Setembro foi – novamente – o mês mais quente da história

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Não, você não leu errado e não, não estamos republicando um texto antigo. Aconteceu de novo: setembro foi o mês com as temperaturas mais altas no mundo todo desde que as medições começaram a ser feitas, em 1880. A notícia não chega a ser surpreendente, uma vez que o título até então pertencia a maio deste mesmo ano. Os dados revelados pela Agência Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, confirmam a expectativa de que 2015 seja o ano mais quente da história.

O relatório mensal indica que tamanho calor se deve à junção entre o crônico aquecimento global causado pelo homem e o atual El Niño. O fenômeno, que tem esquentado de forma assustadora as águas da região tropical do Oceano Pacífico, já é uma das três edições mais poderosas já registradas.

Gráfico mostra a temperatura de setembro, muito superior à média dos anos anteriores (Reprodução).

A temperatura da superfície do mar em setembro foi 0,81°C acima da média do século 20. Este aumento é o maior para este mês desde 1880 – o recorde anterior havia sido registrado, adivinhem, no ano passado. Em 2015, sete dos nove meses analisados bateram o recorde histórico para o mês, e a situação se repete desde maio. Embora um aquecimento na ordem de 1°C pareça pouco, os cientistas do clima alertam que já é suficiente para causar danos irreversíveis ao meio ambiente.

O verão na Índia foi tão quente que o asfalto na capital Nova Délhi derreteu. A temperatura chegou aos 46°C na cidade (Getty Images).

De acordo com a cientista Jessica Blunden, que trabalha no Centro Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente (NCEI) da NOAA, seis dos dez maiores aumentos de temperatura mensais ocorreram em 2015. “Dentre os 1.629 registros mensais desde 1880, seis meses de 2015 estão entre as 10 mais altas temperaturas para seus respectivos meses”, informa, em entrevista ao site Mashable. Se antes da divulgação dos dados de setembro já havia uma chance de 97% de 2015 ser o ano mais quente da história, é quase impossível que o ano atual perca este impressionante e preocupante título.

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