Hollywood se junta à luta contra o terrorismo
O atual secretário dos Estados Unidos, John Kerry, twittou na manhã da última terça-feira (16) sobre uma reunião que teve com os chefes de estúdio de Hollywood para discutir “idéias sobre como combater as ações articuladas pela Daesh”. A Daesh, no caso, é um termo que muitas pessoas usam para denominar o Estado Islâmico, acreditando que o título “Estado Islâmico” dê legitimidade ao movimento muçulmano. Apesar de Kerry não ter definido exatamente sobre o que foi abordado nesta reunião, acredita-se que o governo norte-americano quer se aliar às “forças” do cinema para combater o ISIS e o terrorismo praticado pelo grupo.
Great convo w studio execs in LA. Good to hear their perspectives & ideas of how to counter #Daesh narrative. pic.twitter.com/AGhesmg1zK
— John Kerry (@JohnKerry) 17 Fevereiro 2016
A estratégia de usar filmes contra os “inimigos estrangeiros” já é praticada há algum tempo, principalmente pelos produtores de Hollywood. Na época da Segunda Guerra Mundial, por exemplo, a indústria cinematográfica norte-americana produziu um grande número de títulos para reforçar a moral dos EUA durante a luta contra os nazistas.
Produções mais recentes, como “Sniper Americano” (2015), de Clint Eastwood, e a “A Hora Mais Escura” (2013), de Kathryn Bigelow, também foram apontadas como uma forma de reforçar o apoio às atividades militares dos EUA no Oriente Médio.
Contudo, na maioria das vezes, Hollywood não quer que você saiba que a indústria do cinema está tentando convencê-lo a apoiar a política internacional norte-americana. Afinal de contas, propagandas tendem a funcionar melhor quando não se percebe a campanha de marketing por trás de certas narrativas. Mas, agora, pode ser que investida venha a ser mais forte do que nunca.
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