Plano de metas propõe reduzir a emissão de gases poluentes no Brasil em 35%

Na última sexta-feira (26), o Observatório do Clima – rede de entidades que discutem as condições climáticas no contexto brasileiro – manifestou ao governo federal uma proposta de metas para que o país reduza a emissão de gases poluentes até 2030. Segundo os cálculos feitos pela organização, a ideia é reduzir em 35% a produção de CO2 equivalente (associação de pelo menos seis gases, como metano, óxido nitroso e dióxido de carbono), chegando a 1 bilhão de toneladas por ano.

O plano faz parte do INDCs – Intended Nationally Determined Contributions, conjunto de ações apresentadas por cada país às Nações Unidas, proposto durante o COP 20, realizado ano passado em Lima, no Peru. (Getty Images)

Sem prejudicar de forma alguma a economia, o Observatório do Clima aponta que a solução está na modificação de setores da agropecuária, energia, indústria e transporte. Entre os compromissos propostos pela organização estão a recuperação de áreas de preservação degradadas, a ampliação da eficiência energética, reestabelecimento de cobertura vegetal nativa, massificação de boas práticas agrícolas e universalização dos sistemas de coleta e tratamento de resíduos e esgoto. De acordo com as metas enviadas ao governo, o país faria essas transformações em duas fases: uma que vai de 2021 a 2025 e outra que vai de 2026 a 2030.

A ideia exposta na última Conferência das Partes sobre Mudança Climática, é que os governos comprometam-se com ações que ajudem a frear as alterações climáticas no mundo, mantendo o aumento de temperatura em 2°C. (Getty Images)

Por enquanto, o Brasil ainda não divulgou sua proposta às Nações Unidas e não se pronunciou sobre o documento apresentado pelo Observatório do Clima. O país tem até outubro para entregar seu plano ambiental e estará presente em dezembro, na COP 21 de Paris, onde será feito o acordo final sobre o assunto.

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Paris ganhará condomínio sustentável em formato de navio

A capital francesa Paris é uma das principais referências no mundo quando o assunto é aliar sustentabilidade com criatividade. O novo projeto proposto para a cidade é de autoria dos escritórios de arquitetura Sou Fujimoto e Manal Rachidi OXO e prevê a construção de um enorme condomínio de apartamentos revestido de vidro e com o formato de um navio. Nas áreas exteriores, muitas árvores para deixar clara a intenção pró-meio ambiente do empreendimento.

O conjunto de edifícios se localiza nas proximidades da Boulevard Périphérique, o anel viário que circunda a cidade e dá acesso às rodovias pelas quais se pode chegar ao interior do país. Alguns dos apartamentos serão reservados ao programa de habitação social do governo. O complexo ainda terá um centro comunitário, um jardim de infância e diversas áreas de lazer, além de, é claro, uma verdadeira floresta nos terraços e sacadas. Concebida como um ecossistema natural habitado, a estrutura tem como objetivo introduzir a biodiversidade em um bairro altamente urbanizado de Paris.

Imagens: Divulgação

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Fotógrafo mostra a face mais bela de Budapeste

ONGs farão a primeira reserva de elefantes da América Latina

Engajadas na causa animal, as organizações Global Sanctuary for Elephants e a Elephant Voices, estão buscando financiamento para criar o primeiro santuário de elefantes da América Latina. O objetivo das entidades é abrigar e reabilitar animais apreendidos, vítimas de maus tratos, tráfico ou usados em espetáculos circenses. Um dos locais pensados para fazer esta iniciativa é uma antiga fazenda de gado de mil hectares, a aproximadamente 40 Km do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso.

Com novo santuário, especialistas poderão abrigar e reabilitar elefantes apreendidos, vítimas de maus tratos, tráfico ou usados em espetáculos circenses. (Foto: Reprodução/YouTube)

Para se ter uma ideia, a área da localidade equivale a mil campos de futebol, espaço suficiente para manter o bem-estar dos animais. Além disso, as organizações também querem construir um galpão para servir de centro veterinário e manter o cuidado direto dos elefantes.

Os fundos necessários para colocar o projeto em prática estão sendo arrecadados por meio de uma campanha no site de financiamento coletivo Kickante. “A troco de algumas risadas e sorrisos, elefantes em cativeiro têm sua saúde e felicidade sacrificadas. Milhares desses animais extremamente inteligentes e sociáveis pagam um preço alto demais, vivendo uma vida sem nenhuma semelhança com as vidas que teriam na natureza”, explica a organização.

A exibição de animais em circos é proibida em 11 estados brasileiros e em 50 cidades. No restante da América Latina, a prática também é ilegal em El Salvador, Equador, Paraguai, Bolívia e Argentina.

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O arranha-céu que poderá nos salvar do aquecimento global

Parece ficção científica, mas é apenas a mais moderna tecnologia a serviço do meio ambiente. O escritório de arquitetura Paolo Venturella pretende construir uma gigantesca estrutura capaz de resfriar o planeta inteiro. Chamado de Global Cooling Skyscraper (Arranha-Céu de Resfriamento Global, em tradução livre), a construção se estenderia até o espaço, proporcionando uma barreira entre a Terra e o Sol na forma de uma estufa.

O calor acumulado serviria para impulsionar o fluxo de ar, gerando vento para arrefecer o planeta e fornecer energia limpa para todos. Os arquitetos citam os desafios das alterações climáticas como inspiração e ressaltam que as atuais estratégias para combater o aquecimento global não são suficientes. Segundo eles, apenas uma estratégia global poderia impedir desastres naturais de acontecer.

O arranha-céu funcionaria de forma semelhante a uma torre solar. Seria alimentado por turbinas de vento (os responsáveis pelo projeto enfatizaram o conceito de energia renovável na sua concepção), que seriam instaladas na estrutura.

Não há muitas especificações tecnológicas que explicam como o enorme arranha-céu poderia alcançar seus objetivos audaciosos, mas o projeto desperta a imaginação sobre como será a arquitetura no futuro: uma mescla da consciência ambiental com a funcionalidade. O projeto da equipe de Paolo Venturella recebeu uma menção honrosa na competição de arranha-céus da Revista eVolo.

Imagens: Divulgação/Paolo Venturella

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Nível do mar está subindo em ritmo assustador, diz pesquisa

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Algumas cidades costeiras podem se tornar apenas lembranças nos próximos cem anos. De acordo com um novo relatório da Academia Nacional de Ciências do Estado Unidos, o aumento do nível do mar está cada vez mais rápido. Para os cientistas, o ritmo é assustador. Nenhum outro fenômeno parecido foi observado nos últimos 28 séculos. A pesquisa ainda revela que a variação deste volume é uma contribuição direta das ações humanas, como a grande quantidade de gases poluentes emitida na atmosfera anualmente, que faz com a que temperatura global suba de forma desordenada.

A diferença desta nova pesquisa é de que os dados foram coletados em escala global, com locações em todos os cinco continentes. No Brasil, foram estudados o litoral do Rio de Janeiro e Santa Catarina. A partir da coleta de resíduos fósseis, os especialistas puderam mapear a história do nível do mar desde o ano 800 antes de Cristo.

Segundo o coautor do estudo, o físico Stefan Rahmstorf, a elevação do nível dos oceanos vai continuar, e pode chegar a subir até 1 metro e 30 centímetros até o ano de 2100. Este é um problema que não tem mais volta. A questão agora é a velocidade em que isto vai acontecer.

Se reduzirmos drasticamente a emissão de gases do efeito estufa, o aumento pode ser controlado em 39 centímetros até 2100.

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Multinacionais se comprometem a lutar contra as mudanças climáticas

Economizar água, diminuir a emissão de gases poluentes e buscar novas alternativas para o uso do petróleo: essas são as novas metas de 81 grandes multinacionais, como Nike e Wal-mart. O compromisso foi feito depois de uma reunião de diretores das companhias com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que pediu apoio na luta contra a mudança climática. Segundo o presidente, as empresas perceberam que considerar novas opções de energia renovável e combater a mudança climática são formas de melhorar a imagem das marcas e de otimizar resultados.

A participação das multinacionais, que somam mais de US$ 3 trilhões de receitas anualmente, é importante para Obama, que tem objetivo de convencer ainda mais empresas a apoiar o plano de metas durante a Conferência da ONU sobre a Mudança Climática.

Dentre as multinacionais que apoiaram o presidente americano estão General Motors, Wal-Mart e Nike, que se juntaram a empresas como Coca-Cola, General Electric e Procter&Gamble no compromisso de reduzir o impacto ambiental. (Foto: iStock)

O acordo é de que as medidas sejam aplicadas para reduzir o impacto ambiental durante o período de 2020 a 2025, reduzindo as emissões de gases do efeito estufa em 50% e economizando água em 80%. Além disso, as companhias terão que renunciar o desmatamento em todos os setores da cadeia produtiva.

O objetivo é que o apoio das empresas incentive a participação de outras, para que o acordo de Paris inicie um período mais sustentável e de baixo carbono. “Temos mais atenção na conferência de Paris. Já mobilizamos a comunidade internacional, incluindo a China, para que ela participe. Queremos que entendam que as empresas americanas também querem participar”, disse Obama.

As grandes companhias também levarão o compromisso paras as pequenas e médias empresas das redes de distribuição e fornecimento, melhorando as práticas de toda produção. (Foto: iStock)

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Ministério do Meio Ambiente cria site para pesquisa científica

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) acabam de lançar o Portal da Biodiversidade, por meio do qual possibilitarão o acesso público a um amplo universo científico, que já conta com mais de um milhão e meio de registros de espécies. O site foi desenvolvido por pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Pualo (Epusp) e outros parceiros, e reúne informações dos bancos de dados do ICMBio e do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

O Portal da Biodiversidade, do ministério do Meio Ambiente e Instituto Chico Mendes, busca aproximar população do conhecimento científico. (Foto: Divulgação)

O público poderá pesquisar sobre as mais diferentes espécies animais – incluindo as ameaçadas de extinção – por meio de buscas a partir do nome científico ou popular. Também será permitido fazer o download de todo o material pesquisado. Um dos objetivos da nova plataforma é, por meio da informação, ajudar no direcionamento de ações de conservação a serem implantadas.

O portal da Biodiversidade possui, também, segmentos com informações voltadas às Unidades de Conservação (UCs) federais, terras indígenas, biomas e cavernas. A pesquisa nestes tópicos permite a filtragem de dados com base nos limites espaciais escolhidos pelo usuário. O mecanismo permite análises relacionadas à conservação da biodiversidade e outros estudos ambientais.

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Milão vai pagar cidadãos que trocarem carro por bicicleta

Cidade italiana procura novas formas de lutar contra as altas taxas de poluição do ar. (Foto: Getty Images)

 

Depois que 2015 trouxe alguns dos piores registros de poluição na atmosfera, a cidade de Milão, na Itália, está considerando uma possibilidade bastante inusitada para melhorar a qualidade do ar: oferecer pagamento aos cidadãos que optarem por ir ao trabalho de bicicleta, ao invés de usarem seu carro. Em dezembro do ano passado os níveis de poluição foram considerados tão graves, que a cidade teve que proibir o uso de automóveis por três dias e a tradicional queima de fogos de fim de ano.

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Cidade italiana procura novas formas de lutar contra as altas taxas de poluição do ar. (Foto: Getty Images)

As condições ambientais podem ter assustado os moradores de Milão nos últimos meses. Contudo, a poluição não é nenhuma novidade para eles. Em 2008, a cidade foi considerada a mais poluída de toda a Europa, e manteve-se com os piores índices do continente desde então.

O plano para a população aderir ao ciclismo foi inspirado em um projeto semelhante na França, em 2014. Lá, as pessoas recebem 25 cents por cada quilômetro pedalado para trabalhar. Contudo, o programa só registrou 419 pessoas que seguiram adiante com a proposta, das mais de 10 mil que haviam mostrado interesse em participar.

Para ter mais sucesso que o país vizinho, a Itália planeja um pagamento mais generoso aos voluntários dispostos a entrar no programa. De acordo com autoridades locais, mais de 3 milhões de euros já estão reservados para que a nova iniciativa seja colocada em prática.

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Leonardo DiCaprio quer produzir filme pós-apocalíptico ambiental

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Sempre engajado em causas ambientais, o ator Leonardo DiCaprio planeja utilizar sua influência em Hollywood para conseguir produzir um filme distópico. O longa-metragem se passará em um futuro não muito distante, após a quase destruição de todo o meio ambiente do nosso planeta. A obra será baseada em um livro ainda não publicado da escritora Kayla Olson, “The Sandcastle Empire”, voltado a jovens adultos.

Segundo informações do jornal britânico The Guardian, o ator adquiriu os direitos do livro por meio da sua própria produtora, a Appian Way. A trama segue uma jovem que se revolta contra os líderes radicais chamados de Wolfpacks em um ano 2049 em que a mudança climática foi ignorada e, portanto, a sociedade simplemente entrou em colapso. Sim, o temas incrivelmente semelhante ao da franquia “Jogos Vorazes” não é por acaso e espera-se que a história não apenas atraia os espectadores, mas também que sirva de alerta para que cuidemos do nosso planeta enquanto ainda há tempo.

Leonardo diCaprio também se envolveu com o documentário “Mission Blue”, do Netflix.

Esta não é a primeira vez que DiCaprio une sua profissão com o zelo pelo meio ambiente. O ator já havia participado, em conjunto com o serviço de streaming Netflix, da produção do documentário “Virunga”, uma história real sobre ambientalistas, paramilitares e a luta pelo controle das riquezas naturais na República Democrática do Congo. DiCaprio e Appian Way também assinaram um acordo para criar filmes temáticos em favor do meio ambiente em parceria com o Netflix.

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Ilha do Pacífico cria área de proteção do tamanho da Bahia

2Ilha do Pacífico cria área de proteção do tamanho da Bahia

 

Já ouviu falar da ilha de Palau? Localizado no Oceano Pacífico, ao norte da Austrália e a lesta das Filipinas, o país possui apenas 20 mil habitantes, o que lhe confere o título de terceiro mais menos populoso do mundo, atrás apenas dos também insulares Tuvalu e Nauru. Apesar da pequena população, a nação serve de exemplo para locais muito maiores, pelo menos quando o assunto é preservação marinha.

O país fica em 224° na lista de países mais populosos do mundo.

Palau acaba de designar uma área de 500 mil km², dimensão semelhante à do estado brasileiro da Bahia, do oceano que circunda suas ilhas como reserva totalmente protegida. O anúncio vem semanas depois do Chile anunciar que está prestes a criar a maior área marinha de proteção das Américas. Os Estados Unidos e a China já haviam criado, em junho, um grupo especializado com o intuito de proteger os mares.

A iniciativa da ilha de Palau é importante uma vez que a área de conservação se tornará a sexta maior do todo o planeta. Tal status significa que a vida marinha estará a salvo da pesca, da perfuração do solo, do despejo de dejetos, entre outras explorações. A reserva de Palau sozinha vai estender a proteção a milhares de espécies de peixe, além de mais de 700 tipos diferentes de corais.

O turismo é o setor mais importante da economia do país.

Com a iniciativa, a porcentagem das águas palauanas protegidas saltará para 80%, o que quer dizer que somente 20% do oceano próximo pode ser utilizado para a pesca – e ainda assim apenas de espécies autorizadas. A área de preservação se soma ao santuário dos tubarões, estabelecido em 2009, e, além do objetivo claro de resguardar a vida marinha, tem como objetivo atrair cada vez mais turistas à região – o turismo é a grande fonte de renda de Palau.

Imagens: iStock

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