Ibama aplicará multa milionária à mineradora Samarco

3Ibama aplica multa milionária a mineradora Samarco

 

O maior crime ambiental da história recente do país vai render uma perda financeira significativa à empresa responsável pela catástrofe, a mineradora Samarco. O rompimento das barreiras em Mariana-MG no dia 5 de novembro ocasionou um derramamento de lama tóxica que atingiu 15 cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) decidiu aplicar uma multa milionária à companhia.

O órgão ainda não definiu o valor exato da sanção, mas estima-se que fique em torno de 50 milhões de reais pelos danos ambientais irreparáveis causados à região. A Samarco é controlada pelas mineradoras BHP Billiton, a maior do mundo, e a brasileira Vale, que já perdeu 8% do valor de suas ações uma semana após o desastre. A prefeitura de Mariana estima prejuízo de 100 milhões de reais.

A lama tóxica atingiu 15 cidades que são abastecidas pelo Rio Doce (Antonio Cruz/Agência Brasil).

Até esta quinta-feira (12), havia a confirmação de oito mortes em decorrência do crime ambiental. Quatro pessoas já foram identificadas: três eram funcionários da Samarco, além de uma garota de 5 anos. Vinte e uma pessoas continuam desaparecidas: 11 são trabalhadores da empresa e dez são pessoas cujos nomes foram informados por familiares.

A ministra do meio ambiente, Izabella Teixeira, classificou o episódio como “catástrofe ambiental” e ressaltou que o governo federal precisa endurecer a legislação para que outros desastres semelhantes não ocorram.

Nós temos de avaliar não só a questão da remediações, mas também o caráter preventivo, se a legislação que está posta é suficiente ou não. Minas Gerais tem sido objeto de acidentes de barragens nos últimos anos – e o detalhe é que esse acidente não está associado a chuvas.

O Ministério Público alerta para o risco de uma terceira barragem se romper (Antonio Cruz/Agência Brasil).

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Ilha do Pacífico cria área de proteção do tamanho da Bahia

2Ilha do Pacífico cria área de proteção do tamanho da Bahia

 

Já ouviu falar da ilha de Palau? Localizado no Oceano Pacífico, ao norte da Austrália e a lesta das Filipinas, o país possui apenas 20 mil habitantes, o que lhe confere o título de terceiro mais menos populoso do mundo, atrás apenas dos também insulares Tuvalu e Nauru. Apesar da pequena população, a nação serve de exemplo para locais muito maiores, pelo menos quando o assunto é preservação marinha.

O país fica em 224° na lista de países mais populosos do mundo.

Palau acaba de designar uma área de 500 mil km², dimensão semelhante à do estado brasileiro da Bahia, do oceano que circunda suas ilhas como reserva totalmente protegida. O anúncio vem semanas depois do Chile anunciar que está prestes a criar a maior área marinha de proteção das Américas. Os Estados Unidos e a China já haviam criado, em junho, um grupo especializado com o intuito de proteger os mares.

A iniciativa da ilha de Palau é importante uma vez que a área de conservação se tornará a sexta maior do todo o planeta. Tal status significa que a vida marinha estará a salvo da pesca, da perfuração do solo, do despejo de dejetos, entre outras explorações. A reserva de Palau sozinha vai estender a proteção a milhares de espécies de peixe, além de mais de 700 tipos diferentes de corais.

O turismo é o setor mais importante da economia do país.

Com a iniciativa, a porcentagem das águas palauanas protegidas saltará para 80%, o que quer dizer que somente 20% do oceano próximo pode ser utilizado para a pesca – e ainda assim apenas de espécies autorizadas. A área de preservação se soma ao santuário dos tubarões, estabelecido em 2009, e, além do objetivo claro de resguardar a vida marinha, tem como objetivo atrair cada vez mais turistas à região – o turismo é a grande fonte de renda de Palau.

Imagens: iStock

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Grande Barreira de Corais está perdendo a cor

2A Grande Barreira de Corais está perdendo a cor

 

Uma nova pesquisa, auxiliada por evidências fotográficas preocupantes, prova que o fenômeno do branqueamento atingiu o ápice na Grande Barreira de Corais, localizada próxima à costa da Austrália. O branqueamento ocorre quando as temperaturas do oceano sobem de maneira drástica e o coral automaticamente expulsa as algas que dão ao recife a sua aparência tipicamente colorida.

Observações subaquáticas sugerem que o problema está aumentando, e futuras pesquisas aéreas fornecerá mais dados para que os cientistas possam verificar até onde o branqueamento dos corais se espalhou na parte norte da barreira. Os cientistas da Universidade James Cook, Austrália, têm acompanhado o estado de saúde dos corais há anos, e relatam que o dano está chegando a áreas mais afastadas agora do que em anos anteriores.

A pesquisadora Jodie Rummer estudo há quatro anos as condições dos corais perto da Lizard Island, no norte da Grande Barreira de Corais. Jodie observa, em um comunicado, que o branqueamento generalizado dos corais está afetando não apenas os corais como também outros tipos de criaturas do mar. “O branqueamento agora não está restrito apenas aos corais duros. Há também extensiva descoloração nos corais moles, e ainda afeta anêmonas e moluscos gigantes”, diz.

Sabemos que muitas das populações tropicais de peixes de recife não podem tolerar aumentos dramáticos nas temperaturas por longos períodos de tempo. Por isso, pode ser apenas uma questão de tempo até que os peixes começam a sentir o calor também.

Imagens: iStock

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Gelo no Ártico reduz a uma média de 12% por década

meio ambiente - Veja o grave efeito do aquecimento global no Ártico

 

A maior mudança no Atlas desde que a União Soviética foi separada. Essa foi a declaração do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre a redução do gelo no Ártico. O assunto surgiu em decorrência das novas medidas para a redução de emissão de gases do efeito estufa e também a partir da recente alteração que a National Geographic fez no Atlas que publica anualmente. A alteração entre os anos de 2013 e 2014 foi uma das maiores reduções no Ártico feita em todas as edições da publicação.

De acordo com a Nasa, desde os anos 70 o gelo na região tem sido reduzido em uma média de 12% por década. A pior época, entretanto, é a partir de 2007 quando o encolhimento do Ártico resultou nas mudanças mais expressivas. Para se ter uma noção do tamanho da área descongelada até agora, e que sofre constantes mudanças periodicamente, a National Geographic montou um gif que mostra a diferença entre os anos 1999 e 2014. Assim fica mais fácil de perceber o efeito grave que as emissões de gás carbônico e outras poluições produzidas pelos humanos causam no meio ambiente.

National Geographic anualmente retrata as mudanças no Ártico. (Imagem: National Geographic)

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Ferramenta mede riscos das ações climáticas no Brasil

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Um novo sistema de controle do Índice Municipal de Vulnerabilidade Humana à Mudança Climática está em fase de teste no Brasil, e conta com a supervisão do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Com um investimento de R$ 2,8 milhões, financiados pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, a ferramenta, ainda em fase de construção vai ajudar as autoridades a obter indicadores dos riscos para a população brasileira, gerados pelo aquecimento global.

Inicialmente, o sistema será usado em apenas seis estados: Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Maranhão. Segundo Pedro Christ, diretor-substituto de Licenciamento e avaliação Ambiental do MMA, a ideia é que todos os estados tenham acesso à ferramenta no futuro.

O sistema funciona a parir da inserção de dados demográficos e a geração de mapas que permitem o cálculo de índices como os riscos de determinadas populações com relação à ação do clima na região onde estão alocadas, como enchentes, por exemplo. Para Christ, esta é uma forma eficiente de resposta para lidar com possíveis impactos.

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Fumaça tóxica ameaça o Sudeste Asiático

General Images Of The Capital As Haze Worsens

 

A poluição do ar causada por incêndios florestais propositais alcançou níveis preocupantes em países do Sudeste Asiático. Tudo começou nos últimos dias de junho, na Indonésia, de onde o problema foi se expandindo até virar uma ameaça internacional em setembro. Neste final de outubro, a fumaça tóxica já chegou a onze países – seis províncias indonésias declararam estado de emergência e as aulas estão canceladas na Malásia e em Singapura, além de no país onde os incêndios começaram.

A fumaça atrapalha o trânsito na região da Sumatra do Sul, Indonésia.

O fenômeno relativamente sazonal na região foi intensificado devido ao longo período de estiagem. O tempo seco aumenta os riscos de doença respiratória nos habitantes: de acordo com o jornal britânico The Guardian, dez pessoas morreram em decorrência de complicações diretamente relacionadas à poluição. Mais de 500 mil casos de infecções respiratórias foram registrados nas províncias de Sumatra e Kalimantan, na Indonésia, desde 1° de julho. A maratona de Kuala Lumpur, capital malaia, e a etapa da Copa do Mundo de natação de Singapura, ambas programadas para outubro, foram canceladas devido ao fenômeno.

Crianças se protegem com máscaras cirúrgicas na província de Achém, Indonésia.

De acordo com as contas do governo indonésio, a bruma tóxica terá causado perdas econômicas na ordem de 47 bilhões de dólares (183 bilhões de reais) até que seja totalmente controlada. Apesar dos esforços das autoridades em evacuar as áreas mais afetadas e proteger as crianças e os idosos, a fumaça  não dá sinais de arrefecimento. Segundo dados do serviço de monitoramento Global Forest Watch, o número de focos de incêndio continua aumentando a cada dia.

Umas das construções mais altas do mundo, as Torres Petronas quase somem devido à fumaça em Kuala Lumpur, Malásia.

As queimadas descontroladas no Sudeste Asiático não prejudicam apenas a população local, como também a atmosfera do planeta inteiro. Segundo cálculo do pesquisador Guido Van der Vrije, da Universidade de Amsterdã, na Holanda, os incêndios já emitiram cerca de 1,6 bilhões de toneladas de dióxido de carbono neste ano, quantidade superior à emitida pela Alemanha ou pelo Japão em todo o ano de 2013. Em diversos dias, os gases do efeito estufa emitidos na região ultrapassaram os poluentes liberados pelos Estados Unidos inteiros em um dia normal.

Imagens: Getty Images

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Furacão perto do México é o mais forte já registrado

O México está próximo de ser atingido pelo maior furacão já visto na história da meteorologia. O governo local decretou situação de “emergência extraordinária” para diversas cidades da costa oeste, região aonde o Furacão Patrícia deve chegar nas próximas horas desta sexta-feira (23). Foram registrados ventos de até 325 km/h, o que faz deste o mais poderoso fenômeno já registrado. Segundo especialistas, as consequências podem ser catastróficas para o país.

O litoral oeste do México se prepara para a chegada do Furacão Patrícia (Reprodução/YouTube).

O que mais surpreendeu os cientistas foi a rapidez com que o Patrícia cresceu. Às 22 horas locais de quarta-feira, os ventos eram de “apenas” 100 km/h, aumentando a velocidade em 40% em somente quatro horas. Às 2h, o furacão atingiu 140 km/h e começou a ser classificado na categoria 1 da escala Saffir-Simpson, usada para medir a força dos fenômenos.

Animação mostra a formação do fenômeno (Reprodução/Wunderground).

Na tarde desta sexta, os ventos haviam alcançado 240 km/h, o que o confere a força 5, a mais violenta possível. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, as rajadas esperadas seriam capazes de “fazer um avião ir pelos ares e mantê-lo voando”. Já o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos alerta para o risco de enchentes, deslizamentos de terra e grandes ondas em decorrência do furacão. “O Patrícia deverá ser extremamente perigoso quando tocar a terra”, ressalta a organização.

O fenômeno é o mais poderoso já registrado na história (Reprodução/NOAA).

As regiões costeiras do México, tanto do Pacífico quanto do Atlântico, costumam enfrentar tempestades tropicais e as autoridades estão trabalhando para evacuar cerca de 50 mil habitantes das áreas costeiras que correm maior perigo. Diversos abrigos já estão sendo preparados para atender quase 300 mil pessoas, e as aulas foram suspensas em escolas de vários estados da região.

Sobreviventes caminham entre os destroços do Tufão Haiyan, que atingiu as Filipinas dois anos atrás (Getty Images).

Os cientistas comparam a força destrutiva do fenômeno com o Tufão Haiyan, que devastou as Filipinas em 2013 com ventos de até 315 km/h. Cerca de 6 mil pessoas morreram. O próprio México já foi atingido por um furacão de intensidade semelhante em 1997. Os ventos do Linda passaram de 295 km/h, mas não houve registro de vítimas. Torcemos para que o mesmo aconteça agora.

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Estrelas-do-mar e lagostas estão em risco de extinção

De acordo com um novo estudo publicado recentemente, conduzido pelo biólogo Morgan E. Eisenlord, da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, a população de estrelas-do-mar e lagostas está desaparecendo dos oceanos do mundo. O motivo? O aquecimento global. De acordo com os cientistas, o aumento da temperatura das águas do mar é prejudicial à saúde destas espécies. Em estrelas-do-mar, por exemplo, o aquecimento do ambiente provoca uma doença que as faz se deteriorar.

Efeitos das mudanças climáticas já começaram a prejudicar algumas espécies. (Foto: iStock)

A elevação das temperaturas dos eocenos em escala global já vem sido observada há algum tempo, mas só agora as consequências deste fenômeno estão começando a aparecer. Em outra pesquisa, descobriu-se que as lagostas também estão sendo atingidas por doenças semelhantes às que acometem as estrelas-do-mar, que provocam a deterioração de suas conchas e, consequentemente, sua morte.

A doença é causada por uma bactéria que se reproduz em taxas elevadas nas águas mais quentes. A síndrome foi observada pela primeira vez na década de 1990, ao longo da costa da Nova Inglaterra, nos EUA, mas até então havia somente alguns casos isolados. Mas nos últimos anos ela vem se espalhado de forma preocupante.

Para tentar reverter a situação, a comunidade científica acredita que reduzir a poluição nas áreas destes biomas possa ser o primeiro passo. É uma medida relativamente simples, mas que pode fazer uma grande diferença.

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Famosas ilhas artificiais de Dubai estão afundando

O crescimento assustador que a cidade de Dubai, nos Emiratos Árabes Unidos, teve nas últimas décadas refletiu em construções cada vez mais exóticas e ousadas. Um desses megaprojetos é o The World (O Mundo), um arquipélago feito pelo homem que retrata o mapa múndi. As cerca de 300 ilhas artificiais foram um sucesso de vendas no início dos anos 2000 – as construções começaram em 2003 – mas a crise de 2008 repercutiu tanto na obra quanto na comercialização dos espaços. Agora, o arquipélago enfrenta outro tipo de problema.

Imagem de satélite mostra o arquipélago próximo à costa de Dubai (Reprodução).

Imagem de satélite mostra o arquipélago próximo à costa de Dubai (Reprodução).

De acordo com a Penguin Marine Boat Services, a companhia responsável pela logística marinha das ilhas O Mundo, o arquipélago está afundando e não demorará muito para que a obra faraônica esteja toda embaixo do mar. O advogado Richard Wilmot-Smith, representante da empresa, fez um pronunciamento oficial declarando que “as ilhas estão gradualmente imergindo nas águas” e que há sinais de “erosão e deterioração” no solo.

O emirado cresce para cima com os arranha-céus e para os lados sobre o oceano (iStock).

O emirado cresce para cima com os arranha-céus e para os lados sobre o oceano (iStock).

Localizado em alto-mar, a poucos quilômetros da costa do emirado, o arquipélago foi construído com a areia encontrada no fundo do mar, exatamente do local onde as ilhas foram edificadas. Apesar de mais de 70% das terras terem sido vendidas – a preços exorbitantes – nenhum dos “países” é habitado, com exceção da Groelândia, que é de propriedade da família real de Dubai.

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Fenômeno El Niño deste ano já quebrou recordes

As altas temperaturas das águas do Oceano Pacífico, uma das consequências do fenômeno conhecido como El Niño, alcançaram patamares jamais vistos neste mês de novembro. Segundo dados de estações meteorológicas, a região do Pacífico Equatorial – principalmente na área mais próxima à Costa Oeste das Américas do Sul e Central – apresentou uma média de 3 graus acima do normal pela primeira vez desde que a medicação começou a ser feita, em 1990.

A informação pode fazer com que os cientistas mudem de opinião em relação à intensidade do fenômeno deste ano. Se antes os meteorologistas classificavam o El Niño de 2015/16 entre os três mais extremos já registrados, agora há grandes chances de que os impactos no ambiente sejam ainda mais acentuados.

Imagem mostra o calor excessivo registrado no início de novembro no Oceano Pacífico (Reprodução/ WeatherBELL Analytic).

O meteorologista Tom Di Liberato, do Centro de Previsão Climática no estado de Maryland, Estados Unidos, por outro lado, ressalta que apenas uma semana é um período muito curto como indicativo da força do fenômeno. “É certamente impressionante que os dados semanais chegaram a 3 graus Celsius acima, mas estamos tentando dizer que nós não sabemos se este é apenas um pico ou um padrão de longo prazo”, explica, em entrevista ao site Mashable.

Mesmo assim, cientistas do mundo todo já se preparam para observar outros recordes como esse sendo quebrados nos próximos meses.

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