Investimento em vacinas tem retorno 44 vezes maior

Uma pesquisa realizada por Sachiko Ozawa, cientista assistente da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, dos Estados Unidos, afirma que os governos devem continuar seus investimentos em vacinas. A constatação parece óbvia, mas os motivos, nem tanto. Além da conhecida vantagem de prevenir diversos tipos de doença, os ganhos provenientes das vacinas podem se estender à economia, gerando um retorno até 44 vezes superior ao valor investido.

A primeira vacina da história foi criada pelo naturalista e médico britânico Edward Jenner, que possibilitou uma imunização contra a varíola no século 18, e desde então este é o método mais eficaz de prevenir contrações de doenças e possíveis epidemias. Por meio da análise de países de baixa e média renda e de gastos diretos e indiretos em relação a doenças que podem ser prevenidas, foi possível constatar um retorno econômico efetivo.

Analisando países de baixa e média renda e seus devidos gastos com doenças, foi possível constatar uma economia de até 44 vezes a unidade investida inicialmente (iStock).

Apenas nas despesas diretas de atendimento ao paciente, verificou-se uma economia de 16 dólares para cada dólar investido inicialmente (transformando os valores em reais, a proporção continua a mesma). Indo além, e examinando os benefícios indiretos, como maiores expectativa e qualidade de vida e a redução dos gastos do governo com tratamentos, observa-se que a redução de investimentos pode chegar a 44 por unidade investida. Essa quantia economizada, então, pode ser aplicada em diversos setores que tragam outras vantagens para a população.

A grande quantia economizada pelo governo pode, então, ser aplicada a diversos outros setores (iStock).

Para alcançar esse resultado surpreendente, o estudo examinou apenas 10 tipos de vacina, incluindo as de febre amarela, hepatite B, HPV e sarampo, o que já demonstra o extenso benefício do método para a saúde pública, de forma geral.

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Ilustrações retratam a beleza da vida solitária

Ilustrações retratam a Justiça de forma irônica pelo mundo

O cartunista Gunduz Aghayev tem se destacado pela forma como usa a ironia para tratar de assuntos polêmicos da atualidade. Antes, o artista já havia representado a força policial em diversos países e desenhado grandes e polêmicos líderes utilizando caveiras – entre outros projetos. Dessa vez, Gunduz retrata as diferentes interpretações que o conceito de Justiça pode ter ao redor do mundo, desde as violações dos direitos humanos na Turquia e no Azerbaijão até as questões envolvendo potências como os Estados Unidos e a Inglaterra.

O Brasil foi lembrado na crítica. No desenho, Gunduz posiciona a estátua da Justiça como trave em um campo de futebol prestes a ser atingida pela bola usada nas partidas da Copa do Mundo de 2014. A produção em massa da China e a pressão que a chefe do governo alemão Angela Merkel sofre de diversos grupos estão presentes na arte.

Depois de tantos pontos polêmicos sendo retratados friamente, o artista guarda uma surpresa bem-humorada para o final. Pobreza na Grécia, violência no Irã e… a Pinguinlândia!

Imagens: Divulgação/Gunduz Aghayev

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Homem se surpreende com o mundo atual após 44 anos preso

 

O norte-americano Otis Johnson tem 69 anos e passou os últimos 44 encarcerado – nos Estados Unidos, diferente do Brasil, não existe limite máximo de pena. Muita coisa mudou desde 1970, quando o agora senhor foi preso, e as impressões dele sobre o mundo atual servem de alerta para a maneira como vivemos. Um vídeo produzido pela rede de televisão catari Al Jazeera mostra a surpresa de Otis ao perceber como a realidade hoje é outra.

“A prisão me afetou muito. Minha saída foi difícil a princípio porque as coisas mudaram”, diz. Ele conta que na primeira vez que visitou a região da Times Square, famoso ponto turístico de Nova York, ele pensou que quase todo mundo estivesse falando consigo mesmo. “Eu olhei mais de perto e eles pareciam ter coisas no ouvido, eu pensei que todo mundo tivesse virado agente da CIA”, conta, revelando que na realidade eram fones de ouvidos conectados a celulares.

Algumas pessoas nem olham por onde andam. Estou tentando entender como elas fazem isso.

No vídeo, Otis ainda revela que perdeu contato com a família em 1998 e que, agora que não está mais na cadeia, gosta de passar um tempo ao ar livre observando as pessoas e apreciando a liberdade. Confira o vídeo completo (com legendas em inglês):

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Hollywood se junta à luta contra o terrorismo

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O atual secretário dos Estados Unidos, John Kerry, twittou na manhã da última terça-feira (16) sobre uma reunião que teve com os chefes de estúdio de Hollywood para discutir “idéias sobre como combater as ações articuladas pela Daesh”. A Daesh, no caso, é um termo que muitas pessoas usam para denominar o Estado Islâmico, acreditando que o título “Estado Islâmico” dê legitimidade ao movimento muçulmano. Apesar de Kerry não ter definido exatamente sobre o que foi abordado nesta reunião, acredita-se que o governo norte-americano quer se aliar às “forças” do cinema para combater o ISIS e o terrorismo praticado pelo grupo.

A estratégia de usar filmes contra os “inimigos estrangeiros” já é praticada há algum tempo, principalmente pelos produtores de Hollywood. Na época da Segunda Guerra Mundial, por exemplo, a indústria cinematográfica norte-americana produziu um grande número de títulos para reforçar a moral dos EUA durante a luta contra os nazistas.

Produções mais recentes, como “Sniper Americano” (2015), de Clint Eastwood, e a “A Hora Mais Escura” (2013), de Kathryn Bigelow, também foram apontadas como uma forma de reforçar o apoio às atividades militares dos EUA no Oriente Médio.

Obras como “A Hora Mais Escura” (foto) e “Sniper Americano”, foram apontadas como uma forma de reforçar o apoio às atividades militares dos EUA no Oriente Médio. Ao que tudo indica, novas produções com narrativas anti-EI poderão ser lançadas em breve. (Foto: Divulgação)

Contudo, na maioria das vezes, Hollywood não quer que você saiba que a indústria do cinema está tentando convencê-lo a apoiar a política internacional norte-americana. Afinal de contas, propagandas tendem a funcionar melhor quando não se percebe a campanha de marketing por trás de certas narrativas. Mas, agora, pode ser que investida venha a ser mais forte do que nunca.

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Famosos reagem a tweets maldosos no Jimmy Kimmel

Harvard suspende uso do termo “mestre” por relação à escravidão

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A Universidade Harvard, uma das mais prestigiadas do mundo, decidiu abolir o termo “mestre” como título de uma tradição acadêmica, por suposta referência à escravidão. Assim, os líderes dos dormitórios que costumavam ser conhecidos como “mestres da casa” começarão a ser tratados como “decanos da faculdade”. A mudança foi anunciada em um comunicado pelo reitor da faculdade de Artes e Ciências da instituição, Michael D. Smith. Durante o pronunciamento, ele explicou que a nova regra se aplica aos 24 líderes de dormitórios, mas que não tem relação com outros usos da palavra, como o grau de mestrado.

A medida foi tomada após a pressão de estudantes da universidade e outras instituições norte-americanas, como Yale e Princeton. Contudo, Smith deixou claro que não via qualquer relação direta entre o uso do antigo termo e o regime.

Em outro movimento, militantes pedem que a faculdade de Direito deixe de usar seu brasão oficial, que homenageia a família Isaac Royall. Apesar de ter apoiado a fundação da escola, a família também é conhecida pela forma brutal como tratava os escravos.

Confira um trecho da carta divulgada pelos ativistas da faculdade de Direito:

Símbolos físicos são expressão de quem somos e o que valorizamos como comunidade. Dos retratos dos professores no segundo andar de Wasserstein, às pinturas na biblioteca e composição atual da faculdade, a escola de Direito é preenchida com lembranças visuais de que foi criada por, e para, homens brancos. O mais ubíquo desses símbolos, o selo — que adorna todos os nossos prédios, roupas, papéis e diplomas — honra um escravista e assassino.

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França proíbe supermercados de jogar alimentos fora

 

Em um esforço para combater o desperdício de alimentos e a pobreza, a França acaba de aprovar uma lei que exige que os supermercados passem a doar os alimentos que não foram vendidos. Caso o estabelecimento descumpra a medida, será cobrada uma multa de até 75 mil euros e o proprietário fica sujeito a uma pena de dois anos de prisão. O texto já estava tramitando entre as autoridades francesas desde o ano passado, e agora foi aprovado por unanimidade pelo Senado francês.

Sob a nova lei, os supermercados com mais de 400 m² terão de assinar contratos com instituições de caridade. Além disso, os estabelecimentos serão impedidos de estragar intencionalmente alimentos quando estes se aproximam de seu prazo de validade – muitos varejistas já foram flagrados despejando água sanitária sobre mercadorias não vendidas para evitar que moradores de rua pegassem a comida do lixo.

A medida também visa educar os consumidores. Pesquisas recentes mostram que das 7,1 milhões de toneladas de alimentos desperdiçadas a cada ano na França, 67% é jogada fora pelos próprios clientes. Para reverter este quadro, o governo iniciará programas de educação sobre o desperdício nas escolas e em empresas.

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EUA barra terapia para conversão da sexualidade

A população LGBT norte-americana pode respirar (um pouco) mais aliviada. Um relatório emitido pelo próprio governo dos Estados Unidos conclui que a “terapia de conversão”, em que pais submetem seus filhos a métodos para tentar “transformá-los em heterossexuais”, é uma prática perigosa e deve acabar. A Casa Branca já havia apoiado uma petição em abril para banir esse tipo de conduta no país inteiro, e o novo documento dá ainda mais apoio científico para a proibição.

A conselheira sênior do presidente Barack Obama, Valerie Jarrett, declarou que os responsáveis não devem forçar crianças e adolescentes menores de idade a um tratamento que já se provou ineficiente, antiético e desnecessário. “Acreditamos que a terapia de conversão para os jovens não atende seus interesses e as evidências científicas apoiam isso”, declarou em uma coletiva de imprensa.

Grupo celebra o Orgulho LGBT em Nova York. Governo norte-americano se opõe a práticas de reorientação da sexualidade.

Segundo Valerie, o governo tem apoiado esta posição, tornando a prática ilegal para os jovens. “No caso de adultos, eles podem tomar suas próprias decisões quando se trata de sua saúde”, acrescentou. Nos EUA, cada estado tem autonomia para decidir sobre a questão individualmente: até agora, quatro estados além do Distrito de Washington já proibiram a terapia para menores ou adultos vulneráveis e o Congresso e outros 21 estão debatendo a ideia.

No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) impede as tentativas de “conversão” desde a resolução n° 001/99 de março de 1999. O documento resolve que os psicólogos “não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados”.

No Brasil, a terapia de conversão está frequentemente ligada a igrejas evangélicas.

No entanto, o tema de vez em quando volta à tona na Câmara dos Deputados. Em 2013, um projeto de autoria do membro da bancada evangélica João Campos (PSDB-GO) pretendia suspender a resolução de 1999 e liberar o uso de terapia para alterar a orientação sexual e o tratamento da homossexualidade como doença. A proposta, no entanto, foi arquivada após a repercussão negativa e os protestos de grupos da causa LGBT.

Imagens: iStock

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Empresas do Mississippi agora podem negar atendimento a gays

O governador do estado norte-americano do Mississippi, Phil Bryant, sancionou uma lei que permite a proprietários de estabelecimentos comerciais e até a servidores públicos recusar atendimento a pessoas homo e transexuais com base em crenças religiosas. Embora a nova lei vá contra a constituição dos Estados Unidos e seja duramente criticada por grupos LGBT e de direitos humanos, o político republicano disse que a lei “protege as crenças religiosas e as convicções morais de indivíduos”.

O governador ainda declarou que a legislação foi aprovada para proteger aqueles que crêem que o casamento deve ser constituído apenas por um homem e uma mulher, que as relação sexuais só devem ocorrer dentro do metrimônio e que masculino e feminino são gêneros imutáveis.

A chamada Lei de Proteção da Liberdade de Consciência da Discriminação Governamental em termos práticos permite que membros de igrejas, instituições religiosas e empresas privadas neguem atendimento a pessoas cujo estilo de vida eles julguem que vão contra suas crenças.

Em outras palavras, uma pessoa lésbica, gay, bi ou transexual corre o risco de não conseguir ser atendida em um restaurante ou uma banca de revistas simplesmente por ser quem ela é, com base nas convicções homofóbicas dos outros. Funcionários públicos também ficam autorizados a não realizarem casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo, por exemplo.

Imagens: iStock

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Ellen Page pede mais representatividade LGBT na mídia

Desde que decidiu falar abertamente sobre sua sexualidade em público, a atriz Ellen Page não descansou da tarefa de fazer com que a comunidade LGBT tenha mais voz e seja mais respeitada. Prova disso é a série documental “Gaycation”, apresentada por ela junto do amigo Ian Daniel, em que a artista mostra a realidade de gay, lésbicas e transexuais ao redor do mundo. Capa da edição de abril da revista Malibu, a jovem clama por mais representatividade LGBT em comerciais, programas de TV e no cinema:

Queremos mais histórias LGBT representadas e estamos vendo essa mudança. Mas é claro que precisamos de mais. Um grande ponto de fazer Gaycation’ é também ser capaz de ter a comunidade representada e ver essas histórias compartilhadas.

Até agora, Ellen e Ian gravaram quatro episódios dos documentários em países bem diferentes entre si: Brasil, Jamaica e Estados Unidos. Nas palavras da atriz, foram diversos casos interessantes: “O programa é sobre as alegrias e os triunfos. Infelizmente, é também sobre a discriminação e as lutas que muitas das pessoas enfrentam. Por isso é difícil a palavra: interessante”.

Em entrevista à publicação, Ellen também relata um dos momentos que mais lhe chamaram a atenção nessa primeira temporada de “Gaycation”: “Tivemos a sorte de filmar e ser uma parte de um público que celebra o ‘orgulho’ na Jamaica. Eu simplesmente não consigo dizer quão honrada e emotiva fiquei testemunhando isso, além de ficar grata às pessoas que nos permitiram estar lá”, lembra.

Imagens: Jake Chessum/Malibu

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Dinamarca aprova lei para confiscar bens dos refugiados

O parlamento dinamarquês aprovou um controverso projeto de lei na última terça-feira (26), que dá poder à polícia local para confiscar dinheiro e itens de valor de refugiados que buscam asilo no país. Depois de 81 votos a favor e 27 contra, a nova medida foi tomada com a justificativa de custear a estadia dos imigrantes, enquanto seus pedidos de asilo são julgados. Agora, os refugiados que chegam à Dinamarca têm o direito de guardar um montante de até 10 mil coroas, o equivalente a R$ 5.930.

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O parlamento dinamarquês aprovou um controverso projeto de lei que dá poder à polícia local para confiscar dinheiro e itens de valor de refugiados que buscam asilo no país. (Foto: Getty Images)

A lei também está mais rigorosa com relação ao reagrupamento familiar para aqueles que entram no país, e exige que os asilados esperem três anos antes que possam trazer membros da família para se juntar a eles.

O ministro da Integração da Dinamarca, Inger Stoejberg, defendeu a proposta dizendo o dinheiro arrecadado pode ajudar a pagar pela hospedagem, aulas de línguas, serviços de saúde e cursos de capacitação profissional para aqueles que têm a esperança de começar uma nova vida no país. Em um comunicado, Stoejberg ainda ressaltou que objetos de “valor sentimental”, como alianças de casamento ou relógios, por exemplo, não serão tomados.

Juel Frandesen, porta-voz do Conselho de Refugiados dinamarquês (DFH), também a favor da medida, destacou que a nova lei pode ser considerada uma “norma simbólica”. “São poucos os que transportam bens de valor”, afirmou.

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A nova medida foi tomada com a justificativa de custear a estadia dos imigrantes, enquanto seus pedidos de asilo são julgados. (Foto: Reprodução/Twitter)

No ano passado, a Dinamarca recebeu cerca de 20 mil requerentes de asilo. Para um país de apenas 5,6 milhões de habitantes – cerca de metade da população da cidade de São Paulo – o número de refugiados que chegam ao país representa uma das mais altas taxas per capta na União Europeia.

Por mais que o país já tenha concedido asilo para muitos imigrantes, a nova lei horrorizou diversas organizações dos direitos humanos pelo mundo. A Anistia Internacional considerou a medida mesquinha e twittou que a votação representa “um dia triste para a Dinamarca”.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, criticou a decisão do país escandinavo por meio do seu porta-voz, Stéphane Dujarric, dizendo que as pessoas que fazem o esforço para chegar à Europa “devem ser tratadas com compaixão e respeito, e com plenos direitos”.

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