Nível do mar está subindo em ritmo assustador, diz pesquisa

meio-ambiente-veja-nova-pesquisa-sobre-aumento-do-nivel-do-mar-em-ritmo-assustador

 

Algumas cidades costeiras podem se tornar apenas lembranças nos próximos cem anos. De acordo com um novo relatório da Academia Nacional de Ciências do Estado Unidos, o aumento do nível do mar está cada vez mais rápido. Para os cientistas, o ritmo é assustador. Nenhum outro fenômeno parecido foi observado nos últimos 28 séculos. A pesquisa ainda revela que a variação deste volume é uma contribuição direta das ações humanas, como a grande quantidade de gases poluentes emitida na atmosfera anualmente, que faz com a que temperatura global suba de forma desordenada.

A diferença desta nova pesquisa é de que os dados foram coletados em escala global, com locações em todos os cinco continentes. No Brasil, foram estudados o litoral do Rio de Janeiro e Santa Catarina. A partir da coleta de resíduos fósseis, os especialistas puderam mapear a história do nível do mar desde o ano 800 antes de Cristo.

Segundo o coautor do estudo, o físico Stefan Rahmstorf, a elevação do nível dos oceanos vai continuar, e pode chegar a subir até 1 metro e 30 centímetros até o ano de 2100. Este é um problema que não tem mais volta. A questão agora é a velocidade em que isto vai acontecer.

Se reduzirmos drasticamente a emissão de gases do efeito estufa, o aumento pode ser controlado em 39 centímetros até 2100.

comente

Multinacionais se comprometem a lutar contra as mudanças climáticas

Economizar água, diminuir a emissão de gases poluentes e buscar novas alternativas para o uso do petróleo: essas são as novas metas de 81 grandes multinacionais, como Nike e Wal-mart. O compromisso foi feito depois de uma reunião de diretores das companhias com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que pediu apoio na luta contra a mudança climática. Segundo o presidente, as empresas perceberam que considerar novas opções de energia renovável e combater a mudança climática são formas de melhorar a imagem das marcas e de otimizar resultados.

A participação das multinacionais, que somam mais de US$ 3 trilhões de receitas anualmente, é importante para Obama, que tem objetivo de convencer ainda mais empresas a apoiar o plano de metas durante a Conferência da ONU sobre a Mudança Climática.

Dentre as multinacionais que apoiaram o presidente americano estão General Motors, Wal-Mart e Nike, que se juntaram a empresas como Coca-Cola, General Electric e Procter&Gamble no compromisso de reduzir o impacto ambiental. (Foto: iStock)

O acordo é de que as medidas sejam aplicadas para reduzir o impacto ambiental durante o período de 2020 a 2025, reduzindo as emissões de gases do efeito estufa em 50% e economizando água em 80%. Além disso, as companhias terão que renunciar o desmatamento em todos os setores da cadeia produtiva.

O objetivo é que o apoio das empresas incentive a participação de outras, para que o acordo de Paris inicie um período mais sustentável e de baixo carbono. “Temos mais atenção na conferência de Paris. Já mobilizamos a comunidade internacional, incluindo a China, para que ela participe. Queremos que entendam que as empresas americanas também querem participar”, disse Obama.

As grandes companhias também levarão o compromisso paras as pequenas e médias empresas das redes de distribuição e fornecimento, melhorando as práticas de toda produção. (Foto: iStock)

comente

Ministério do Meio Ambiente cria site para pesquisa científica

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) acabam de lançar o Portal da Biodiversidade, por meio do qual possibilitarão o acesso público a um amplo universo científico, que já conta com mais de um milhão e meio de registros de espécies. O site foi desenvolvido por pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Pualo (Epusp) e outros parceiros, e reúne informações dos bancos de dados do ICMBio e do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

O Portal da Biodiversidade, do ministério do Meio Ambiente e Instituto Chico Mendes, busca aproximar população do conhecimento científico. (Foto: Divulgação)

O público poderá pesquisar sobre as mais diferentes espécies animais – incluindo as ameaçadas de extinção – por meio de buscas a partir do nome científico ou popular. Também será permitido fazer o download de todo o material pesquisado. Um dos objetivos da nova plataforma é, por meio da informação, ajudar no direcionamento de ações de conservação a serem implantadas.

O portal da Biodiversidade possui, também, segmentos com informações voltadas às Unidades de Conservação (UCs) federais, terras indígenas, biomas e cavernas. A pesquisa nestes tópicos permite a filtragem de dados com base nos limites espaciais escolhidos pelo usuário. O mecanismo permite análises relacionadas à conservação da biodiversidade e outros estudos ambientais.

comente

Milão vai pagar cidadãos que trocarem carro por bicicleta

Cidade italiana procura novas formas de lutar contra as altas taxas de poluição do ar. (Foto: Getty Images)

 

Depois que 2015 trouxe alguns dos piores registros de poluição na atmosfera, a cidade de Milão, na Itália, está considerando uma possibilidade bastante inusitada para melhorar a qualidade do ar: oferecer pagamento aos cidadãos que optarem por ir ao trabalho de bicicleta, ao invés de usarem seu carro. Em dezembro do ano passado os níveis de poluição foram considerados tão graves, que a cidade teve que proibir o uso de automóveis por três dias e a tradicional queima de fogos de fim de ano.

meio-ambiente-confira-iniciativa-de-milao-para-que-cidadaos-troquem-carro-por-bicicleta

Cidade italiana procura novas formas de lutar contra as altas taxas de poluição do ar. (Foto: Getty Images)

As condições ambientais podem ter assustado os moradores de Milão nos últimos meses. Contudo, a poluição não é nenhuma novidade para eles. Em 2008, a cidade foi considerada a mais poluída de toda a Europa, e manteve-se com os piores índices do continente desde então.

O plano para a população aderir ao ciclismo foi inspirado em um projeto semelhante na França, em 2014. Lá, as pessoas recebem 25 cents por cada quilômetro pedalado para trabalhar. Contudo, o programa só registrou 419 pessoas que seguiram adiante com a proposta, das mais de 10 mil que haviam mostrado interesse em participar.

Para ter mais sucesso que o país vizinho, a Itália planeja um pagamento mais generoso aos voluntários dispostos a entrar no programa. De acordo com autoridades locais, mais de 3 milhões de euros já estão reservados para que a nova iniciativa seja colocada em prática.

comente

Leonardo DiCaprio quer produzir filme pós-apocalíptico ambiental

1Leonardo-DiCaprio-quer-produzir-filme-pós-apocalíptico-ambiental

 

Sempre engajado em causas ambientais, o ator Leonardo DiCaprio planeja utilizar sua influência em Hollywood para conseguir produzir um filme distópico. O longa-metragem se passará em um futuro não muito distante, após a quase destruição de todo o meio ambiente do nosso planeta. A obra será baseada em um livro ainda não publicado da escritora Kayla Olson, “The Sandcastle Empire”, voltado a jovens adultos.

Segundo informações do jornal britânico The Guardian, o ator adquiriu os direitos do livro por meio da sua própria produtora, a Appian Way. A trama segue uma jovem que se revolta contra os líderes radicais chamados de Wolfpacks em um ano 2049 em que a mudança climática foi ignorada e, portanto, a sociedade simplemente entrou em colapso. Sim, o temas incrivelmente semelhante ao da franquia “Jogos Vorazes” não é por acaso e espera-se que a história não apenas atraia os espectadores, mas também que sirva de alerta para que cuidemos do nosso planeta enquanto ainda há tempo.

Leonardo diCaprio também se envolveu com o documentário “Mission Blue”, do Netflix.

Esta não é a primeira vez que DiCaprio une sua profissão com o zelo pelo meio ambiente. O ator já havia participado, em conjunto com o serviço de streaming Netflix, da produção do documentário “Virunga”, uma história real sobre ambientalistas, paramilitares e a luta pelo controle das riquezas naturais na República Democrática do Congo. DiCaprio e Appian Way também assinaram um acordo para criar filmes temáticos em favor do meio ambiente em parceria com o Netflix.

comente

Ilha do Pacífico cria área de proteção do tamanho da Bahia

2Ilha do Pacífico cria área de proteção do tamanho da Bahia

 

Já ouviu falar da ilha de Palau? Localizado no Oceano Pacífico, ao norte da Austrália e a lesta das Filipinas, o país possui apenas 20 mil habitantes, o que lhe confere o título de terceiro mais menos populoso do mundo, atrás apenas dos também insulares Tuvalu e Nauru. Apesar da pequena população, a nação serve de exemplo para locais muito maiores, pelo menos quando o assunto é preservação marinha.

O país fica em 224° na lista de países mais populosos do mundo.

Palau acaba de designar uma área de 500 mil km², dimensão semelhante à do estado brasileiro da Bahia, do oceano que circunda suas ilhas como reserva totalmente protegida. O anúncio vem semanas depois do Chile anunciar que está prestes a criar a maior área marinha de proteção das Américas. Os Estados Unidos e a China já haviam criado, em junho, um grupo especializado com o intuito de proteger os mares.

A iniciativa da ilha de Palau é importante uma vez que a área de conservação se tornará a sexta maior do todo o planeta. Tal status significa que a vida marinha estará a salvo da pesca, da perfuração do solo, do despejo de dejetos, entre outras explorações. A reserva de Palau sozinha vai estender a proteção a milhares de espécies de peixe, além de mais de 700 tipos diferentes de corais.

O turismo é o setor mais importante da economia do país.

Com a iniciativa, a porcentagem das águas palauanas protegidas saltará para 80%, o que quer dizer que somente 20% do oceano próximo pode ser utilizado para a pesca – e ainda assim apenas de espécies autorizadas. A área de preservação se soma ao santuário dos tubarões, estabelecido em 2009, e, além do objetivo claro de resguardar a vida marinha, tem como objetivo atrair cada vez mais turistas à região – o turismo é a grande fonte de renda de Palau.

Imagens: iStock

Tags

comente
Ler a próxima matéria

Matthew McConaughey recusa vilão em “Guardiões 2”

Ibama aplicará multa milionária à mineradora Samarco

3Ibama aplica multa milionária a mineradora Samarco

 

O maior crime ambiental da história recente do país vai render uma perda financeira significativa à empresa responsável pela catástrofe, a mineradora Samarco. O rompimento das barreiras em Mariana-MG no dia 5 de novembro ocasionou um derramamento de lama tóxica que atingiu 15 cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) decidiu aplicar uma multa milionária à companhia.

O órgão ainda não definiu o valor exato da sanção, mas estima-se que fique em torno de 50 milhões de reais pelos danos ambientais irreparáveis causados à região. A Samarco é controlada pelas mineradoras BHP Billiton, a maior do mundo, e a brasileira Vale, que já perdeu 8% do valor de suas ações uma semana após o desastre. A prefeitura de Mariana estima prejuízo de 100 milhões de reais.

A lama tóxica atingiu 15 cidades que são abastecidas pelo Rio Doce (Antonio Cruz/Agência Brasil).

Até esta quinta-feira (12), havia a confirmação de oito mortes em decorrência do crime ambiental. Quatro pessoas já foram identificadas: três eram funcionários da Samarco, além de uma garota de 5 anos. Vinte e uma pessoas continuam desaparecidas: 11 são trabalhadores da empresa e dez são pessoas cujos nomes foram informados por familiares.

A ministra do meio ambiente, Izabella Teixeira, classificou o episódio como “catástrofe ambiental” e ressaltou que o governo federal precisa endurecer a legislação para que outros desastres semelhantes não ocorram.

Nós temos de avaliar não só a questão da remediações, mas também o caráter preventivo, se a legislação que está posta é suficiente ou não. Minas Gerais tem sido objeto de acidentes de barragens nos últimos anos – e o detalhe é que esse acidente não está associado a chuvas.

O Ministério Público alerta para o risco de uma terceira barragem se romper (Antonio Cruz/Agência Brasil).

comente
Ler a próxima matéria

Nova versão do Google Maps oferece navegação offline

Grande Barreira de Corais está perdendo a cor

2A Grande Barreira de Corais está perdendo a cor

 

Uma nova pesquisa, auxiliada por evidências fotográficas preocupantes, prova que o fenômeno do branqueamento atingiu o ápice na Grande Barreira de Corais, localizada próxima à costa da Austrália. O branqueamento ocorre quando as temperaturas do oceano sobem de maneira drástica e o coral automaticamente expulsa as algas que dão ao recife a sua aparência tipicamente colorida.

Observações subaquáticas sugerem que o problema está aumentando, e futuras pesquisas aéreas fornecerá mais dados para que os cientistas possam verificar até onde o branqueamento dos corais se espalhou na parte norte da barreira. Os cientistas da Universidade James Cook, Austrália, têm acompanhado o estado de saúde dos corais há anos, e relatam que o dano está chegando a áreas mais afastadas agora do que em anos anteriores.

A pesquisadora Jodie Rummer estudo há quatro anos as condições dos corais perto da Lizard Island, no norte da Grande Barreira de Corais. Jodie observa, em um comunicado, que o branqueamento generalizado dos corais está afetando não apenas os corais como também outros tipos de criaturas do mar. “O branqueamento agora não está restrito apenas aos corais duros. Há também extensiva descoloração nos corais moles, e ainda afeta anêmonas e moluscos gigantes”, diz.

Sabemos que muitas das populações tropicais de peixes de recife não podem tolerar aumentos dramáticos nas temperaturas por longos períodos de tempo. Por isso, pode ser apenas uma questão de tempo até que os peixes começam a sentir o calor também.

Imagens: iStock

comente

Gelo no Ártico reduz a uma média de 12% por década

meio ambiente - Veja o grave efeito do aquecimento global no Ártico

 

A maior mudança no Atlas desde que a União Soviética foi separada. Essa foi a declaração do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre a redução do gelo no Ártico. O assunto surgiu em decorrência das novas medidas para a redução de emissão de gases do efeito estufa e também a partir da recente alteração que a National Geographic fez no Atlas que publica anualmente. A alteração entre os anos de 2013 e 2014 foi uma das maiores reduções no Ártico feita em todas as edições da publicação.

De acordo com a Nasa, desde os anos 70 o gelo na região tem sido reduzido em uma média de 12% por década. A pior época, entretanto, é a partir de 2007 quando o encolhimento do Ártico resultou nas mudanças mais expressivas. Para se ter uma noção do tamanho da área descongelada até agora, e que sofre constantes mudanças periodicamente, a National Geographic montou um gif que mostra a diferença entre os anos 1999 e 2014. Assim fica mais fácil de perceber o efeito grave que as emissões de gás carbônico e outras poluições produzidas pelos humanos causam no meio ambiente.

National Geographic anualmente retrata as mudanças no Ártico. (Imagem: National Geographic)

comente

Furacão perto do México é o mais forte já registrado

O México está próximo de ser atingido pelo maior furacão já visto na história da meteorologia. O governo local decretou situação de “emergência extraordinária” para diversas cidades da costa oeste, região aonde o Furacão Patrícia deve chegar nas próximas horas desta sexta-feira (23). Foram registrados ventos de até 325 km/h, o que faz deste o mais poderoso fenômeno já registrado. Segundo especialistas, as consequências podem ser catastróficas para o país.

O litoral oeste do México se prepara para a chegada do Furacão Patrícia (Reprodução/YouTube).

O que mais surpreendeu os cientistas foi a rapidez com que o Patrícia cresceu. Às 22 horas locais de quarta-feira, os ventos eram de “apenas” 100 km/h, aumentando a velocidade em 40% em somente quatro horas. Às 2h, o furacão atingiu 140 km/h e começou a ser classificado na categoria 1 da escala Saffir-Simpson, usada para medir a força dos fenômenos.

Animação mostra a formação do fenômeno (Reprodução/Wunderground).

Na tarde desta sexta, os ventos haviam alcançado 240 km/h, o que o confere a força 5, a mais violenta possível. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, as rajadas esperadas seriam capazes de “fazer um avião ir pelos ares e mantê-lo voando”. Já o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos alerta para o risco de enchentes, deslizamentos de terra e grandes ondas em decorrência do furacão. “O Patrícia deverá ser extremamente perigoso quando tocar a terra”, ressalta a organização.

O fenômeno é o mais poderoso já registrado na história (Reprodução/NOAA).

As regiões costeiras do México, tanto do Pacífico quanto do Atlântico, costumam enfrentar tempestades tropicais e as autoridades estão trabalhando para evacuar cerca de 50 mil habitantes das áreas costeiras que correm maior perigo. Diversos abrigos já estão sendo preparados para atender quase 300 mil pessoas, e as aulas foram suspensas em escolas de vários estados da região.

Sobreviventes caminham entre os destroços do Tufão Haiyan, que atingiu as Filipinas dois anos atrás (Getty Images).

Os cientistas comparam a força destrutiva do fenômeno com o Tufão Haiyan, que devastou as Filipinas em 2013 com ventos de até 315 km/h. Cerca de 6 mil pessoas morreram. O próprio México já foi atingido por um furacão de intensidade semelhante em 1997. Os ventos do Linda passaram de 295 km/h, mas não houve registro de vítimas. Torcemos para que o mesmo aconteça agora.

comente