Novo filme sobre Anne Frank é destaque em Berlim
A adolescente Anne Frank se tornou uma das figuras mais conhecidas da Segunda Guerra Mundial, embora ela tenha sido uma cidadã judia comum. Em seu diário, porém, ela registrou como era o dia a dia de sua família e amigos, que precisavam se esconder simplesmente por causa de sua religião. O primeiro filme alemão sobre Anne, seus escritos e a perseguição nazista aos judeus foi apresentado em Berlim, no momento em que a Europa recebe o maior fluxo de refugiados desde o conflito de mais de 70 anos atrás.
Produzido inteiramente na Alemanha com equipe e atores locais, o novo “O Diário de Anne Frank” foi exibido no Festival Internacional de Cinema de Berlim com uma mensagem atual. “Se o nosso filme sobre o destino de uma família judia perseguida e aniquilada pode contribuir para uma atitude mais positiva em relação aos refugiados, então todos nós podemos nos orgulhar”, declarou o roteirista Fred Breinersdorfer.
A família Frank era originalmente da Alemanha, mas teve que fugir para Amsterdã, Holanda, após a chegada ao poder dos nazistas. Quando o exército alemão invadiu o país vizinho, Anne, o pai Otto, a mãe Edith e a irmã Margot se esconderam no sótão de uma casa – o “anexo secreto – para que não fossem denunciados às autoridades. Os Frank, juntamente com outras pessoas que se escondiam no mesmo local, foram traídos quase no fim da guerra, e levados para campos de concentração. Apenas Otto sobreviveu.
Quando voltou à casa onde moraram por mais de dois anos, o pai de Anne achou o diário da filha. A primeira edição do livro foi lançada na Holanda em 1947 e anos depois ganhou o mundo. A adaptação ao cinema veio em 1959, em um sucesso vencedor de três prêmios Oscar. O mais recente filme até agora, também norte-americano, é de 2009.