Ibama aplicará multa milionária à mineradora Samarco
O maior crime ambiental da história recente do país vai render uma perda financeira significativa à empresa responsável pela catástrofe, a mineradora Samarco. O rompimento das barreiras em Mariana-MG no dia 5 de novembro ocasionou um derramamento de lama tóxica que atingiu 15 cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) decidiu aplicar uma multa milionária à companhia.
O órgão ainda não definiu o valor exato da sanção, mas estima-se que fique em torno de 50 milhões de reais pelos danos ambientais irreparáveis causados à região. A Samarco é controlada pelas mineradoras BHP Billiton, a maior do mundo, e a brasileira Vale, que já perdeu 8% do valor de suas ações uma semana após o desastre. A prefeitura de Mariana estima prejuízo de 100 milhões de reais.
Até esta quinta-feira (12), havia a confirmação de oito mortes em decorrência do crime ambiental. Quatro pessoas já foram identificadas: três eram funcionários da Samarco, além de uma garota de 5 anos. Vinte e uma pessoas continuam desaparecidas: 11 são trabalhadores da empresa e dez são pessoas cujos nomes foram informados por familiares.
A ministra do meio ambiente, Izabella Teixeira, classificou o episódio como “catástrofe ambiental” e ressaltou que o governo federal precisa endurecer a legislação para que outros desastres semelhantes não ocorram.
Nós temos de avaliar não só a questão da remediações, mas também o caráter preventivo, se a legislação que está posta é suficiente ou não. Minas Gerais tem sido objeto de acidentes de barragens nos últimos anos – e o detalhe é que esse acidente não está associado a chuvas.
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