Relatório estima que 26% da energia mundial será renovável até 2020

Neste mês de outubro foi divulgado o Relatório de Médio Prazo do Mercado de Energia Renovável 2015, um documento que avalia as tendências da área energética, trazendo projeções para os próximos cinco anos de desenvolvimento. Entre as informações anunciadas pela Agência Internacional de Energia (AIE), a mais animadora é que, segundos as estimativas da instituição, deveremos ter, até 2020, pelo menos 26% do abastecimento mundial fornecido por recursos renováveis, 4% a mais que o valor atual.

A estimativa é baseada no pressuposto que, através de políticas de incentivo e redução de custos, na próxima meia década, o mundo adicionará 700 gigawatts ao valor de capacidade de energia renovável. Se conseguirmos atingir essa previsão, será possível produzir energia limpa para abastecer mais de um quarto da Terra.

“Apoiada por políticas destinadas a melhorar a segurança energética e a sustentabilidade, a eletricidade renovável expandiu-se à sua taxa mais alta em 2014 (130 gigawatts) e foi responsável por mais de 45% das adições líquidas à capacidade mundial do setor de energia. Como resultado, os recursos renováveis são esperados como a maior fonte de adição líquida a médio prazo. Eles contam como quase dois terços da expansão energética em 2020, com recursos não hídricos perto da metade do total. A cota de energias renováveis subirá de 22% em 2013 para mais de 26% em 2020 e a geração de recursos alcançará um nível maior que a combinação da demanda total da China, Índia e Brasil”, afirmou o relatório.

Outra questão importante destacada no documento foi a queda dos custos para a produção de energia limpa com turbinas eólicas e painéis solares. De acordo com os dados divulgados, de 2010 para 2015, o valor para geração de energia eólica já baixou 30% e solar dois terços do valor inicial. Para as estimativas dos próximos anos, o relatório aponta que a o recurso eólico deverá cair mais 10% e o solar mais um quarto.

O mapa mostra os recentes valores para produção de energia, firmados em contratos a longo prazo, que entrarão em vigor entre 2015 e 2016.

O relatório completo está disponível no site da Agência Nacional de Energia. Para ler todas as previsões, confira o documento na íntegra.

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