Documentos revelam luta de Bin Laden contra mudança climática

Documentos recém divulgados pelo governo dos Estados Unidos revelam que o ex-líder terrorista Osama Bin Laden também se preocupava com questões ambientais. Em uma carta encontrada entre o material apreendido em maio de 2011, quando militares estadunidenses invadiram o esconderijo do fundador da al-Qaeda e o mataram, há registros de um pedido de ajuda ao povo norte-americano, para que incentivassem o presidente Barack Obama a lutar contra a mudança climática e “salvar a humanidade”.

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Cartas divulgadas pelo governo dos EUA mostram a preocupação do ex-terrorista pelo meio ambiente. (Foto: Reprodução)

Segundo agentes da inteligência dos EUA, mesmo sem assinatura ou data, o texto foi escrito por Bin Laden logo após a posse do primeiro mandato de Obama, em 2009. Para o saudita, a crise financeira de 2007 e 2008 foi uma consequência do controle do capital promovido pelo país norte-americano, em conjunto com a ação de lobistas corporativos e a guerra no Iraque. Na carta, Bin Laden desejou que Obama pudesse ser libertado destas influências.

Em outro documento, o ex-terrorista também pediu ajuda em uma campanha de mídia para o décimo aniversário do episódio de 11 de setembro, que incluía um apelo para a redução das emissões de gases do efeito estufa. Para Bin Laden, o mundo estaria melhor se, em vez de lutar contra o Islã, se engajasse na luta contra a mudança climática.

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Degelo recorde no Alasca causa fuga de morsas

As temperaturas elevadas demais para a época causaram um degelo recorde no Alasca, Estados Unidos. Um dos diversos efeitos negativos foi a debandada de morsas que o derretimento acentuado causou. Com o tamanho cada vez mais reduzido das calotas polares, os animais perdem o ambiente onde vivem e de onde tiram comida para se alimentar. O fenômeno foi documentado pelo fotógrafo Gary Braasch, da organização World View of Global Warming.

A fuga das morsas para as praias mais do sul do Alasca é causada pelo derretimento das calotas polares.

Milhares de morsas se amontoavam próximas ao Point Lay, na costa do Alasca, além dos limites do Círculo Polar Ártico quando as fotografias foram tiradas. De acordo com biólogos especializados na vida selvagem, é comum os animais saírem da água, porém em 2015 o fenômeno aconteceu mais cedo do que o esperado e as morsas tiveram que ir até a terra firme em vez de se acomodarem nas geleiras.

O fenômeno foi registrado pelo fotógrafo Gary Braasch, da World View of Global Warming.

Segundo cientistas do governo norte-americano, as fêmeas e os filhotes costumam se abrigar no gelo que cobre o Mar Chucki, a 160 km da costa. Porém, essa crosta de gelo sumiu em sete dos últimos nove verões, inclusive no atual, forçando os animais a migrarem mais para o sul ou para a costa da Rússia. Em alguns anos, mais de 30 mil morsas se aglomeraram nas areias das praias do Alasca, o que ocasiona a morte de diversos indivíduos por sufocamento, esmagamento ou pela disseminação mais fácil de doenças.

O verão de 2015 tem sido um dos mais quentes dos últimos anos na região.

Imagens: Reprodução/ Gary Braasch

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Crise hídrica mundial é ainda mais grave do que se pensava

Um novo estudo realizado na Universidade de Twente, na Holanda, mostrou que cerca de 4 bilhões de pessoas no mundo sofrem por conta da escassez de água. O que significa que o problema mundial de abastecimento é muito mais grave do que se imaginava. A análise foi baseada em dados recolhidos entre 1996 e 2005, e revela que cerca de dois terços da população do planta enfrenta graves crises hídricas durante pelo menos um mês a cada ano.

De acordo com pesquisa, cerca de dois terços da população do planeta enfrenta problemas com escassez de água. (Foto: iStock)

Segundo o professor Arjen Hoekstra, que liderou o estudo, a falta de abastecimento pode ser considerado o principal problema diante de todas as preocupações ambientais que a população mundial enfrenta atualmente.

De acordo com a pesquisa, China e Índia são os países mais afetados por pelas crises hídricas mais graves do mundo. Outras áreas fortemente impactadas pelo problema incluem Bangladesh, México, Nigéria e Paquistão.

Para os ambientalistas, esta análise representa um bom argumento para convencer as grandes corporações sobre a importância da redução do consumo de água e o uso consciente deste recurso.

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Cerca de 90% das aves marinhas possuem plástico no organismo

 

Um estudo publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciência da Inglaterra, revelou a estimativa de que 9 em cada 10 aves marinhas estão contaminadas com resíduos plásticos dentro de seu organismo. A pesquisa foi realizada por cientistas do Imperial College London e da Organização para a Pesquisa Industrial da Comunidade da Austrália (CSIRO). A equipe investigou 186 espécies diferentes para poder realizar as análises.

Pesquisadores descobriram que 9 em cada 10 aves marinhas possuem algum tipo de resíduo no seu aparelho digestivo. Em comparação com pesquisas dos anos 60, apenas 5% dos animais analisados estavam contaminados. (Foto: iStock)

As águas do planeta estão poluídas com milhares de detritos plásticos e os pássaros acabam confundindo o material com comida. Por conta disso, pesquisadores descobriram que cerca de 90% das aves marinhas possuem algum tipo de resíduo no seu aparelho digestivo. O número é alarmante, se comparado com pesquisas dos anos de 1960, quando apenas 5% dos animais analisados estavam contaminados.

Uma das pesquisadoras do CSIRO, Denise Hardesty, revelou, em entrevista a agência de notícias Associated Press, que já chegou a encontrar de tudo dentro do corpo dos animais, desde tampinhas de garrafa até isqueiros. “Cheguei a examinar um pássaro que continha quase 200 pedaços de diferentes tipos de plástico em seu organismo”, contou.

Segundo a pesquisadora Denise Hardesty, ela já chegou a encontrar de tudo dentro do corpo dos pássaros, desde tampinhas de garrafa até isqueiros. (Foto: Divulgação/Chris Jordan)

As previsões com relação ao problema não são nada positivas. Segundo o estudo, desde que produção comercial do material começou a se popularizar, na década de 50, ela vem crescendo em ritmo acelerado e, com isso, também há o aumento do nível de poluição.

Segundo Denise, lidar com o problema do plástico não é uma tarefa complicada e impossível de ser solucionada. “Medidas simples podem fazer a diferença”, conta. “Os esforços mantidos pela Europa, para reduzir o descarte indevido de materiais plásticos no meio ambiente, resultou em mudanças significativas em menos de uma década. O que sugere que as melhorarias na gestão básica dos detritos pode reduzir a poluição em um período de tempo muito curto”. No entanto, ainda falta vontade dos governos em prestar mais atenção ao problema.

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Boicote ao Sea World convocado por Harry Styles deu certo

Lembra quando o cantor Harry Styles, membro da boy band One Direction, aconselhou seus fãs a boicotarem o parque aquático Sea World? O episódio aconteceu no meio de um show em San Diego, Califórnia, durante o mês de julho. O britânico perguntou à plateia quem gostava de golfinhos. Após a resposta positiva, Harry retrucou: “Então não vão ao Sea World”. Um levantamento feito pelo banco de investimento Credit Suisse descobriu que o simples comentário do músico causou um efeito desastroso ao parque.

Harry demorou menos de 20 segundos para dar seu recado aos fãs (Getty Images).

Em agosto, a empresa relatou uma queda de 84% no rendimento dos parques (localizados em San Antonio, Orlando e San Diego, todos nos Estados Unidos) durante o segundo trimestre de 2015 em comparação com o mesmo período do ano passado. O número de visitantes também sofreu uma queda – embora de apenas 2%. O maior impacto, porém, foi observado nas redes sociais. Um gráfico elaborado pelo banco mostra a quantidade de menções ao Sea World on-line e a porcentagem de comentários negativos.

O pico de impopularidade do parque está acontecendo agora (Divulgação/Credit Suisse).

A pesquisa descobriu que a influência de Harry foi maior até do que o documentário “Blackfish”, lançado no final de 2013, que critica a forma como os animais são tratados nos parques. A quantidade de comentários sobre o Sea World quintuplicou de junho para julho deste ano. A porcentagem de menções negativas chegou a quase 90%, um aumento de mais de 20% quando comparada à época do lançamento do documentário.

A reputação do Sea World tem caído nos últimos anos, com diversas denúncias de maus tratos aos animais (Divulgação/Sea World).

Logo após o comentário de Harry no show, a empresa divulgou uma nota em que afirmou que também ama os golfinhos e que lá eles são tratados como se fossem da família: “Estamos comprometidos a garantir que eles tenham vidas enriquecedoras e que continuem ativos mental, física e socialmente. Nós convidamos você a ver com seus próprios olhos e depois tomar sua decisão baseada em fatos”. Harry não respondeu o convite, e a reação da internet, como se vê, não foi nada boa.

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Biquíni de esponja absorve poluição aquática

 

As tecnologias para proteger e limpar os oceanos estão cada vez mais avançadas. Os nanocientistas e professores de engenharia da Universidade da Califórnia Mihri Ozkan e Cengiz Ozkan idealizaram uma roupa de banho amiga do meio ambiente. Trata-se de um biquíni que atua como uma esponja, e absorve as impurezas e os óleos poluentes que podem ser encontrados na água, mantendo-os em seu material feito de nanocarbono.

Essa peça, cujo design é feito com plásticos flexíveis impressos em 3D, pode absorver até 25 vezes seu próprio peso, dependendo da densidade da substância absorvida. A esponja é composta por uma rede de nanocarbonos, originários do açúcar, e garantiu aos criadores o prêmio de primeiro lugar na competição tecnológica “Reshape15”, para a qual o biquíni foi desenvolvido.

O biquíni é feito com plásticos flexíveis e uma esponja de nanocarbonos, que absorve impurezas e óleos poluidores da água (Divulgação).

As substâncias capturadas pelo material podem ser retiradas através do seu aquecimento a 1000°C, e então o biquíni estará livre de contaminantes e poderá ser reutilizado. Confira no vídeo abaixo como funciona o processo.

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Adolescentes ajudam baleia e registram tudo em selfie

 

Dois garotos estavam pescando em Middle Harbor, perto de Sydney, na Austrália, quando perceberam uma movimentação incomum perto do barco que tripulavam. Michael Riggio, de 17 anos, e Ivan Iskenderian, de 20, notaram que uma baleia, que se acredita ser uma franca-austral, nadava próxima ao barco como se tentasse chamar a atenção dos pescadores. Depois de observar o mamífero, os adolescentes notaram uma sacola plástica e linha de pesca presas à cabeça do animal, que parecia pedir ajuda.

A baleia estava perto o suficiente para que Iskenderian pudesse alcançar e puxar o material, ao mesmo tempo em que Riggio registrou o momento em uma selfie.

Michael Riggio, de 17 anos, registra o momento em que Ivan Iskenderian ajuda a baleia franca-austral. (Foto: Michael Riggio/ Manly Daily)

Ron Kovac, um pescador que tripulava outro barco que estava por perto, tambem registrou a cena em um vídeo que postou na internet momentos depois. Ele contou que o animal tinha uma enorme cicatriz nas costas, além de linha de pesca e duas sacolas plásticas presas à cabeça. “Ela [a baleia] se aproximou do barco de reboque e mostrou sua cabeça para que eles removessem a sacola e a linha de pesca. Era como se quisesse que eles tirassem aquilo”, ele contou no Facebook.

Riggio ainda conta que, após ser salva, a baleia se despediu do grupo batendo as nadadeiras na água, como se agradecesse aos novos amigos.

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Artista de rua cria esculturas com materiais não reutilizáveis para alertar sobre a poluição

O português Artur Bordalo, artista de rua conhecido como Bordalo II, bastante comentado internacionalmente, criou uma série de esculturas gigantes espalhadas por Portugal para fazer uma crítica a ininterrupta poluição que o planeta sofre. Ele utiliza materiais não reutilizáveis para dar visibilidade aos problemas relacionados a falta de políticas sustentáveis e a má destinação que fazemos do lixo.

(Foto: Reprodução/Global Street Art)

Como o objetivo é discutir a degradação da natureza, Bordalo II representa em suas esculturas animais por meio dos materiais que encontra em terrenos baldios, fábricas abandonadas, ferros-velhos ou mesmo por Lisboa. Além de receber, também, utensílios de empresas que estão passando por processos de reciclagem interna e que fazem doações ao artista.

Para-choques danificados, latas de lixo, pneus, pedaços de computadores, portas de alumínio enferrujadas e bicicletas velhas são alguns dos objetos que o Bordalo II usa para construir os animais.  O artista procura materiais que estão em nosso uso diário, mas que pouco damos atenção na hora de descartar, sem nos atentarmos de que a ação de  “jogar no lixo” é apenas uma metáfora.

(Foto: Reprodução/Global Street Art)

É preciso considerar que o lixo não reutilizável que produzimos nunca é, na verdade, eliminado. Permanece em nosso planeta, apenas o colocamos em lugares que nossos olhos não podem ver. E daí a necessidade do artista em expor as esculturas em meio à cidade, aonde todos possam enxergar, não podendo mais fingir que não existe.

Ao montar as esculturas, Bordalo II as pinta com um viés moderno. E, apesar da crítica à sociedade de consumo e ao descarte de forma supérflua, ele relembra a todos de que é sempre possível criar uma melhor destinação àquilo que consideramos “lixo” ou mesmo que podemos repensar nossas práticas de consumo.

(Foto: Reprodução/Global Street Art)

Nascido em 1987, em Lisboa, a inspiração de Bordalo II, como artista de rua, vem de seu avô, Real Bordalo. Durante a sua infância, Artur o assistiu pintar as ruas de Lisboa. E é por isso que ele se autointitula como “Bordalo II”, para homenageá-lo. Confira aqui a galeria de fotos da arte de rua do artista:

Gostou? É possível conferir mais da street art de Bordalo II em suas páginas nas redes sociais ou mesmo em seu site pessoal clicando neste link. Aqui, você será direcionado o seu Instagram. E aqui para o Facebook.

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Animais desaparecidos da África retornam em série chocante

Quando a atividade humana toma conta do habitat natural de um animal silvestre, quais são as consequências? A série feita pelo fotógrafo britânico Nick Brandt “Inherit The Dust” (“Herdar a Poeira”) retrata de forma clara e um tanto quanto chocante os efeitos agressivos do desenvolvimento humano em locais que os animais, até pouco tempo, tinham como seus lares.

Brandt tem fotografado a vida selvagem da África Oriental ao longo de sua carreira. No entanto, o lugar onde antes era comum ver um elefante andando por seu jardim, agora está repetindo os padrões dos países ocidentais – e a exuberância animal antes observada está cada vez mais escassa.

“A destruição desses animais, desses locais africanos, não está ocorrendo no passado em que nós crescemos, mas no nosso imediato presente”, diz o fotógrafo londrino. “Continue nesse ritmo, e a megafauna única da África rapidamente irá pelo mesmo caminho das megafaunas da América e da Europa, que foram dizimadas por muito menos homens há muitos séculos.”

Em seu projeto, Brandt imprimiu retratos em tamanho real dos animais e os anexou a enormes painéis, que foram montados nos locais urbanos onde, antes de serem expulsos, esses animais costumavam viver. No entanto, para um fotógrafo do ocidente, criticar o desenvolvimento alheio não é uma tarefa muito compreendida.

A maioria das pessoas africanas diria que as nossas sociedades ocidentais destruíram toda a nossa própria natureza séculos atrás em busca de expansão econômica, e que na África, eles nunca tiveram uma chance de se desenvolver economicamente até agora. E agora é a sua vez. Por que eles deveriam ser privados da vida confortável e material da qual disponibilizamos no Ocidente?

“Em alguns aspectos, é um argumento razoável”, admite. “Mas a que custo? Para dizer o óbvio, a proteção ambiental e o benefício econômico não têm que ser mutuamente exclusivos. Na verdade, se você for esperto, eles andam de mãos dadas.”

A empreitada de Nick Brandt resultou em uma coletânea de imagens que com certeza terão um impacto em seus observadores – se realmente ocorrerá uma mudança nesses métodos de desenvolvimento ocidental, é uma questão um pouco mais difícil de ser respondida.

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