Estudo propõe utilizar cana-de-açúcar como energia

Com preocupações crescentes sobre o impacto no ambiente causado por fontes de energia não renováveis, como petróleo ou gás natural, a busca por energia limpa é mais importante do que nunca. Um estudo realizado pela Escola Superior da Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ), em São Paulo, analisou o potencial de utilizar cana-de-açúcar como energia em forma de biomassa, um termo designado para o uso de organismos vivos como combustível.

Na região onde foi realizado o estudo, no Centro-Sul do Brasil, a safra de cana-de-açúcar é realizada entre abril e novembro. (Imagem: iStock)

A pesquisadora responsável foi Natália de Campos Trombeta que, em seu projeto, contribuiu para o planejamento estratégico do setor canavieiro e apontou que a cana-de-açúcar (tanto o bagaço quanto a palha) também poderiam produzir etanol celulósico. A utilização desse tipo de material orgânico como combustível iria ser uma solução para a questão da falta de energia em épocas de baixa chuva, já que a matriz energética atual do Brasil depende fortemente de fontes hídricas.

Segundo Trombeta: “O setor sucroenergético vem se destacando não somente como o fornecedor do biocombustível com maior balanço energético, mas também pelos produtos secundários gerados a partir dos produtos obtidos após a colheita e o processamento da cana-de-açúcar”. Na pesquisa, foi realizado o levantamento de dados das unidades produtoras do material na região Centro-Sul para poder quantificar a oferta de bagaço e palha de cana-de-açúcar, potencial de geração de energia, além de fatores mercadológicos, como preços de energia elétrica e participação dos ambientes diferentes de comercialização. Através dessas informações, foi possível criar uma proposta que maximizasse o lucro do setor canavieiro e a oferta de biomassa em um cenário realístico para o país.

A possibilidade de utilizar biomassa como fonte de energia principal no Brasil seria essencial em épocas de escassez de chuva, diminuindo a dependência de fontes hídricas de energia. (Imagem: iStock)

A partir dos dados coletados, foi possível afirmar que uma usina no Brasil tem uma moagem média de 3 milhões de tonelada de cana, que possibilitaria na geração de aproximadamente 1 milhão de toneladas de biomassa provenientes do bagaço e palha, mostrando que é viável utilizar um recurso natural brasileiro como fonte de energia. A pesquisadora afirmou em sua conclusão: “A partir de tais resultados possibilita-se o direcionamento mais assertivo do planejamento estratégico, de investimentos e de políticas públicas para o aumento da sustentabilidade do setor canavieiro”.

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Escola da Dinamarca será referência em energia solar

 

Referência em sustentabilidade para o mundo, a Dinamarca, que produz 40% a mais energia eólica do que consome, pretende se destacar também na construção de edifícios ecofriendly. O projeto do momento é a Escola Internacional de Copenhague (CIS), na capital do país, onde os idealizadores pretendem instalar 12 mil painéis solares, capazes de suprir a demanda da metade do consumo energético anual da escola, projetada para receber 1.200 alunos e 280 empregados.

A escola ficará no bairro de Nordhavn, de frente para o mar.

O edifício, que será construído do zero, terá 25 mil m² de área e se tornará a maior escola da cidade. A obra deve ficar pronta em 2017. De autoria do escritório de arquitetura C.F. Møller, o projeto prevê a criação de quatro torres independentes, porém interligadas, cada uma com entre cinco e sete andares. A escola se localizará entre o porto da cidade e a região mais central e urbanizada de Copenhague.

Por dentro, os edifícios contarão com tudo que uma escola comum – de primeiro mundo – tem a oferecer aos alunos: ginásio de esportes, refeitório, biblioteca e diversos locais para a apresentação de espetáculos. O destaque, no entanto, fica por conta do terraço dos prédios, uma área de mais de 6 mil m² onde os painéis solares serão instalados.

Diversos locais reservados à natureza e duas quadras esportivas fazem parte do projeto.

Para reforçar a importância da utilização de energia limpa – e do papel da própria escola nesse contexto – os alunos terão uma disciplina específica sobre o assunto, chamada de “estudos solares”. De acordo com os responsáveis, os estudantes poderão monitorar os dados sobre a produção de energia dos edifícios e usá-los nas aulas de física e matemática. Nada como aprender sobre matrizes energéticas alternativas na pele!

A expectativa é de que a escola esteja em pleno funcionamento para o ano letivo de 2017.

Imagens: Divulgação/C.F. Møller

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Epson lança máquina de reciclagem de papel para escritórios

A nova máquina anunciada pela empresa japonesa Seiko Epson promete revolucionar a forma como reaproveitamos o papel. Segundo a corporação, está previsto para o ano que vem o lançamento da PaperLab, primeiro equipamento de reciclagem de papel de uso doméstico ou empresarial. Com o equipamento é possível colocar uma folha usada de um lado, apertar um botão, e receber o papel novinho por outra extremidade. De acordo com a Epson, a máquina é capaz de reciclar até 14 folhas de papel por minuto.

A nova máquina de reciclagem de papel da Epson é a primeiro do mundo voltada para o uso doméstico. (Foto: Divulgação/Seiko Epson)

O processo realizado na PaperLab consiste em três passos. Primeiro, a máquina transforma o papel usado em fibras bem finas. Em seguida, sem necessitar de água, um adesivo especial irá unir novamente estas mesmas fibras, regulando o grau de brancura da nova folha. Para a empresa, a nova tecnologia representa uma redução das emissões de gases do efeito estufa, uma vez que a logística de transporte e de instalações específicas será descartada do processo de reciclagem.

De acordo com o porta-voz da empresa no Japão, Alastair Bourne, um dos maiores alvos da Epson são as grandes empresas, que gastam muito em processamento de documentos confidenciais. Com a PaperLab, elas poderão realizar todo o processo no próprio estabelecimento, de forma rápida e segura.

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Escócia reduz o consumo de sacolinhas plásticas em 80%

 

Há um ano, a Escócia começou a cobrar o equivalente a trinta centavos pelas sacolinhas plásticas disponíveis no comércio. Com a medida, houve uma redução de 80% no uso do material, uma economia de quase 650 milhões de sacos. De acordo com o governo escocês, esta quantidade pesa cerca de pouco mais de 4 mil toneladas, que equivalem a 2.800 toneladas a menos de CO2 na atmosfera. Em 12 meses, a iniciativa também gerou uma arrecadação de £ 6,7 milhões (quase R$ 40 mi), que foi destinada para fins sociais.

Em um ano, escoceses economizam 650 milhões de sacolinhas plásticas. (Foto: iStock)

Em entrevista ao jornal britânico, The Guarian, o secretário do Meio Ambiente do país, Richard Lochhead, declarou que estatísticas anteriores revelaram que os escoceses usavam mais de 800 milhões de sacolinhas por ano – a maior quantia per capta do Reino Unido. Para ele, a cobrança pelas unidades representou um grande avanço na transformação dos hábitos da sociedade, no sentido de praticar a reutilização de suas sacolas e de pensar mais sobre os impactos gerados no meio ambiente.

“Eu agradeço à Escócia por abraçar essa política e por mostrar que nós somos sérios no combate ao lixo, na redução dos desperdícios e na criação de um ambiente mais limpo e mais verde para todo mundo desfrutar”, declarou Lochhead.

A exemplo do país, no início deste mês, a Inglaterra também passou a cobrar a mesma taxa pelas sacolas em todos os estabelecimentos comerciais que possuem mais de 250 funcionários. No Brasil, algumas cidades já adotaram a medida, como é o caso de São Paulo, onde cobra-se entre R$ 0,08 e R$ 0,10, por unidade.

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Engenheiros criam tênis capaz de carregar dispositivos móveis

Já imaginou poder usar a energia produzida pelo seu próprio corpo para carregar seus dispositivos móveis? Esta é proposta de uma dupla de engenheiros da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos. Tom Krupenkin e J. Ashley Taylor desenvolveram o protótipo de um tênis capaz de usar a energia proveniente do impacto da pisada e transformá-la em energia elétrica. O InStep Nanopower funciona por meio de uma pequena bateria escondida na sola, que armazena esta energia gerada durante uma corrida ou uma caminhada.

O InStep Nanopower pode armazenar a energia gerada durante uma corrida ou uma caminhada e transformá-la em energia elétrica. (Foto: Divulgação)

Segundo Krupenkin, estimativas mostram que o impacto de uma caminhada pode produzir até 10 watts por sapato, mas que normalmente essa energia é desperdiçada em forma de calor. Um total de 20 watts seria bastante significante para a vida dos usuários, uma vez que um smartphone opera em média com menos de dois watts.

O sistema utiliza nanopartículas de metal líquido, localizadas dentro de pequenas bolsas instaladas no solado, próxima dos dedos e no calcanhar, para poder transformar o calor em energia elétrica. Depois de terminar o treino, basta o indivíduo conectar seu smartphone, tablet ou outro dispositivo diretamente no calçado por meio de um cabo micro-USB.

Uma caminhada pode produzir até 10 watts por sapato, o suficiente para carregar um smartphone ou qualquer outro dispositivo móvel. (Foto: Divulgação)

Atualmente, Krupenkin e Taylor estão à procura de parceiros para ajudá-los a comercializar o InStep Nanopower.

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Engenheiros descobrem como captar energia a partir de árvores

Engenheiros do laboratório Sound and Vibration Research, de Ohio, nos Estados Unidos, descobriram uma nova forma de produzir energia por meio do movimento das árvores. Os especialistas desenvolveram uma tecnologia capaz de armazenar carga elétrica produzida através de vibrações. Ou seja, a energia vibracional natural das árvores, gerada pelo vento, pode ser facilmente convertida em energia limpa.

A energia vibracional natural das árvores, gerada pelo vento, pode ser facilmente convertida em energia limpa. (Foto: iStock)

Para as primeiras experiências, os engenheiros testaram pequenas florestas artificiais usando vigas de aço para imitar a estrutura das árvores. Com isso, eles foram capazes de produzir cerca de 2 volts de energia.

No entanto, este estudo é só uma pequena demonstração de uma nova fonte renovável que pode ser usada no futuro e ainda está em sua fase inicial de desenvolvimento.

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José Padilha fará longa sobre conflito entre Israel e Palestina

Conheça a primeira fazenda controlada por robôs no mundo

 

O Japão não para de surpreender. Depois de anunciar a construção da maior usina solar flutuante do mundo, o país deverá ter, em breve, a primeira fazenda inteiramente controlada por meio de inteligência artificial. A empresa Spread já testou o mecanismo com sucesso em escala menor, em Kameoka, e agora espera colher a primeira plantação de alface, o principal produto da chamada Fábrica de Vegetais, já para a primavera – no Hemisfério Norte – de 2017.

A expectativa é de que o local, localizado na Cidade da Ciência de Kansai, seja capaz de produzir cerca de 11 milhões de pé de alface por ano. A companhia assegura que a fazenda coberta de 4.400 metros quadrados é um ambiente totalmente sustentável: sua construção foi 25% mais barata e o gasto de energia será 30% menor em comparação com outras hortas para o cultivo de alface.

Por ser inteiramente automatizada, a nova fazenda conseguirá produzir 9 mil cabeças de alface a mais do que a sede mais antiga, em Kameoka. De acordo com o site oficial da empresa, o desafio é “cultivar vegetais locais em qualquer lugar do mundo criando um sistema de baixo custo e sustentável que favoreça a expansão global”. O índice de reciclagem de água da Fábrica de Vegetais deverá ser de 98%, o que propiciará um uso de apenas 110 ml de água por pé de alface produzido. Em Kameoka, para efeitos de comparação, são necessários 852 ml de água para cada pé.

Imagens: Divulgação

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Existe Carnaval em outros países?

Designer produz joias incríveis com plantas suculentas

Na atual moda de acessórios sustentáveis, o que não faltam são pessoas dando dicas de como fazer bolsas com o anel de latinha de refrigerante ou encontrando mil e uma utilidades para garrafas pet. A designer Susan McLeary, no entanto, teve uma ideia diferente: utilizar as belas plantas suculentas na produção de joias surpreendentemente chiques e originais. Cada peça fica diferente uma vez que depende do tamanho e da cor de cada planta utilizada.

De acordo com a profissional, os produtos são perfeitos para ocasiões especiais como formaturas e casamentos. Susan explica que as pequenas plantas são fixadas diretamente na base do acessório e lá podem permanecer de duas semanas a um mês apenas com os cuidados básicos como regar e expor ao sol. Passado este período, as suculentas podem ser transferidas para um vaso, onde elas conseguirão continuar vivas e crescendo.

A designer confecciona desde anéis pequenos e brincos discretos até colares bem elaborados. As peças podem ser compradas na internet, por meio da página Passionflower Made, e os preços vão de 36 dólares (152 reais) até 288 dólares (1120 reais) dependendo do tamanho e da complexidade da joia.

Imagens: Divulgação

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Cidade construída quer ser referência em sustentabilidade

 

Não é de hoje que o governo chinês tem incentivado a construção de grandes cidades do zero a fim de povoar o interior do país. A novidade, no entanto, é que as autoridades de Xi’na – famosa pelos soldados do imperador Qin, feitos de terracota – pretendem fundar um verdadeiro laboratório de iniciativas sustentáveis. O projeto foi idealizado por uma equipe da Universidade de Stuttgart, Alemanha, chefiada pelo professor Helmut Bott, e recebeu financiamento do Banco Mundial.

A área de 291 hectares, localizada junto ao Rio Wei, vai contar com cerca de um terço do terreno reservado a plantas e árvores, entre parques, praças, canteiros e terraços verdes. A transformação da grande área ociosa em um local receptivo aos pedestres capaz de abrigar até 40 mil pessoas faz parte da tentativa da China de revitalizar a chamada Rota da Seda, que liga o litoral do país à Ásia Menor.

O centro vai contar com casas, escolas, hospitais e até centros comerciais, além do mais novo campus da Universidade de Xi’an Jiatong. De acordo com Bott, o projeto aponta em direção a um futuro em que a cidade e o campo coexistam. “O distrito é composto por uma série de pequenos vilarejos, cada um com suas próprias áreas residenciais, educacionais, comercias e de pesquisa. As regiões se juntam próximo ao rio e se separam em um campo dedicado a plantações experimentais”, explica o pesquisador.

Imagens: Divulgação

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Cientistas fazem bateria ecossustentável a partir de folhas

 

Você já cogitou a possibilidade de que as folhas que preenchem uma árvore podem ser, na verdade, pequenas baterias? Essas estruturas armazenam energia para que a árvore utilize em um momento posterior. Alguns cientistas têm aproveitado esse processo natural do reino dos vegetais para criar literalmente baterias de folhas, uma alternativa ecossustentável às amplamente utilizadas pilhas e baterias de lítio.

Pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, estavam curiosos para encontrar um veículo perfeito e barato para servir como terminal negativo (ou ânodo) das baterias, e no final das contas, só precisaram olhar para o terreno que estava ao redor. “Folhas são tão abundantes. Tudo que tivemos que fazer foi escolher uma do jardim aqui no campus”, disse Hongbian Li, autor do estudo e membro atual do Centro Nacional de Nanociência e Tecnologia de Pequim.

A folha de carvalho foi a escolhida para o experimento, mas os cientistas vão atrás de outras espécies que possam armazenar ainda melhor a energia (iStock).

“A forma natural de uma folha já corresponde às necessidades de uma bateria”, explicou Fei Shen, outro autor da pesquisa. Isso porque a folha, por si só, possui uma área de superfície pequena e estruturas internas que podem abrigar os eletrólitos de sódio que são utilizados. Os cientistas queimaram uma folha de carvalho a 1.000°C para desfazer as estruturas de carbono existentes, mantiveram-na por uma hora a 16°C negativos, para criar novas nanoestruturas e, então, introduziram os eletrólitos aos poros naturais da folha para absorção. O ânodo da bateria composta pela folha foi capaz de armazenar 360 mAh por grama de seu peso. Apesar de ser uma quantidade pequena, trata-se apenas de um experimento inicial para verificar modos novos de utilizar o sódio em vez do lítio, e que pode evoluir para uma grande alternativa ecossustentável.

O grupo continuará os experimentos com outras folhas, de várias formas e tamanhos, para descobrir qual a melhor estrutura de armazenamento energia. Apesar disso, sabe-se que outros materiais naturais também podem funcionar, como musgo de turfa e cascas de banana e de melão. Consegue se imaginar carregando seu smartphone com uma barata e ecologicamente correta bateria de folha? É possível que, em um futuro não tão distante, isso seja uma realidade.

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