NASA lança série de pôsteres sobre viagens espaciais

O turismo espacial é um sonho que ainda não podemos vivenciar. No entanto, o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (JPL) se divertiu desenhando uma série de incríveis pôsteres que ilustram essas viagens. Esses cartazes retrô e minimalistas promovem as diferentes atrações e possíveis “destinos” do nosso Sistema Solar, como se passeios espaciais fossem realmente acessíveis aos aventureiros terrestes.

Dentre os locais ilustrados, podemos observar os diversos planetas do sistema, incluindo a Terra, descrita como “Seu Oásis no Espaço – Onde o ar é fresco e respirar é fácil”, passando pelo satélite saturnino Encélado, o planeta-anão Ceres e o exoplaneta Kepler-16b. Imaginar os astros como atrações turísticas é, no mínimo, engraçado – e nos dá um gostinho do possível futuro da raça humana.

Todos os pôsteres estão disponíveis para download em alta no site da JPL.

Imagens: Divulgação/JPL.

comente

Mesa-tenista de 93 anos busca classificação olímpica

Nunca é tarde demais para correr atrás de seus sonhos. A frase de efeito se aplica perfeitamente ao caso do norte-americano Bill Guilfoil. O aposentado de 93 anos está disposto a deixar a vida tranquila de lado, ao menos por um tempo, para se dedicar à árdua tarefa de se classificar para a maior festa do esporte: as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em agosto deste ano. A chance será em fevereiro, na seletiva dos Estados Unidos que definirá os quatro últimos qualificados para a competição.

Em entrevista à rede de televisão NBC, Bill conta que pratica a modalidade desde os 13 anos de idade (ou seja, há 80 anos) e lembra que já esteve entre os melhores do país quando era mais novo. “O tênis de mesa é um esporte para a vida toda. Me sinto bem. Na minha idade, não tenho qualquer problema nas costas ou nos ombros”, observa. Para participar do pré-olímpico nacional nos EUA, basta pagar a taxa de inscrição e ser associado da federação, requisitos cumpridos por Bill.

Bill Guilfoil diz que joga tênis de mesa há oito décadas (Reprodução/Facebook).

Embora motivado, o estadunidense tem consciência de que a tarefa é quase impossível e planeja apenas se divertir. “Não estou esperando um milagre ou algo do tipo. É como se eu estivesse de férias”, comenta. Caso o milagre aconteça, Bill será o competidor mais velho na história dos Jogos Olímpicos. O título atualmente pertence ao sueco Oscar Swahn, que participou da Olimpíada de Antuérpia, na Bélgica, em 1920, quando conquistou a medalha de prata no tiro esportivo.

Tags

comente

F.C. United of Manchester vai devolver £1 do ingresso para cada torcedor

inspiração-manchester-united-vai-devolver-1-do-ingresso-para-torcedores

 

Após passar por todas as fases classificatórias, o F.C. United of Manchester, time da sexta-divisão da Inglaterra, chegou à primeira rodada da Copa da Inglaterra. Conforme avança na competição, as diferenças ideológicas entre o time e a federação inglesa de futebol ficam mais evidentes, principalmente quando relacionados ao preço cobrado pelos ingressos. Enquanto o time costuma cobrar o valor de 9 libras pelo ingresso de uma partida, as regras da FA Cup impõem que o preço mínimo deve ser 10 libras.

Os torcedores receberão de volta £1 do valor dos ingressos, depois de o time ser obrigado a aumentar os preços (Foto: Uol)

A questão é que, para participar da competição, o F.C. United of Manchester aceitou o regulamento proposto. Portanto, não há nada que a direção do time possa fazer para evitar o aumento do preço dos ingressos, o que, para eles, está em desacordo com a relação que tem com a torcida. Uma das soluções encontradas pelo clube foi emitir vouchers de £1 para os torcedores gastarem com comidas e bebidas durante a partida. Porém, a idéia gerou conflitos com a federação.

Assim, o F.C. United of Manchester decidiu em seguida, que seria mais prudente devolver a diferença no valor do ingresso para os torcedores, o que não significa muito para o time, mas carrega um enorme valor simbólico para a torcida.

Tags

comente

Mãe recria cenas dos candidatos ao Oscar com suas filhas

Todas as mães e todos os pais adoram capturar cada passo de seus pequenos – principalmente agora, que as fotografias são tão instantâneas – e os ensaios caseiros estão cada vez mais criativos. Para aproveitar o tempo livre com suas três crianças, a mãe norte-americana Maggie Storino criou o projeto Don’t Call Me Oscar (“Não Me Chame de Oscar”, em português), que realiza com Sophia (5), Sadie (3) e Sloane (de apenas oito meses) desde o ano de 2010.

Há seis anos, Maggie fotografa suas pequenas imitando as cenas. Esta, do ano anterior, retrata uma cena do “Grande Hotel Budapeste” (Divulgação/Maggie Storino).

O trabalho consiste em recriar cenas icônicas dos filmes indicados anualmente ao Oscar – e o resultado fica uma graça. “Quando parar de ser divertido, nós pararemos de fazer”, declarou Maggie, em entrevista à Vanity Fair. “Mas as garotas adoram se fantasiar, então não é nenhum sacrifício. Isso não é muito diferente das nossas atividades rotineiras, só os personagens são mais variados. Apesar de que, se a Academia quiser facilitar meu trabalho, eles poderiam indicar mais filmes com unicórnios e sereias”, brinca. No entanto, a mãe impõe alguma regras.

Nós não começamos até que os indicados sejam anunciados, não há ‘re-cliques’ e nós terminamos antes do almoço. A preparação é de cerca de uma semana para cada foto e a captura dura cinco minutos. É como um caça ao tesouro quando começamos a procurar adereços e cenários pela vizinhança.

“Nós geralmente pedimos os adereços aos nossos amigos, mas é demais pedir para ‘esvaziar’ o urso de pelúcia de alguém. Em vez disso, aproveitei os preços do Dia dos Namorados e adquiri essa beleza” (Divulgação/Maggie Storino).“Quando chegou a hora de Sofia vestir o urso, ela quis colocar seus braços e pernas dentro dos braços e pernas do urso, como um macacão de neve. Eu finalmente convenci ela a colocar o urso sobre sua cabeça dizendo a ela que poderíamos enchê-lo novamente depois e ela poderia tê-lo para sempre. Então, agora somos os orgulhosos donos de um urso de pelúcia gigante” (Divulgação/Twentieth Century Fox).“Houve muita publicidade sobre o novo filme da Barbie, ‘Barbie: Esquadrão de Espiões’, então quando disse às meninas que elas se vestiriam de espiãs, elas tinham uma imagem muito diferente em suas cabeças” (Divulgação/Maggie Storino).“Os sobretudos do pai delas é pálido em comparação aos macacões de lycra cor-de-rosa” (Divulgação/Dreamworks Pictures).“Essa pode parecer uma simples pose, mas é difícil de capturar, se você tem 3 anos de idade. Sadie achou a bolsa muito pesada para carregar em seu braço, e ela não conseguia segurar os óculos como Saoirse Ronan. Em vez disso, fez um sinal de ‘O.K.’. Essa é, de longe, nossa foto preferida” (Divulgação/Maggie Storino).“Elas acharam a Saoirse Ronan muito bonita e amaram seu relógio, cinto, batom e óculos. Eu expliquei a elas que ‘Brooklyn’ se parece muito com a história de seus avós. A avó delas é irlandesa e o avô é italiano, e eles foram casados por quase 50 anos” (Divulgação/Fox Searchlight).“Eu precisei de recrutas para esse clique, então nós emprestamos todos os carros de brinquedo de nossa vizinhança e dirigimos eles até o Lago Michigan. Foi a primeira vez que fizemos algo em grande escala e vieram várias crianças para batalhar” (Divulgação/Maggie Storino).“Depois que tirei a foto, as crianças dirigiram ao redor da praia com imprudência, então foi um pouco da vida imitando a arte” (Divulgação/Warner Bros. Pictures).“A cada ano, os indicados ao Oscar apresentam novos desafios, mas uma coisa é constante: Sophia sempre tem que incorporar um homem de paletó” (Divulgação/Maggie Storino).“Ela usou esse paletó em ‘A Teoria de Tudo’, ‘Lobo de Wall Street’, ‘Argo’, ‘Selma’ e ’12 Anos de Escravidão’. E nunca usou na vida real” (Divulgação/Paramount Pictures).“Para esse, nós construímos um cenário e colocamos como papel de parede. Se tornou nosso local favorito para brincar” (Divulgação/Maggie Storino).“Para conseguir essas expressões, disse a elas que se olhassem como se amassem uma à outra, e elas disseram ‘nós nos amamos, mas nós não nos abraçamos com nossos olhos fechados’. E eu respondi: ‘Hoje, vocês vão'” (Divulgação/A24).“Foi complicado decidir como capturar de forma apropriada um filme com tema tão sensível e importante” (Divulgação/Maggie Storino).“Mas nós finalmente decidimos que você nunca pode falhar com Stanley Tucci. Ele é um tesouro nacional” (Divulgação/Open Road Films).“Para fazer o traje espacial de Sloane, eu grudei as meias do meu marido com cola-quente até formar um macacão (e agora estou contando a ele sobre isso). Sloane ficou de pé pela primeira vez no dia em que tiramos esta foto” (Divulgação/Maggie Storino).“Deve ser por isso que ela parece tão orgulhosa na foto. Como todos os pais sabem, é um pequeno passo para um homem, mas um gigante salto para um bebê” (Divulgação/Twentieth Century Fox).
comente

Madonna visita orfanatos em passagem pelas Filipinas

Se você fosse uma pop star do calibre da Madonna, o que faria em seu momento de folga durante uma turnê na Ásia? Quem sabe relaxar em uma praia paradisíaca ou descansar no hotel para encarar a maratona de shows? Nada disso. A artista aproveitou a passagem por Manila, capital das Filipinas, onde se apresenta em dois concertos, para fazer uma visita surpresa a dois abrigos de órfãos e crianças em situação de risco na cidade.

Chillin with my Homies at the Bahay Tuluyan Foundation. Inc. giving shelter to Orphans street children trafficking/abuse victims in Manilla‼ ❤️#rebelheartour

Uma foto publicada por Madonna (@madonna) em

Everyone needs a tickle!! Even at the Hospicio de San Jose in Manilla! ?. We are so blessed?? ❤️#rebelheartour

Uma foto publicada por Madonna (@madonna) em

De acordo com a mídia internacional, a cantora foi a um orfanato, o Hospicio de San Jose, e a um abrigo que acolhe crianças que moram na rua, a Fundação Bahay Tulyan. Segundo as instituições, ninguém sabia que a própria Madonna apareceria, uma vez que a notificação passada foi de que somente os dançarinos da cantoria fariam a visita. No entanto, a diva pop fez questão de visitar ambos os locais, além de divulgar as imagens no seu perfil pessoal no Instagram.

Celeste gives me the guided tour of Hospicio de San Jose. Run by nun's with love ?!

Uma foto publicada por Madonna (@madonna) em

A artista está no final da recente turnê “Rebel Heart”, que se encerra na Austrália, em março. Até lá, terão sido mais de 80 apresentações em cerca de seis meses. E ainda teve tempo para fazer o bem.

Hats off to the Bahay Tulyan Foundation in Manilla for taking so many kids off the street and providing food and shelter! ❤️#rebelheartour

Uma foto publicada por Madonna (@madonna) em

comente

Jogadora de vôlei trans estreia em time feminino na Itália

A mudança de equipes é uma rotina entre atletas profissionais. No caso de Alessia Ameri, de 30 anos, porém, o primeiro jogo em seu novo clube Hermaea Entu teve um gostinho especial. Esta também foi a estreia da jogadora de vôlei atuando no gênero com o qual se identifica – a italiana disputava o campeonato masculino do país até a duas temporadas atrás com o nome de Alessio. Esta foi a primeira vez na história do voleibol italiano em que um clube contou com um atleta transgênero em quadra.

A negociação de Alessia com o Hermaea Entu começou quando o empresário da atleta entrou em contato com o clube, logo após a líbero titular até então, Simona Degortes, se lesionar. O contrato foi fechado assim que o time deixou claro que não haveria problema algum em ter uma jogadora transgênero no elenco. No entanto, o reforço da atleta, que atua como líbero, não foi suficiente para evitar a derrota por 3 sets a 0 para o MyCicero Pesaro em partida válida pela oitava rodada da Série A2 do campeonato italiano feminino de vôlei.

Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, o presidente Gianni Sarti ressaltou que o mais importante é a qualidade técnica de Alessia. “Estou feliz por ter tido o total apoio e os cumprimentos do presidente da liga, Mauro Fabris”, conta. O dirigente ainda lembrou que não haverá espaço para qualquer tipo de preconceito contra a jogadora enquanto ela vestir a camisa do clube. “Aqui, fazemos esporte por paixão e pensamos apenas no bem da equipe”, conclui Gianni.

Imagens: Reprodução

Tags

comente
Ler a próxima matéria

China está prestes a alcançar metas definidas na COP21

Irmã Wachowski conta por que se assumiu transexual

Seguindo o exemplo de sua irmã Lana, Lilly Wachowski veio a público no mês de março anunciar que é transgênero e deixará de usar o nome Andy, com o qual ficou mundialmente famosa junto de sua irmã em 1999, com a ficção “Matrix”. Em sua primeira aparição em eventos após se declarar trans em um artigo de jornal, Lilly explicou melhor aos jornalistas que cobriam o GLAAD Media Awards por que ela tomou a decisão de falar abertamente sobre o assunto:

Sendo transgênero, eu tenho me escondido durante toda a minha vida. Estou indo contra todos os seus instintos, cada fibra do meu ser, para estar aqui agora e falar sobre a minha transexualidade. Mas eu tenho que fazer isso. Eu preciso porque as pessoas estão morrendo.

Lilly Wachowski se sentiu pressionada por um tabloide inglês para sair do armário (Reprodução).

Na sequência, a cineasta esclareceu que se referia ao crescente número de pessoas trans assassinadas nos Estados Unidos ao longo dos últimos anos. E se a situação está difícil lá, imagine aqui no Brasil, que possui o péssimo status de país que mais mata transexuais no mundo inteiro. “Nós vamos encarar de frente e garantir o que é nosso em termos de dignidade básica de direitos humanos”, concluiu. Lilly subiu ao palco para receber o prêmio de melhor série dramática para “Sense8”.

comente

Homem planta milhares de flores para esposa com deficiência visual

Mais belo do que um campo enorme coberto de flores, só o significado que essa paisagem representa. Cada flor de shibazakura cor-de-rosa foi plantada pelo Sr. Kuroki ao longo de dois anos, como tentativa de reanimar a esposa que adquiriu deficiência visual e não tinha mais vontade de sorrir. Hoje, o belo jardim atrai visitantes de todos os cantos, que passam pela região de Shintomi, ao sul do Japão, e não perdem a oportunidade de conhecer uma verdadeira história de amor.

O Sr. Kuroki preparou o terreno ao longo de dois anos para transformá-lo em um enorme jardim (Divulgação/Yoshiyuki Matsumoto).

Tudo começou quando a Sra. Kuroki, aos 52 anos, perdeu a visão de maneira inesperada e repentina por conta da diabetes. Sentindo que sua vida havia acabado, ela se afastou do mundo ao redor e passou a viver em isolamento na própria casa. Então seu marido, que sofria ao ver a expressão triste da companheira, teve uma ideia ao pensar que a beleza das flores pode ser experimentada não apenas pela visão, mas também pelo cheiro: dedicou dois anos preparando o terreno para o jardim que se transformou em um mar cor-de-rosa, preenchido com milhares de flores de Shibazakura.

O homem tinha a intenção de trazer de volta a alegria da esposa, que perdeu a visão por conta da diabetes (Divulgação/Yoshiyuki Matsumoto).

Com a prova de amor, o Sr. Kuroki tinha a intenção de devolver a alegria da esposa e atrair visitantes, que aos poucos fariam com que ela saísse de seu isolamento – e foi o que aconteceu. Hoje, dez anos após a plantação das primeiras sementes, turistas de diversas regiões têm o jardim como destino, na esperança de encontrar o sorridente casal que às vezes é visto andando pela propriedade.

comente

Entrevista Rio 2016: Larissa/Talita não se incomodam com o favoritismo no vôlei de praia

Elas jogam juntas há pouco mais de um ano, mas já são apontadas como as favoritas ao ouro olímpico neste ano. Em pouco tempo, as jogadoras de vôlei de praia Larissa França e Talita Antunes, ambas com 33 anos, se entrosaram e mostraram que podem subir ao lugar mais alto do pódio nos Jogos do Rio, o que não acontece na modalidade feminina há 20 anos, desde Atlanta-96. Campeãs do Circuito Mundial de 2015, elas esperam que 2016 seja ainda mais especial.

Larissa resolveu adiar o sonho de ser mãe para voltar a jogar, dessa vez ao lado de Talita.

Larissa resolveu adiar o sonho de ser mãe para voltar a jogar, dessa vez ao lado de Talita.

Experiente, a dupla não se incomoda com o rótulo de favorita nem escolhe adversário. “Encaramos todas as duplas com a mesma importância e procuramos sempre focar jogo a jogo”, declara Larissa ao ser perguntada sobre as oponentes mais fortes que deverão encarar em agosto. Em entrevista exclusiva ao POP, as atletas ainda lembraram os momentos mais marcantes na vida da parceria até aqui e prometem muito foco rumo ao objetivo final: a medalha dourada no Rio de Janeiro.

A dupla foi formada em 2014 e já teve um 2015 quase perfeito. A que vocês creditam esse sucesso tão rápido?

Talita: Acho que o principal é que nós duas quando nos juntamos tínhamos o mesmo pensamento e o mesmo objetivo. Isso nos motivou muito. Também o fato de estarmos felizes em jogar uma com a outra. Quando se faz o trabalho de forma feliz, tudo rende melhor.

Larissa: Quando chamei a Talita sabia que poderíamos formar um bom time, mas os resultados vieram rápido porque, assim como eu, a Talita é muito profissional e focada. Quando tem algum objetivo, ela se dedica a ele e corre atrás. Esse tipo de estímulo foi fundamental para o meu retorno depois desse tempo parada.

Vocês já estão classificadas para a Olimpíada no Rio de Janeiro. Como será a preparação de vocês até lá?

Talita: Nosso primeiro objetivo foi alcançado, que era a classificação. Agora é focar no segundo objetivo que é a medalha. Vamos nos esforçar ao máximo para isso e sabemos que temos condições de brigar por uma medalha. Nos reunimos com nossa equipe e planejamos o ano, treinamento e competições. Estamos focadas e queremos chegar 100% nos Jogos do Rio 2016.

Larissa: Não muda muita coisa. Se tudo que fizemos até agora deu certo e os resultados apareceram é porque estamos no caminho certo. Claro que sabemos que podemos melhorar, e buscamos isso a cada dia. Seja jogando ou no treino, sempre queremos melhorar ainda mais individualmente e como time. Esse é o segredo. Se você achar que está tudo 100%, acaba se acomodando.

A dupla chegou a ficar 42 jogos invicta, vencendo seis etapas do Circuito Nacional seguidas.

A dupla chegou a ficar 42 jogos invicta, vencendo seis etapas do Circuito Nacional seguidas.

Com resultados tão expressivos, vocês são as grandes favoritas ao ouro no Rio. Como vocês lidam com essa pressão?

Talita: Não pensamos nisso. Esse favoritismo é consequência dos resultados que tivemos, então não há muito o que pensar. Não podemos nos iludir com isso e achar que já ganhamos. Olimpíada é uma competição especial e queremos muito esse ouro. Mas favoritismo não ganha jogo, é preciso mostrar em quadra porque as apostas estão em você.

Larissa: Claro que Olimpíada é especial, essa será a nossa terceira como atletas, embora a primeira juntas. Mas sempre entramos em todos os torneios querendo apresentar nosso melhor vôlei e brigar pelo título. Não será diferente nos Jogos Olímpicos. É isso que temos que fazer, nos dedicar a cada treino, entrar focadas em cada jogo e sempre buscar apresentar nosso melhor desempenho. Os resultados até agora foram consequência disso, que seja assim também no Rio 2016.

Com a tricampeã olímpica Kerri Walsh machucada e a modalidade crescendo no Canadá e na Europa, quais serão suas maiores adversárias no Rio?

Talita: O vôlei de praia há muito tempo deixou de ser apenas uma disputa entre Brasil e Estados Unidos. Claro que esses dois países continuam tendo times fortes que dominam o circuito mundial, mas a modalidade cresceu no mundo inteiro. A China tem medalhistas nos dois últimos jogos olímpicos, os países europeus estão cada vez mais fortes e brigando por títulos no Circuito Mundial. Hoje o cenário do vôlei de praia feminino é de grande equilíbrio, com vários times com chances de medalhar no Rio.

Larissa: Não pensamos muito quem são nossas principais adversárias. Para gente, o adversário mais importante é sempre o do próximo jogo. Encaramos todas as duplas com a mesma importância e procuramos sempre focar jogo a jogo. Quem estiver no nosso caminho no Rio 2016 desde o primeiro jogo será um adversário importante.

Às vezes as pessoas acham que a primeira fase de um torneio desse não é tão importante, porque teoricamente são jogos mais fáceis. Primeiro que dependendo do seu grupo, você já pode pegar adversários complicados na fase de grupos, depois que uma derrota nessa fase muda todo o cruzamento na fase eliminatória. Não temos que nos preocupar com os outros, ou com os resultados dos outros times. Temos que nos preocupar com a nossa dupla, com o que vamos apresentar em quadra e estudar cada adversário do primeiro ao último jogo, que eu espero seja a final (risos).

Larissa foi eleita a melhor jogadora defensiva do ano no Circuito Mundial enquanto Talita tem o melhor ataque há três temporadas.

Larissa foi eleita a melhor jogadora defensiva do ano no Circuito Mundial enquanto Talita tem o melhor ataque há três temporadas.

Nesta curta trajetória da dupla até aqui, qual foi o momento mais marcante? E a maior decepção?

Talita: Certamente o nosso primeiro título juntas. Estávamos vindo de dois resultados abaixo da expectativa para o nosso time, mesmo com pouco tempo treinando e jogando juntas. A expectativa em torno da nossa dupla era grande e sabíamos que as pessoas estavam olhando querendo saber até onde iríamos. Quando ganhamos deu aquela sensação de que esse era mesmo o caminho, que se continuássemos em frente, juntas, sem se preocupar com o que as pessoas podiam pensar sobre nosso time, iríamos certamente alcançar nossos objetivos. Nos fechamos dentro da nossa equipe, sempre acreditamos nesse projeto, e jogamos felizes juntas.

Nenhuma decepção. Até as derrotas foram importantes. Temos pouco tempo juntas se comparar com a maioria dos times. Nas derrotas conseguimos enxergar mais facilmente onde precisamos melhoras, conseguimos nos unir ainda mais e nos tornarmos cada vez mais fortes como time.

Larissa: A primeira competição que ganhamos. Claro que tiveram outros momentos especiais, mas aquele título nunca vou esquecer. A sensação de que vai mesmo dar tudo certo, que valeu a pena todo o esforço, que podíamos sim formar um time competitivo. A vitória é o que move o atleta, e ali a gente tinha chegado no ápice em pouco tempo. Mas o melhor é que depois disso não relaxamos, mesmo com a conquista daquela etapa sabíamos que tinha muita coisa pra melhorar, e fomos melhorando. Veio a sequência incrível de vitórias, um novo recorde para a minha carreira. E a gente tava tão feliz jogando juntas que nem se ligava nesses números.

As derrotas, seja no início do time, ou depois da sequência de vitórias que tivemos nunca foram encaradas como algo ruim. Sempre tivemos a capacidade de enxergar como uma oportunidade de nos tornarmos ainda melhor. Não tenho nada de ruim na minha cabeça quando penso no time Larissa/Talita. Só coisas boas, até mesmo nas derrotas.

Em pouco mais de um ano de parceria, a dupla já venceu 11 etapas do Circuito Mundial.

Em pouco mais de um ano de parceria, a dupla já venceu 11 etapas do Circuito Mundial.

Pensando no futuro, o que acontecerá com a dupla Larissa e Talita após os Jogos Olímpicos do Rio? Vocês pensam em aposentadoria?

Talita: Se tudo der certo e a gente conseguir nosso objetivo será tempo de dar uma atenção maior a família. Mas não planejei nada ainda, meu foco agora é só nos Jogos Olímpicos. O que vai acontecer depois eu penso quando passar.

Larissa: Não penso em nada. Durmo, acordo e passo o dia pensando numa única coisa: o quanto eu quero jogar bem essa Olimpíada. O quanto quero brigar por esse ouro. O que vou fazer depois vou deixar pra pensar depois que os Jogos acabarem, se Deus quiser com a medalha de ouro nas nossas mãos. Já pensou?

Tags

comente

Entrevista Rio-2016: Fabiana Murer quer encerrar carreira com medalha olímpica

13th IAAF World Athletics Championships Daegu 2011 - Day Four

 

O torcedor brasileiro talvez seja injusto com Fabiana Murer. Única atleta do Brasil (levando em consideração homens e mulheres) a ser campeã mundial tanto indoor quanto outdoor, a saltadora muitas vezes é lembrada pelas duas campanhas abaixo do esperado das Olimpíadas de Pequim-2008 e Londres-2012. Mas tudo isso é passado. Novamente entre as melhores do mundo, Fabiana quer encerrar a carreira com chave – ou melhor, medalha – de ouro.

Paulista de Campinas, a esportista começou bem esta que será sua última temporada. Campeã do último torneio que disputou, na França, com um salto de 4,71m, Fabiana pretende fazer um bom Campeonato Mundial Indoor em Portland, EUA, em março, para adquirir ainda mais confiança e alcançar o tão sonhado pódio olímpico no Rio de Janeiro. Em entrevista exclusiva ao POP, a saltadora conta como será a preparação até o grande evento e como lida com a pressão de competir em casa.

A melhor marca pessoal de Fabiana também é o recorde sul-americano: 4,85m (Agência Luz/BM&FBOVESPA).

O foco deste ano é, sem dúvida, a Olimpíada no Rio de Janeiro. Como será a sua preparação até lá?

Meu treinamento começou em outubro de 2015, já com foco para 2016. Foi tudo bem, dentro do previsto, não tive problemas com lesões. Em janeiro, comecei a treinar o salto com 18 passadas, que é meu salto de competição. Estreei na temporada em pista coberta no dia 30, em São Caetano do Sul, com vitória, e estou muito animada. Vou competir na Europa em fevereiro e, em março, tem o Mundial Indoor em Portland. Lá vou encontrar as outras saltadoras, ver como elas estão competindo. Também vou disputar o evento-teste, em maio, algumas etapas da Diamond League, e o Troféu Brasil, em julho.

Você traçou uma meta para a sua participação nos Jogos? Está unicamente de olho no pódio ou você busca uma marca específica?

Meu objetivo é a medalha, não importa a cor. Para conquistá-la, preciso estar bem física e tecnicamente. Tenho que saltar alto, o mais alto possível, e fazer com que esse salto seja o suficiente para que eu consiga conquistar uma medalha. Acredito que as atletas que conseguirem saltar perto de 4,90 m estarão na zona de medalhas.

Prestes a completar 35 anos, a saltadora possui quatro medalhas em mundiais, incluindo dois ouros (Agência Luz/BM&FBOVESPA).

Como você vê a disputa atualmente por uma medalha no Rio no salto com vara feminino?

Acredito que será parecido com o que foi o Mundial de Pequim [o pódio foi constituído por Yarisley Silva, Fabiana Murer e Nikoleta Kyriakopoulou]. Mas temos que esperar como a temporada vai se desenrolar. É quando nós vamos ter realmente uma noção. A Yarisley, atual campeã mundial, é uma excelente saltadora, assim como a Jennifer Suhr, campeã olímpica em Londres. E existem outras grandes atletas que certamente podem buscar medalha na Olimpíada, como a Nikoleta Kyriakopoulou, que está crescendo.

Como será a sensação de buscar um título olímpico dentro de casa? O fator torcida é mais positivo pelo incentivo ou negativo pela pressão?

Participar de uma Olimpíada, e de todas as grandes competições, sempre dá um frio na barriga. É natural de toda disputa. Mas estou tranquila, vou enfrentar as mesmas atletas que encontro por aí. Juntando isso com meus anos de experiência, fico tranquila. A força da torcida é muito importante. É uma pressão, claro, mas influencia positivamente, eu gosto de ter a torcida a favor. E o atleta tem de saber lidar com a pressão, porque faz parte.

O pódio do último mundial foi composto pela cubana Yarisley Silva (ouro), Fabiana (prata) e a grega Nikoleta Kyriakopoulou (bronze) (Getty Images).

Você é a única campeã mundial do Brasil no atletismo e grande destaque da história nacional do salto com vara. Na sua carreira inteira, qual foi o momento mais marcante? E a maior decepção?

O momento mais marcante foi quando eu fui campeã do mundo em pista aberta, em Daegu, na Coreia do Sul, em 2011. Foi muito legal, é uma grandiosidade absurda. Eu já tinha sido campeã do mundo em pista coberta (em Doha-2010), mas em pista aberta é muito maior… Tem todo o evento, o glamour. Minha maior decepção foi não ter conseguido me classificar para a final da Olimpíada de Londres, em 2012.

Pensando no futuro, o que acontecerá após os Jogos Olímpicos do Rio? Você pensa em aposentadoria?

Depois dos Jogos eu ainda tenho algumas competições, etapas da Diamond League, e depois eu paro. Após a Olimpíada é a hora de parar, por causa da minha idade e também porque é muito difícil manter a motivação – aguentar o treinamento, porque são muitas horas de treino, e também as dores. É difícil decidir quando parar, mas sempre quis parar no auge. Até pensei em parar depois de 2014, mas como tinha a Olimpíada no Rio, decidi continuar mais um pouquinho, desde que tivesse condições de saltar alto, o que vem acontecendo.

Tags

comente