Degelo recorde no Alasca causa fuga de morsas

As temperaturas elevadas demais para a época causaram um degelo recorde no Alasca, Estados Unidos. Um dos diversos efeitos negativos foi a debandada de morsas que o derretimento acentuado causou. Com o tamanho cada vez mais reduzido das calotas polares, os animais perdem o ambiente onde vivem e de onde tiram comida para se alimentar. O fenômeno foi documentado pelo fotógrafo Gary Braasch, da organização World View of Global Warming.

A fuga das morsas para as praias mais do sul do Alasca é causada pelo derretimento das calotas polares.

Milhares de morsas se amontoavam próximas ao Point Lay, na costa do Alasca, além dos limites do Círculo Polar Ártico quando as fotografias foram tiradas. De acordo com biólogos especializados na vida selvagem, é comum os animais saírem da água, porém em 2015 o fenômeno aconteceu mais cedo do que o esperado e as morsas tiveram que ir até a terra firme em vez de se acomodarem nas geleiras.

O fenômeno foi registrado pelo fotógrafo Gary Braasch, da World View of Global Warming.

Segundo cientistas do governo norte-americano, as fêmeas e os filhotes costumam se abrigar no gelo que cobre o Mar Chucki, a 160 km da costa. Porém, essa crosta de gelo sumiu em sete dos últimos nove verões, inclusive no atual, forçando os animais a migrarem mais para o sul ou para a costa da Rússia. Em alguns anos, mais de 30 mil morsas se aglomeraram nas areias das praias do Alasca, o que ocasiona a morte de diversos indivíduos por sufocamento, esmagamento ou pela disseminação mais fácil de doenças.

O verão de 2015 tem sido um dos mais quentes dos últimos anos na região.

Imagens: Reprodução/ Gary Braasch

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