O novo filme do diretor Bob Yari, “Papa”, remonta a história do escritor Ernest Hemingway, dos tempos em viveu em Havana, Cuba, nos anos 1950. Bem como sua amizade com o jornalista Denne Bart Petitclerc. Esta é a primeira produção de Hollywood autorizada a gravar na ilha desde a revolução de 1959. Como consequência das más relações entre os Estados Unidos e Cuba, outros filme passados no país, entre eles “O Poderoso Chefão 2” e “Che”, precisaram ser filmados em outras locações, como na República Dominicana e México, por exemplo.
Ernest Hemingway e sua quarta esposa, Mary Welsh, em Havana, Cuba, em 1946. (Foto: Getty Images)
O longa é baseado em um roteiro autobiográfico de Petitclerc – interpretado por Giovanni Ribisi –, que conta a história de amizade entre o jornalista e Hemingway. O papel do escritor norte-americano é feito pelo ator Adrian Sparks.
“Papa” pôde ser filmado em Cuba porque o Departamento do Tesouro dos EUA emitiu uma licença eliminando a maioria das restrições do embargo que poderiam ter impedido o projeto. Uma vez na ilha, a produção ainda recebeu apoio logístico do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica (ICAIC), por meio da qual, os produtores conseguiram até mesmo a permissão para filmar no interior da antiga casa do escritor, a qual nem os turistas têm acesso. A produção também conta com carros clássicos e trajes da época e com atores locais.
Hemingway e Fidel Castro em 1960. (Foto: Getty Images)c
Nascido no Irã, Yari já fez parte de várias produções de Hollywood, tendo no currículo títulos como “Crash: No Limite” e “O Ilusionista”. “Papa” é o seu segundo filme como diretor.
O diretor de “Papa”, Bob Yari. O filme conta a história de Ernest Hemingway em Havana e sua amizade com o jornalista Denne Bart Petitclerc nos anos 1950. (Foto: Divulgação/Dan Gorder/Filmmagic)
“Hemingway provavelmente foi o mais proeminente norte-americano a ser estabelecer em Cuba e acredito que os cubanos de hoje ainda o amam e admiram”, disse Yari em entrevista à The Hollywood Reporter. “Esperamos que esse filme se junte às coisas que ajudam diminuir a distância entre as culturas e esses dois povos.”