãos a denunciarem pessoas que mantêm relações homoafetivas.

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