Escócia reduz o consumo de sacolinhas plásticas em 80%

 

Há um ano, a Escócia começou a cobrar o equivalente a trinta centavos pelas sacolinhas plásticas disponíveis no comércio. Com a medida, houve uma redução de 80% no uso do material, uma economia de quase 650 milhões de sacos. De acordo com o governo escocês, esta quantidade pesa cerca de pouco mais de 4 mil toneladas, que equivalem a 2.800 toneladas a menos de CO2 na atmosfera. Em 12 meses, a iniciativa também gerou uma arrecadação de £ 6,7 milhões (quase R$ 40 mi), que foi destinada para fins sociais.

Em um ano, escoceses economizam 650 milhões de sacolinhas plásticas. (Foto: iStock)

Em entrevista ao jornal britânico, The Guarian, o secretário do Meio Ambiente do país, Richard Lochhead, declarou que estatísticas anteriores revelaram que os escoceses usavam mais de 800 milhões de sacolinhas por ano – a maior quantia per capta do Reino Unido. Para ele, a cobrança pelas unidades representou um grande avanço na transformação dos hábitos da sociedade, no sentido de praticar a reutilização de suas sacolas e de pensar mais sobre os impactos gerados no meio ambiente.

“Eu agradeço à Escócia por abraçar essa política e por mostrar que nós somos sérios no combate ao lixo, na redução dos desperdícios e na criação de um ambiente mais limpo e mais verde para todo mundo desfrutar”, declarou Lochhead.

A exemplo do país, no início deste mês, a Inglaterra também passou a cobrar a mesma taxa pelas sacolas em todos os estabelecimentos comerciais que possuem mais de 250 funcionários. No Brasil, algumas cidades já adotaram a medida, como é o caso de São Paulo, onde cobra-se entre R$ 0,08 e R$ 0,10, por unidade.

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Engenheiros criam tênis capaz de carregar dispositivos móveis

Já imaginou poder usar a energia produzida pelo seu próprio corpo para carregar seus dispositivos móveis? Esta é proposta de uma dupla de engenheiros da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos. Tom Krupenkin e J. Ashley Taylor desenvolveram o protótipo de um tênis capaz de usar a energia proveniente do impacto da pisada e transformá-la em energia elétrica. O InStep Nanopower funciona por meio de uma pequena bateria escondida na sola, que armazena esta energia gerada durante uma corrida ou uma caminhada.

O InStep Nanopower pode armazenar a energia gerada durante uma corrida ou uma caminhada e transformá-la em energia elétrica. (Foto: Divulgação)

Segundo Krupenkin, estimativas mostram que o impacto de uma caminhada pode produzir até 10 watts por sapato, mas que normalmente essa energia é desperdiçada em forma de calor. Um total de 20 watts seria bastante significante para a vida dos usuários, uma vez que um smartphone opera em média com menos de dois watts.

O sistema utiliza nanopartículas de metal líquido, localizadas dentro de pequenas bolsas instaladas no solado, próxima dos dedos e no calcanhar, para poder transformar o calor em energia elétrica. Depois de terminar o treino, basta o indivíduo conectar seu smartphone, tablet ou outro dispositivo diretamente no calçado por meio de um cabo micro-USB.

Uma caminhada pode produzir até 10 watts por sapato, o suficiente para carregar um smartphone ou qualquer outro dispositivo móvel. (Foto: Divulgação)

Atualmente, Krupenkin e Taylor estão à procura de parceiros para ajudá-los a comercializar o InStep Nanopower.

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Engenheiros descobrem como captar energia a partir de árvores

Engenheiros do laboratório Sound and Vibration Research, de Ohio, nos Estados Unidos, descobriram uma nova forma de produzir energia por meio do movimento das árvores. Os especialistas desenvolveram uma tecnologia capaz de armazenar carga elétrica produzida através de vibrações. Ou seja, a energia vibracional natural das árvores, gerada pelo vento, pode ser facilmente convertida em energia limpa.

A energia vibracional natural das árvores, gerada pelo vento, pode ser facilmente convertida em energia limpa. (Foto: iStock)

Para as primeiras experiências, os engenheiros testaram pequenas florestas artificiais usando vigas de aço para imitar a estrutura das árvores. Com isso, eles foram capazes de produzir cerca de 2 volts de energia.

No entanto, este estudo é só uma pequena demonstração de uma nova fonte renovável que pode ser usada no futuro e ainda está em sua fase inicial de desenvolvimento.

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José Padilha fará longa sobre conflito entre Israel e Palestina

Conheça a primeira fazenda controlada por robôs no mundo

 

O Japão não para de surpreender. Depois de anunciar a construção da maior usina solar flutuante do mundo, o país deverá ter, em breve, a primeira fazenda inteiramente controlada por meio de inteligência artificial. A empresa Spread já testou o mecanismo com sucesso em escala menor, em Kameoka, e agora espera colher a primeira plantação de alface, o principal produto da chamada Fábrica de Vegetais, já para a primavera – no Hemisfério Norte – de 2017.

A expectativa é de que o local, localizado na Cidade da Ciência de Kansai, seja capaz de produzir cerca de 11 milhões de pé de alface por ano. A companhia assegura que a fazenda coberta de 4.400 metros quadrados é um ambiente totalmente sustentável: sua construção foi 25% mais barata e o gasto de energia será 30% menor em comparação com outras hortas para o cultivo de alface.

Por ser inteiramente automatizada, a nova fazenda conseguirá produzir 9 mil cabeças de alface a mais do que a sede mais antiga, em Kameoka. De acordo com o site oficial da empresa, o desafio é “cultivar vegetais locais em qualquer lugar do mundo criando um sistema de baixo custo e sustentável que favoreça a expansão global”. O índice de reciclagem de água da Fábrica de Vegetais deverá ser de 98%, o que propiciará um uso de apenas 110 ml de água por pé de alface produzido. Em Kameoka, para efeitos de comparação, são necessários 852 ml de água para cada pé.

Imagens: Divulgação

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Existe Carnaval em outros países?

Cidade construída quer ser referência em sustentabilidade

 

Não é de hoje que o governo chinês tem incentivado a construção de grandes cidades do zero a fim de povoar o interior do país. A novidade, no entanto, é que as autoridades de Xi’na – famosa pelos soldados do imperador Qin, feitos de terracota – pretendem fundar um verdadeiro laboratório de iniciativas sustentáveis. O projeto foi idealizado por uma equipe da Universidade de Stuttgart, Alemanha, chefiada pelo professor Helmut Bott, e recebeu financiamento do Banco Mundial.

A área de 291 hectares, localizada junto ao Rio Wei, vai contar com cerca de um terço do terreno reservado a plantas e árvores, entre parques, praças, canteiros e terraços verdes. A transformação da grande área ociosa em um local receptivo aos pedestres capaz de abrigar até 40 mil pessoas faz parte da tentativa da China de revitalizar a chamada Rota da Seda, que liga o litoral do país à Ásia Menor.

O centro vai contar com casas, escolas, hospitais e até centros comerciais, além do mais novo campus da Universidade de Xi’an Jiatong. De acordo com Bott, o projeto aponta em direção a um futuro em que a cidade e o campo coexistam. “O distrito é composto por uma série de pequenos vilarejos, cada um com suas próprias áreas residenciais, educacionais, comercias e de pesquisa. As regiões se juntam próximo ao rio e se separam em um campo dedicado a plantações experimentais”, explica o pesquisador.

Imagens: Divulgação

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Cientistas fazem bateria ecossustentável a partir de folhas

 

Você já cogitou a possibilidade de que as folhas que preenchem uma árvore podem ser, na verdade, pequenas baterias? Essas estruturas armazenam energia para que a árvore utilize em um momento posterior. Alguns cientistas têm aproveitado esse processo natural do reino dos vegetais para criar literalmente baterias de folhas, uma alternativa ecossustentável às amplamente utilizadas pilhas e baterias de lítio.

Pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, estavam curiosos para encontrar um veículo perfeito e barato para servir como terminal negativo (ou ânodo) das baterias, e no final das contas, só precisaram olhar para o terreno que estava ao redor. “Folhas são tão abundantes. Tudo que tivemos que fazer foi escolher uma do jardim aqui no campus”, disse Hongbian Li, autor do estudo e membro atual do Centro Nacional de Nanociência e Tecnologia de Pequim.

A folha de carvalho foi a escolhida para o experimento, mas os cientistas vão atrás de outras espécies que possam armazenar ainda melhor a energia (iStock).

“A forma natural de uma folha já corresponde às necessidades de uma bateria”, explicou Fei Shen, outro autor da pesquisa. Isso porque a folha, por si só, possui uma área de superfície pequena e estruturas internas que podem abrigar os eletrólitos de sódio que são utilizados. Os cientistas queimaram uma folha de carvalho a 1.000°C para desfazer as estruturas de carbono existentes, mantiveram-na por uma hora a 16°C negativos, para criar novas nanoestruturas e, então, introduziram os eletrólitos aos poros naturais da folha para absorção. O ânodo da bateria composta pela folha foi capaz de armazenar 360 mAh por grama de seu peso. Apesar de ser uma quantidade pequena, trata-se apenas de um experimento inicial para verificar modos novos de utilizar o sódio em vez do lítio, e que pode evoluir para uma grande alternativa ecossustentável.

O grupo continuará os experimentos com outras folhas, de várias formas e tamanhos, para descobrir qual a melhor estrutura de armazenamento energia. Apesar disso, sabe-se que outros materiais naturais também podem funcionar, como musgo de turfa e cascas de banana e de melão. Consegue se imaginar carregando seu smartphone com uma barata e ecologicamente correta bateria de folha? É possível que, em um futuro não tão distante, isso seja uma realidade.

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Estudantes criam jaqueta especial para ajudar refugiados

Chuveiro muda de cor para indicar desperdício de água

Chuveiro muda de cor para indicar desperdício de água

 

Consumidores que procuram soluções tecnológicas para adotarem uma postura mais sustentável na sua rotina terão que fazer nota do Hydrao, o chuveiro inteligente da empresa francesa de design Start & Blue. O produto é equipado com luzed LED e sensores que monitoram o volume de água utilizado no banho. Quando o volume do recurso hídrico é inferior a dez litros, as luzes ficam verdes. Se o valor é ultrapassado, a cor muda para roxo até atingir trinta litros, quando a cor passa a ser laranja. Se o chuveiro ficar vermelho, a pessoa saberá que está extrapolando a marca de 50 litros.

Equipado com luzes LED, o Hydrao pode ajudar o consumidor a controlar o tempo gasto no banho com cores diferentes para cada volume extrapolado. (Foto: Divulgação)

Para se ter uma ideia, um banho de 15 minutos corresponde ao gasto de 135 litros de água. E os brasileiros costumam passar bastante deste valor, consumindo em média 187 litros. Um índice muito acima do recomendado pela ONU: 110 litros.

O volume ideal estipulado pela ONU ainda está bem acima das indicações dadas pelo Hydrao, mas o monitoramento proposto pela Star & Blue pode ser um grande aliado na hora da economia e nos tempos de seca, como a de São Paulo no ano passado, por exemplo.

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Cidade alemã proibiu cápsulas de café em departamentos públicos

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De acordo com estatísticas recentes, se você recolher todas as cápsulas de café vendidas em um ano teria o suficiente para fazer a circunferência da Terra até 12 vezes. Estes pequenos copos são feitos de uma mistura de plástico e alumínio, o que significa que a maioria das usinas de reciclagem encontra sérias dificuldades para reciclá-las corretamente. Elas tem se tornado uma tendência bastante prejudicial para o meio ambiente, e é por isso que a cidade alemã de Hamburgo se tornou a primeira do mundo a proibir o produto em todas as suas repartições públicas.

“São 6g de café em 3g de embalagem. Aqui em Hamburgo, nós pensamos que isso não deveria ser comprado com o dinheiro que as pessoas pagam de impostos”, disse Jan Dube, porta-voz do Departamento de Meio Ambiente e Energia de Hamburgo, em entrevista à BBC. Para o governo, o produto representa um dos maiores exemplos do consumo de recursos e geração de resíduos desnecessários.

A medida foi anunciada no manual “Guide to Green Procurement”, que apresenta novos princípios a serem incorporados pelos órgãos governamentais da cidade. A ideia principal do projeto é banir a compra com dinheiro público de produtos poluentes. Além da capsula de café, também foram incluídas algumas embalagens de água, purificadores de plástico, produtos de limpeza à base de cloro e pratos e talheres de plástico.

Segundo uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria Product Audit, no Brasil, a importação de máquinas que oferecem dosas únicas de café cresceu 185% nos últimos cinco anos. Atualmente, o produto ocupa 30,9% do mercado nacional de máquinas de café.

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China terá maior ponte de vidro do planeta

 

Se você tem sede de aventura e o medo de altura não é um empecilho, que tal visitar a província chinesa de Hunan nas próximas férias? Está prevista para maio a inauguração da maior ponte feita de vidro em todo o mundo. A estrutura se localizará no Grand Canyon Zhangjiajie e terá cerca de 430 metros de comprimento. Até aí tudo bem, o detalhe é que a ponte possui apenas 5,80 metros de largura e, o pior, está situada sobre um desfiladeiro de 300 metros. Vai encarar?

Projetada pelo arquiteto israelense Haim Dotan, a estrutura aguentará um máximo de 800 pessoas por vez e ainda servirá como passarela para ensaios fotográficos de moda – que com certeza serão de tirar o fôlego. Além de oferecer vistas impressionantes do cânion, o local contará com uma base para a prática do bungee jumping, que também será o mais alto do mundo.

A China viveu momentos de tensão em julho do ano passado quando uma ponta de vidro semelhante rachou no Parque Geológico das Montanhas de Yuntai, a 700 km da capital Pequim. O incidente, sem vítimas, também não parece ter abalado a confiança do país em investir nas estruturas radicais.

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Séries “The Flash” e “Supergirl” se encontrarão em episódio especial

Chuveiro digital economiza 80% de água e 90% de energia

Que tal unir a beleza e praticidade de um aparelho moderno com o que há de mais avançado em sustentabilidade? O chuveiro da marca Hamwell, batizado de e-Shower, promete provar que essa combinação é possível. De acordo com os fabricantes, o produto não apenas possui um design arrojado como também é econômico: gasta 80% a menos de água e 90% a menos de energia elétrica em comparação com um modelo tradicional.

O conceito de um chuveiro que reutiliza a própria água não é algo revolucionário nesta virada de ano 2015/2016. O diferencial do Hamwell e-Shower, garante a empresa, é a potência: enquanto outros modelos funcionam apenas com baixa pressão no sistema de reutilização da água, este conta com uma função que drena toda a água usada e um “ciclo de atualização”, que filtra e purifica a água e a reutiliza até sete vezes. É o fim do banho demorado com peso na consciência!

O CEO da companhia, Rob Chömpff, explica em entrevista ao site Inhabitat que os chuveiros tradicionais tem sido uma pedra no sapato dos profissionais com a missão de projetar casa completamente autossustentáveis. “A exigência de 10 litros de água quente por minuto por um período prolongado do chuveiro tradicional requer enormes investimentos em painéis solares, caldeiras elétricas e afins. Isso tem sido uma grande dificuldade para os edifícios sustentáveis do futuro”. Até agora.

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